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Santo Domingo: o berço do Novo Mundo
DATA DA PUBLICAÇÃO 30/07/2009 | Turismo
O Haiti não é aqui!
Quando se pensa em Caribe, a primeira imagem que vem à cabeça é sempre a de praias de um azul-piscina irretocável, gente alegre, sol o ano todo e muita sombra e água - de coco - fresca. E a República Dominicana não foge à regra. Basta aterrissar no aeroporto Internacional das Américas, em Santo Domingo, no entanto, para descobrir que na capital o belíssimo mar caribenho não passa de pano de fundo; mero coadjuvante no espetáculo estrelado pela cultura dominicana.

Além da aula de história protagonizada pela cidade - a primeira a ser fundada na América, em 1496 -, a terra do merengue tem o povo como um de seus maiores tesouros.

"São pessoas bastante alegres, musicais e acolhedoras", resume a andreense Maria Amélia Polydoro, 28 anos, diretora de grupos e eventos do Hotel Renaissance Jaragua Santo Domingo.

O relações públicas Prudêncio Ferdinand, o Prudi, é o exemplo de um autêntico dominicano: é gentil, faz careta só de imaginar abacate misturado a açúcar, adora Juan Luís Guerra - El Rey Del Merengue - e, quando tira uma dama para bailar, exibe um rebolado que faria qualquer professor de dança de salão do Brasil sentir uma pontinha de inveja.

Também não liga para Pelé ou Ronaldinho. Característica, aliás, comum a todo dominicano. Em vez de samba e futebol, lá as preferências nacionais são merengue e beisebol. E eles levam o esporte a sério: exportam jogadores, promovem importantes competições no Estádio Quisqueya e quem não é profissional faz questão de reunir os amigos nos fins de semana para bater - ou melhor, rebater - uma bolinha.

Os ricaços que visitam o país, por sua vez, encontram terreno fértil para a prática de outro esporte: o golfe. Considerada o destino favorito dos ex-presidentes americanos Bill Clinton e George W. Bush, a República Dominicana abriga 27 campos, alguns de frente para o mar, projetados por grandes mitos da modalidade, a exemplo dos golfistas Pete Dye, Robert Trent Jones, Nick Faldo, Gary Player e o lendário Jack Nicklaus, conhecido como The Golden Bear (O Urso Dourado).

O turismo de luxo, por sinal, é um dos grandes atrativos da República Dominicana. Além de campos de golfe, o país ostenta um sem-número de resorts de luxo, hotéis-butique caríssimos, marinas repletas de iates milionários e restaurantes chiquérrimos de comida internacional na região de Punta Cana, espécie de Ilha da Fantasia no Caribe.

Estrangeiros - A maior parte dos 9 milhões de habitantes do país, no entanto, vive modestamente. Muitos deles vieram do Haiti, país com o qual a República Dominicana divide o território da Ilha Hispaniola. Para fugir dos conflitos e da miséria em sua terra natal, os haitianos cruzam ilegalmente a fronteira da nação vizinha - que ocupa dois terços da ilha - e movimentam a economia dominicana prestando-se a executar os serviços de menor remuneração.

E como o turismo é a fonte de receita número um - à frente, inclusive, das produções de cacau, tabaco e rum -, governo e iniciativa privada têm investido pesado no setor. Nos últimos oito meses, as autoridades aprovaram 81 projetos que somam US$ 15,3 bilhões, a maior parte proveniente de empreendedores espanhóis e norte-americanos.

"Estamos trabalhando para diminuir a violência no Leste. Vamos instalar câmeras de segurança para que o turista não se detenha apenas aos resorts. E queremos desenvolver o Sul", diz o ministro de Turismo, Francisco Javier García, adiantando a execução de importantes obras em Bávaro, Samaná, Baní e Montecristi. Também foi divulgada nesta semana a autorização para 255 voos charters (não regulares) operarem entre a República Dominicana e os aeroportos de Porto Rico, Venezuela, Brasil, Itália, França e Estados Unidos.

O resultado para tantos investimentos já começa a refletir-se no fluxo de estrangeiros. No ano passado, a República Dominicana recebeu 4,34 milhões de visitantes. Só do Brasil, foram 14.609, fazendo a roda do turismo girar e os cofres dominicanos engordarem US$ 4,2 bilhões. Como diria a música de Caetano Veloso, definitivamente, o Haiti não é aqui.

A jornalista viajou a convite do Escritório de Turismo da República Dominicana no Brasil e da Copa Airlines

Por Heloísa Cestari - Diário Online / Enviada à República Dominicana
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