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DATA DA PUBLICAÇÃO 10/09/2012 | Geral
Novo pedágio na Anchieta pode pegar 164 mil veículos
Novo pedágio na Anchieta pode pegar 164 mil veículos Imagem Ilustrativa. Foto: webpickup.com.br
Imagem Ilustrativa. Foto: webpickup.com.br
Se trecho urbano tiver o sistema Ponto a Ponto, milhares podem pagar pedágio extra todos os dias

Ao menos 164,7 mil veículos que hoje trafegam de graça todos os dias pelo km 10 da via Anchieta podem ser pedagiados, caso o sistema Ponto a Ponto - cobrança eletrônica de pedágio por trecho percorrido - seja implantado na rodovia. O montante arrecadado todos os meses pode chegar a R$ 7,9 milhões. Atualmente, o projeto-piloto está presente em dois trechos rodoviários no Interior de São Paulo, mas pode virar realidade em todas as rodovias privatizadas em áreas utilizadas pelos motoristas como vias urbanas. Os dados de tráfego de veículos são referentes à última amostragem, realizada em junho de 2012 pela Ecovias.

O projeto já está em operação na rodovia Engenheiro Constâncio Cintra, que liga Itatiba a Jundiaí, e na rodovia Santos Dumont, entre Indaiatuba e Campinas. A expansão do Sistema Ponto a Ponto, lançado em abril pelo governo do Estado, não tem data para ser posta em prática. A ideia do governo do Estado é que a cobrança por quilômetro rodado diminua o valor hoje cobrado nas praças de pedágio existentes, que só poderiam ser eliminadas se o projeto estivesse em operação em toda a malha concedida do Estado de São Paulo (que representa cerca de 6 mil quilômetros de rodovias) e em caráter de adesão definitiva.

Valores - De acordo com a Artesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo), as taxas do pedágio eletrônico no projeto-piloto vão desde R$ 0,60, no km 74 da SP 360 (Engenheiro Constâncio Cintra), em Itatiba, até R$ 3,40 no km 60,8 da SP 75 (Santos Dumont). Os valores variam porque cada rodovia, por suas especificidades, exige um estudo para a implantação do projeto.

Em relação à via Anchieta, ainda não há previsão de valores que possam ser cobrados se o sistema for implantado. No entanto, tendo como base o preço do pedágio praticado em área urbana da rodovia dos Imigrantes, onde o usuário paga R$ 1,60 na praça localizada no Centro de Diadema, R$ 3 na do Bairro Eldorado, e R$ 4,80 no acesso ao Batistini, em São Bernardo, o valor médio fica em R$ 3,20. Se esta média fosse mantida, o montante arrecadado todos os meses seria em torno de R$ 7,9 milhões.

Hoje, o pedágio cobrado nas rodovias Anchieta e Imigrantes já é o mais caro do País, com tarifa de R$ 21,20. No dia 1º de julho, as tarifas foram reajustadas em 4,26%. A Ecovias, concessionária que administra as rodovias, não informou o número de veículos que passaram pelo pedágio no último mês.
“Este sistema de pedágio por quilômetro percorrido é um dos mecanismos para restrição de circulação de veículos e, teoricamente, mais justo na forma de cobrança. No entanto, o usuário já é taxado com impostos, além do pedágio. O ideal seria que o governo escolhesse apenas uma forma de cobrar o uso da rodovia, e não como é feito hoje”, argumentou o professor de Engenharia Ambiental e Urbana da UFABC (Universidade Federal do ABC), Humberto de Paiva Júnior.

Conflito na Assembleia - O Sistema Ponto a Ponto é motivo de discórdia entre deputados governistas e oposicionistas na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo). O líder da bancada petista, Alencar Santana, criticou o projeto-piloto e sua possível expansão para todas as rodovias concessionadas do Estado.

“Isso não tem cabimento, seria muito oneroso para o cidadão. O governo não dá alternativas para o trânsito e apenas aumenta o custo do trabalhador”, enfatizou. A oposição pretende debater o tema durante as sessões para cobrar alternativas, como a melhoria do transporte coletivo.

Já o deputado Cauê Macris (PSBD) defendeu o projeto governista. “É um projeto pioneiro no Brasil, que busca a justiça tarifária. O projeto-piloto serve exatamente para que o sistema seja testado e aprimorado antes de ser espalhado para as rodovias sob concessão no Estado.”

Para Macris, a oposição aborda o tema com “oportunismo” e “falta de conhecimento”. O deputado tucano acusa o PT de distorcer o projeto. “Caberá única e exclusivamente ao motorista decidir se deseja aderir ao programa. Caso opte por não instalar o TAG (chip), o cidadão continua a proceder da mesma forma como sempre fez, pagando a tarifa completa nas cabines de pedágio.”

Rotas de fuga? - Um dos pontos mais criticados do projeto são as possíveis rotas de fugas que seriam utilizadas pelos usuários para evitar a cobrança do pedágio, complicando ainda mais o trânsito nos grandes centros. Neste tipo de sistema, a cobrança funciona através de pórticos ao longo da rodovia que farão a detecção dos veículos. Nos pórticos, antenas váo ler os chips instalados nos veículos e o valor do trecho percorrido será debitado da conta bancária informada pelo usuário.

A iniciativa será facilitada com a obrigatoriedade da colocação dos chips no País, prevista pelo Conselho Nacional de Trânsito para janeiro de 2013. Os pórticos devem ter leitores de placas para flagrar veículos sem chip, o que renderá multa de R$ 127 e cinco pontos na carteira.

Por Angela de Paula e Renan Fonseca - ABCD Maior
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