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DATA DA PUBLICAÇÃO 20/11/2007 | Política
O Brasil ainda é racista e machista, diz ministra
O dia da Consciência Negra, comemorado nesta terça-feira em boa parte dos municípios brasileiros, ainda não integra o calendário nacional. Mas o fato de a data não ser considerada feriado em algumas localidades no País não é, nem de perto, a principal preocupação da classe negra brasileira. Há outras prioridades.

Um bom exemplo é a secretária – com status de ministra – Especial de Política da Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro. Ela afirma que os negros brasileiros ainda sofrem com os erros ocorridos historicamente.

“Em 2008 completaremos 120 anos da abolição da escravidão. Porém, essa abolição não foi completa. Trata-se de uma lei constitucional que não veio acompanhada de um projeto de inclusão dos ex-escravos como cidadãos livres”, analisa.

A ministra acredita que o Brasil ainda é racista, apesar, segundo ela, do trabalho que vem sendo realizado pelo governo federal no sentido de tornar o País mais igual na questão da igualdade racial. “A população negra é a mais pobre entre os pobres. Os acessos ao mercado de trabalho ou à vida política não são iguais para negros, brancos ou mesmo mulheres. O Brasil foi desenvolvido a partir de uma visão distorcida de negar os efeitos da escravidão que em nosso País durou praticamente quatro séculos”, explica.

Uma das poucas negras na política brasileira, Matilde considera a vida pública um espaço exclusivamente de homens brancos. “Quando falamos em representação política, é muito mais fácil pensar em um homem branco, de terno e gravata, do que em um trabalhador de base. É uma visão tradicional que pode ser mudada.”

Apesar de reconhecer os problemas ainda existentes no País no que diz respeito ao preconceito, a ministra – que coordenou de 1997 a 2000 a Assessoria dos Direitos da Mulher na Prefeitura de Santo André –, admite que o Brasil registra alguns avanços nesta área.

E, para defender tal tese, baseia-se na frase preferida do presidente Lula. “Esse trabalho de promoção e inclusão racial não começou com o nosso governo. O diferencial na nossa gestão é que, nunca na história desse país, havia sido criado um órgão específico para tratar deste assunto.”

Por Leandro Laranjeira - Diário do Grande ABC
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