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DATA DA PUBLICAÇÃO 28/07/2014 | Saúde e Ciência
Novos casos de Aids sobem 7,2% na região
 Novos casos de Aids sobem 7,2% na região Foto: André Henriques/DGABC
Foto: André Henriques/DGABC
O índice de novos infectados pelo vírus HIV/Aids no Grande ABC subiu 7,2% entre 2005 e 2013, menos que em todo o País, que registrou aumento de 11% no mesmo período. Os dados fazem parte de levantamento divulgado neste mês pela Unaids, programa das Nações Unidas sobre a enfermidade. Em 2005, eram 607 novos casos nas redes de Saúde de seis das sete cidades da região (Rio Grande da Serra não informou os números). No ano passado, foram contabilizados 651; ao longo dos nove anos, sugiram 4.844 casos.

Para o professor responsável pela disciplina de Infectologia da Faculdade de Medicina do ABC, Hélio Vasconcellos Lopes, a média do Grande ABC, se comparada a do Brasil, é menor por causa dos cuidados com prevenção, que são maiores que em outros lugares do País. “Neles incluímos campanhas, atuação em períodos de maior risco, como o Carnaval, e mais facilidade na realização de testes. São medidas mais adequadas do que as que existem em Cacha-Prego (vilarejo da Bahia), por exemplo.”

Portadores de HIV são aqueles que tiveram a presença do vírus comprovada, mas sem manifestação da doença. Nos pacientes com Aids ela já se manifestou e estão sendo medicados com antirretrovirais (fármacos usados para o tratamento de infecções por retrovírus, principalmente o HIV).

A Aids teve picos avassaladores de mortes na década de 1980 e início dos anos 1990. Com o surgimento do tratamento com antivirais, que melhorou muito as condições de vida dos infectados, as pessoas deixaram de se preocupar com o vírus. “A infecção passou a ser considerada benigna, então, houve relaxamento nas precauções, porque os pacientes passam a achar que a Aids não é algo tão ameaçador quanto era antigamente”, diz o especialista.

O médico destaca ainda que há aumento nas infecções adquiridas nas relações sexuais entre homens. Em Ribeirão Pires, por exemplo, em 2009, o Ambulatório de Infectologia registrou 16 novos casos de portadores do vírus, sendo cinco entre homens que se relacionam com pessoas do mesmo sexo, com idades entre 18 e 30 anos. Em 2013, o número dobrou: de 19 casos, dez aconteceram nas mesmas circunstâncias. “O aumento tem sido considerável entre esse público.

Tanto que a última decisão dos consensos brasileiros acrescentou a recomendação de tratamento para casais discordantes, ou seja: o João tem HIV, o Antônio não, então, a indicação de tratamento é para este que não tem, para reduzir o risco de transmissão”, explica Lopes.

De acordo com o relatório da Unaids, a quantidade de casos no mundo caiu 27,5%; de 2,9 milhões, em 2005, para 2,1 milhões, em 2013.

Ações visam prevenção da doença e outras enfermidades

Durante todo o ano, as prefeituras do Grande ABC atuam no reforço à prevenção do vírus HIV/Aids.

Em Ribeirão Pires, um dos trabalhos é feito com grupo de adolescentes do grêmio da EE Leiko Akaishi, que será retomado com a volta às aulas.

Desde o ano passado, as UBSs (Unidades Básicas de Saúde) de São Bernardo disponibilizam teste rápido de Aids e fazem distribuição de preservativos masculinos.

Em Santo André, além das UBSs, a coleta de sangue para exames laboratoriais (sífilis, HIV e hepatites B e C) também ocorre no Centro de Testagem e Aconselhamento, na Vila Guiomar. Mais informações pelo telefone 4433-3055.

Em Mauá, o CRS (Centro de Referência em Saúde) – DST/Aids e Hepatites Virais, localizado na Rua Dr. Benedito Meirelles Freire, 193, na Vila Vitória, realiza, de segunda a sexta-feira, das 7h às 16h, pré e pós teste. O objetivo é orientar a população quanto aos métodos de prevenção em DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) e Aids, assim como oferecer insumos preventivos.

Em São Caetano, o Programa Municipal de DST/HIV/Aids e Hepatites Virais atende na Avenida Dr. Rodrigues Alves, 93, bairro Fundação.

Já o Centro de Referência de Diadema funciona durante a semana, das 7h às 21h, na Rua Oriente Monti, 28, Centro. O departamento também realiza ações educativas e itinerantes.

Por Vanessa de Oliveira - Diário do Grande ABC
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