NOTÍCIA ANTERIOR
Embaixo da árvore de Natal
PRÓXIMA NOTÍCIA
MTV não renova contrato de Cicarelli
DATA DA PUBLICAÇÃO 20/12/2007 | Cultura
Oasis de novo inspirado
Depois de passar quase uma década como uma pálida reprodução de si mesma, a banda britânica Oasis reencontrou o caminho da inspiração, no recomendável CD Don’t Believe the Truth (2005). Um registro interessante da boa fase do grupo dos rabugentos irmãos Noel e Liam Gallagher é o DVD duplo Lord Don’t Slow Me Down (Universal, R$ 43, em média).

Prato suculento para os fãs do conjunto, o vídeo traz a íntegra de um show realizado em julho de 2005, na cidade de Manchester, terra natal dos músicos.

O repertório do espetáculo é baseado em canções de Don’t Believe the Truth, como o hit Lyla, com sua linha melódica inspirada em Street Fighting Man, dos Rolling Stones. Outras boas músicas do álbum ganharam interpretações vigorosas no show, caso de Mucky Fingers e The Importance of Being Idle.

Sem firulas
Quem já foi a uma apresentação do Oasis sabe que não deve esperar por firulas cênicas e efeitos de luz. Foi assim em março de 2006, quando os ingleses tocaram no estacionamento do Credicard Hall, em São Paulo, para as 14 mil pessoas que suportaram uma chuva torrencial.

O vocalista Liam mantém a pose blasé e não faz qualquer esforço para agradar a platéia que, mesmo assim, canta todas as composições com o fervor de uma torcida organizada. Essa devoção do público pode ser conferida nas performances de clássicos da banda presentes no DVD, entre eles Wonderwall, Live Forever, Don’t Look Back in Anger e Rock ‘n’ Roll Star.

Mesmo para quem tem alguma intimidade com a língua inglesa, é uma tarefa árdua entender o que o cantor fala entre uma música e outra. Ele também não demonstra muita disposição para se fazer entender. Apesar disso – ou justamente por essa indiferença pela opinião alheia –, o Oasis preserva seu espaço no cenário musical.

Documentário
O DVD traz ainda o documentário Lord Don’t Slow Me Down que traz imagens de entrevistas, gravações de programas de rádio e bastidores de show. Liam e Noel monopolizam as atenções, enquanto os demais integrantes do Oasis quase não dão declarações.

Completam a formação do grupo – que atualmente produz um CD de inéditas – o baixista Andy Bell, o guitarrista Gem Archer e o baterista Zak Starkey, filho do ex-baterista dos Beatles, Ringo Starr.

Outros lançamentos

Cidade Negra – Em seu mais recente trabalho, o DVD Diversão (EMI, R$ 29, em média), o grupo do vocalista Toni Garrido não quer saber de nada além de animar o público e ter prazer em tocar. Gravado ao vivo no Teatro Popular de Niterói, no Rio de Janeiro, o repertório do vídeo é recheado de versões reggae e dub para estandartes da MPB e do rock, gravados entre as décadas de 1970 e 1990.

Segundo o guitarrista Da Gama, as memórias afetivas de cada integrante e o desafio de transpor os clássicos para a linguagem da banda foram os critérios utilizados na escolha das canções. “São autores que nos ensinaram a fazer música, que a gente ouvia em casa e tocava naquelas rodinhas de violão da adolescência”, explica o músico.

Um dos exemplos de boa releitura forjada pelo grupo é a balada agridoce A Lua e Eu, do mestre da soul music nacional Cassiano. Outra que ganhou arranjo interessante foi A Palo Seco, gravada por Belchior no disco Alucinação (1976). Durante a produção do DVD, que também ganhou registro em CD (EMI, R$ 23 em média), o Cidade Negra prestou reverências a outros medalhões como Chico Buarque, Djavan, Lulu Santos, Pepeu Gomes, Paralamas do Sucesso e Ultraje a Rigor.

O balanço geral é positivo, mas, como costuma ocorrer em projetos desse tipo, não faltam deslizes. Entre os equívocos cometidos está a versão insossa de Monte Castelo, da Legião Urbana.

U2 – Uma aula prática de como entreter multidões, ironizar a sociedade de consumo e manter a dignidade artística. Assim poderia ser definido o DVD Popmart – Live from Mexico City (Universal, R$ 40, em média). O vídeo contém um show da turnê Popmart, realizado em dezembro de 1997. Entre os destaques estão Sunday Bloody Sunday, cantada pelo guitarrista The Edge, e clássicos como I Will Follow, Bullet the Blue Sky e Pride (In the Name of Love).

Leila Pinheiro e Roberto Menescal – Maestro, produtor musical e arranjador, Roberto Menescal poderia ter se acomodado em seu trono de ícone da bossa nova. Mas, aos 70 anos, o músico continua incansável na realização de projetos que valorizam o gênero do ‘banquinho e violão’.

Seu novo projeto é o CD Agarradinhos (EMI, R$ 25, em média), gravado em parceria com a cantora Leila Pinheiro. A riqueza harmônica de Menescal serve como nobre moldura para a intérprete esmerilhar em belas canções como Ah, Se Eu Pudesse, Luz da Natureza, Minha Mangueira e Tanto que Aprendi de Amor. Sofisticação e lirismo na medida exata.

Por Dojival Filho - Diário do Grande ABC
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Cultura
25/09/2018 | Encontro com o passado
21/09/2018 | ''Sou muito feminino, isso é uma grande qualidade'', diz Chay Suede a Pedro Bial
20/09/2018 | Avril Lavigne lança Head Above Water, música sobre a doença a qual sofre
As mais lidas de Cultura
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7680 dias no ar.