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DATA DA PUBLICAÇÃO 30/07/2008 | Política
Nunes não paga tarifa de ônibus em campanha em Ribeirão
Durante campanha dentro de um ônibus municipal, o candidato petista ao Paço de Ribeirão Pires, Mário Nunes, não pagou a tarifa de R$ 2,30 cobrada aos usuários do serviço de transporte público na cidade.

Às 16h30 de terça-feira, uma pequena fila aguardava a chegada do ônibus no Terminal Rodoviário da cidade. Entre os passageiros estava Mário Nunes, acompanhado do pleiteante a vice-prefeito, José Luiz Francia. O atraso de dez minutos no horário de saída do veículo não tirou o humor de Nunes, que ao subir a escada, cumprimentou o motorista com sorriso largo e pediu para não pagar a passagem.

"Eu sou o Mário Nunes, candidato a prefeito de Ribeirão Pires e estou fazendo campanha no ônibus. Posso entrar pela porta de trás?", perguntou. A autorização foi dada pelo condutor do veículo apenas com um sinal. Ao mesmo tempo a porta traseira foi aberta. Seguido por Francia, o prefeiturável deu a volta e entrou pelos fundos.

A primeira constatação do candidato sobre transporte público na cidade foi o preço. "A passagem é muito cara, considerando que há linhas que são percorridas em menos de 20 minutos."

Questionado sobre o fato de não ter pago a tarifa, ele disse achar natural, uma vez que está em período eleitoral. "Acho que não tem problema porque estou em campanha. Fiz o mesmo na semana passada (quando também circulou de ônibus na cidade). Isso não vai deixar a empresa mais pobre."

Para Leandro Petrin, especialista em direito eleitoral, a atitude do candidato é imoral. "Como todo usuário do transporte, ele deveria pagar a passagem. A lei não autoriza nenhum candidato a não pagar o ônibus porque está em campanha. O único benefício que o candidato tem é furar a fila no dia da votação", explicou.

O especialista afirmou que, como a entrada pela porta de trás foi consentida pelo motorista, o candidato não deverá sofrer punições.

Usuários reclamam de ‘longos' intervalos
Durante trajeto de cerca de 40 minutos dentro de um ônibus municipal de Ribeirão Pires, a principal queixa ouvida pelo petista Mário Nunes foi o intervalo entre as conduções.

A demora da linha São Caetaninho, escolhida pelo candidato, é, em média, de 40 minutos de segunda a sexta. Nos finais de semana, o intervalo entre um ônibus e outro pode chegar a uma hora. "Eu cheguei no Terminal às 15h50 e o ônibus só saiu às 16h40. E aí o fiscal vem dizer que a espera é só de 20 minutos", reclamou a diarista Yolanda Pereira Maciel, 58 anos.

As condições do transporte público também foram motivos de queixa. "Está sempre sujo e em mau estado de conservação e a gente tem de pagar R$ 2,30", disse a usuária Marinalda Aparecida da Silva, 46 anos.

Apesar de considerar alto o valor do transporte na cidade, Nunes afirmou que ele não poderá ser reduzido, por se tratar de licitação. "Mas podemos rever as linhas, diminuir os intervalos e os atrasos. O dever da Prefeitura é fazer a fiscalização", afirmou.

Questionado se depois de eleito continuará andando de ônibus, Nunes disse que sim. Os usuários riram.

Por Cristiane Bomfim - Diário do Grande ABC
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