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DATA DA PUBLICAÇÃO 18/11/2015 | Geral
Novos brinquedos usados
Novos brinquedos usados Foto de divulgação
Foto de divulgação
Comprar brinquedos novos é uma das experiências que as crianças mais gostam. Não importa se as bonecas, carrinhos, ursinhos, quebra-cabeças estão espalhados por todos os cantos da casa, sempre cabe mais um. Mas não é fácil bancar toda vez o famoso “eu quero”.

Para facilitar a vida dos pais e desestimular o consumo, alguns sites oferecem a possibilidade de trocar os brinquedos que já não são mais tão interessantes assim. “Não precisa ser novo, basta ser diferente”, conta o carioca Daniel Pinho, que criou o Brincou Trocou depois de observar a quantidade de brinquedos que sobrinhos e amigos com filhos pequenos tinham. “Percebi também que as crianças brincam por um período e depois deixam de lado, querendo algo diferente.”

A ideia é simples. Enjoou? Entra no site ou no aplicativo e tira a foto do brinquedo. Se for o escolhido de outra pessoa, o usuário que o cadastrou ganha moedas que podem ser trocadas por outro brinquedo. O número de moedas é equivalente ao custo de envio via Sedex. “Por exemplo, digamos que você é do Rio de Janeiro e viu uma boneca que custaria 30 moedas de prata. Caso você tenha essa quantidade de moedas na sua conta, basta ir ao brinquedo e clicar em solicitar. O site irá debitar essas moedas da sua conta e irá mandar um e-mail para o dono do brinquedo enviá-lo por Sedex ao seu endereço. O site monitora o status do envio e quando chegar no destino, credita as 30 moedas na conta do usuário que enviou o brinquedo”, explica o criador e administrador do site.

Uma diferença do Brincou Trocou é que as solicitações não precisam combinar entre si para que a troca ocorra, o que acontece na maioria dos sites do gênero. “Isso dificulta muito o processo pois além da criança gostar do brinquedo de outra pessoa, ela ainda precisa ter um brinquedo que agrade essa mesma pessoa. Nós nos diferenciamos nisso.” Há três meses no ar, há 1.300 usuários cadastrados, 140 brinquedos e 15 trocas realizadas em diferentes estados.

Um pouco mais antigo na rede é o Quintal de Trocas, que foi lançado há quase dois anos pela atriz e produtora Carolina Guedes, de São Paulo. “Em 2012 fui pela primeira vez em uma feira de troca, realizada pelo Instituto Alana. Minha filha era pequena então não conseguiu participar. Mas achei genial ver as crianças negociando, conversando, brincando. Muito mais legal do que ir ao shopping comprar brinquedo.”

Desde então, Carolina começou a estudar a infância, economia compartilhada e empreendedorismo. “Nove meses depois nasceu o Quintal. Foi uma gestação para que saísse de uma forma que eu acreditasse no potencial do site. A plataforma foi crescendo com meu desenvolvimento. Minha ideia era dar um mundo melhor para minha filha e acabou sendo um sucesso inesperado. Achei que fosse trabalhar uma hora por dia, não doze horas, final de semana e madrugada.” Hoje, são 700 brinquedos cadastrados.

Além da foto do brinquedo, o Quintal de Trocas incentiva a criança a também escrever uma carta ou fazer um desenho sobre sua história com aquele jogo, aquele aviãozinho, aquele livro. As trocas, no entanto, precisam combinar entre si e podem ser feitas pelos correios ou em pontos de troca. “Essa é a única forma de conectar uma criança a outra. Poderíamos fazer como muitas plataformas fazem que não precisa combinar, mas quando elas negociam também aprendem a ceder. E se não conseguiu trocar ela também aprende outro valor, que é lidar com a frustração, algo que o comprar não contempla”, afirma Carolina.

A criança é quem deve decidir qual será o objeto da troca, mas a participação dos pais é imprescindível. “É importantíssimo que os pais participem e aproveitem o momento para conversar sobre o consumo.” No entanto, é recomendado que eles não palpitem sobre valor real do brinquedo. “Cada objeto possui um valor, que não é monetário. Mas, sim, afetivo. Seu filho pode querer trocar um carro de última geração por um pião. E não há nada de errado nisso. É uma oportunidade para dar espaço para que as crianças sejam livres para escolher. Não interfira! Acredito que estimular a troca faz com que a criança se torne hoje um ser humano reflexivo e questionador, além de mais criativo. Um dos aprendizados é cuidar dos objetos, além de negociar, aprender a lidar com a frustração, pensar no planeta como algo de todos e dos recursos como algo que precisamos cuidar agora.”

Futuro – Um projeto de financiamento coletivo será lançado ainda nesta semana pelo Quintal de Trocas. A intenção da nova plataforma é juntar crianças, família e institutos de ensino, além de criar um aplicativo. “Nossa ideia é que a troca de brinquedo virtual vire um hábito assim como ir ao shopping e comprar um. Apoio e adoro as feiras de troca, mas o ritmo que a criança deseja um brinquedo novo é diferente das feiras”, completa Carolina.

Por Caroline Garcia - Diário OnLine
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