DATA DA PUBLICAÇÃO 23/10/2015 | Informática
O iOS do iPhone é mesmo mais seguro que o Android?
Android Marshmallow é o nome do novo sistema operacional do Google para smartphones e tablets.
>>> Segurança Android vs iPhone
Por que os aparelho com Android (não importa o valor), não têm uma proteção como iOS? Qual seria a proteção mais próxima para um aparelho com Android.
Atenciosamente,
Rodrigo Siqueira
Rodrigo, existem algumas questões. Primeiro, existe uma segurança "base", mecanismos gerais de segurança que são diferentes entre Android e iPhone. Segundo, existem as modificações do fabricante de cada aparelho e, por fim, os ajustes de configuração dos próprios usuários.
Quanto ao primeiro ponto, o Android tem um histórico ruim em termos de pragas digitais para a plataforma por dois motivos: a ausência de verificação manual humana na loja Google Play (a verificação humana foi recentemente instituída pelo Google para resolver isso) e a possibilidade de instalar programas de terceiros, fora do Google Play, no celular ou tablet.
A Apple pro removeu mais duas centenas de apps da App Store recentemente por conta de um comportamento não autorizado de um módulo de publicidade chinês que conseguiu passar pela avaliação da Apple. Então, nem tudo são flores na App Store. Nesse quesito, a melhora do Android e as novas revelações sobre iPhone estão equilibirando as plataformas.
O segundo ponto é o mais grave. Muitos celulares Android recebem pouca ou nenhuma atualização por parte dos fabricantes. Em aparelhos bloqueados, as atualizações às vezes dependem também da operadora (e não só do fabricante), o que piora ainda mais a situação. Isso significa que os aparelhos estão constantemente vulneráveis a alguma falha de segurança. Outro problema é que alguns fabricantes e operadoras realizam modificações no sistema que muitas vezes não são feitas com o devido cuidado, criando ainda mais fragilidades.
De nada adianta o Android atualizado ser seguro (e ele é) se você não pode instalar a versão atualizada em seu celular sem fazer algum malabarismo e até violar a sua garantia instalando software não autorizado. Segundo estatísticas do próprio Google, só 23,5% dos aparelhos Android estão com a versão mais recente do sistema (Lollipop), enquanto 37% usam versões do sistema lançadas há mais de dois anos.
No caso da Apple, a empresa oferece atualizações diretas para os consumidores, sem interferência de intermediários - nem fabricantes, nem operadoras. Versões mais antigas do iPhone tendem a ser incompatíveis com atualizações mais recentes, mas nesse caso fica claro que está na hora de trocar de aparelho. Há dispositivos Android "novos" que são vendidos com versões desatualizadas e já sem possibilidade de atualização. Felizmente, esse ponto tem melhorado ultimamente e só dispositivos de muito baixo custo sofrem de casos tão graves.
Quanto ao último ponto, alguns aparelhos Android carecem de certas opções, como a criptografia de dispositivo (a nova versão do Android terá ela como obrigatória; a Apple já disse que, em seus telefones novos, não há 'porta dos fundos' para quebrar a segurança). Você, como usuário, também pode aumentar a segurança do sistema ativando essas opções, desativando a instalação de aplicativos fora do Google Play, não fazendo malabarismos como o "root" ou "jailbreak" no celular e configurando uma senha de bloqueio forte.
Se você combinar essas medidas com um celular Android que receba sempre as atualizações (os aparelhos linha Nexus, mantida pelo próprio Google, têm essa garantia) e ter um mínimo de cuidado no Google Play, você estará bem seguro - provavelmente tão seguro quanto no iPhone, já que descobertas recentes têm demonstrado deficiências no procedimento de análise de aplicativos da Apple.
>>> Segurança Android vs iPhone
Por que os aparelho com Android (não importa o valor), não têm uma proteção como iOS? Qual seria a proteção mais próxima para um aparelho com Android.
Atenciosamente,
Rodrigo Siqueira
Rodrigo, existem algumas questões. Primeiro, existe uma segurança "base", mecanismos gerais de segurança que são diferentes entre Android e iPhone. Segundo, existem as modificações do fabricante de cada aparelho e, por fim, os ajustes de configuração dos próprios usuários.
Quanto ao primeiro ponto, o Android tem um histórico ruim em termos de pragas digitais para a plataforma por dois motivos: a ausência de verificação manual humana na loja Google Play (a verificação humana foi recentemente instituída pelo Google para resolver isso) e a possibilidade de instalar programas de terceiros, fora do Google Play, no celular ou tablet.
A Apple pro removeu mais duas centenas de apps da App Store recentemente por conta de um comportamento não autorizado de um módulo de publicidade chinês que conseguiu passar pela avaliação da Apple. Então, nem tudo são flores na App Store. Nesse quesito, a melhora do Android e as novas revelações sobre iPhone estão equilibirando as plataformas.
O segundo ponto é o mais grave. Muitos celulares Android recebem pouca ou nenhuma atualização por parte dos fabricantes. Em aparelhos bloqueados, as atualizações às vezes dependem também da operadora (e não só do fabricante), o que piora ainda mais a situação. Isso significa que os aparelhos estão constantemente vulneráveis a alguma falha de segurança. Outro problema é que alguns fabricantes e operadoras realizam modificações no sistema que muitas vezes não são feitas com o devido cuidado, criando ainda mais fragilidades.
De nada adianta o Android atualizado ser seguro (e ele é) se você não pode instalar a versão atualizada em seu celular sem fazer algum malabarismo e até violar a sua garantia instalando software não autorizado. Segundo estatísticas do próprio Google, só 23,5% dos aparelhos Android estão com a versão mais recente do sistema (Lollipop), enquanto 37% usam versões do sistema lançadas há mais de dois anos.
No caso da Apple, a empresa oferece atualizações diretas para os consumidores, sem interferência de intermediários - nem fabricantes, nem operadoras. Versões mais antigas do iPhone tendem a ser incompatíveis com atualizações mais recentes, mas nesse caso fica claro que está na hora de trocar de aparelho. Há dispositivos Android "novos" que são vendidos com versões desatualizadas e já sem possibilidade de atualização. Felizmente, esse ponto tem melhorado ultimamente e só dispositivos de muito baixo custo sofrem de casos tão graves.
Quanto ao último ponto, alguns aparelhos Android carecem de certas opções, como a criptografia de dispositivo (a nova versão do Android terá ela como obrigatória; a Apple já disse que, em seus telefones novos, não há 'porta dos fundos' para quebrar a segurança). Você, como usuário, também pode aumentar a segurança do sistema ativando essas opções, desativando a instalação de aplicativos fora do Google Play, não fazendo malabarismos como o "root" ou "jailbreak" no celular e configurando uma senha de bloqueio forte.
Se você combinar essas medidas com um celular Android que receba sempre as atualizações (os aparelhos linha Nexus, mantida pelo próprio Google, têm essa garantia) e ter um mínimo de cuidado no Google Play, você estará bem seguro - provavelmente tão seguro quanto no iPhone, já que descobertas recentes têm demonstrado deficiências no procedimento de análise de aplicativos da Apple.
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