DATA DA PUBLICAÇÃO 11/01/2012 | Economia
Novo índice deixa pedágio mais caro
Mudança no valor de cálculo favorece as concessionárias e prejudica população. Foto de Luciano Vicioni
Em 2011, inflação pelo IPCA foi superior a do IGP-M, índice que era usado para o reajuste
A inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), novo índice utilizado para o reajuste dos pedágios nas estradas paulistas, chegou em 2011 a 6,5%, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro Geografia e Estatística) divulgado na sexta-feira (06/01). O valor é superior à inflação do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), que desde 1998 é utilizado como referência para os aumentos e, desde então, registrava inflação superior ao IPCA.
No acumulado dos últimos 12 meses, o IGP-M, que tem como base a variação do dólar, entre outros itens, registrou 5,1% de alta. Tudo isso aponta que o aumento do preço do pedágio será maior do que se fosse feito com o índice utilizado anteriormente. No ABCD, é cobrado pedágio no trecho Sul do Rodoanel e na rodovia dos Imigrantes e Anchieta.
De acordo com a Artesp (Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo), para a mudança dos índices foi levado em conta o histórico de variações inflacionárias, que apontou o IPCA com variação acumulada abaixo do IGP-M, tendência que se inverteu no ano passado.
Promessa
A mudança nos índices foi anunciada pelo governador Geraldo Alckmin como um avanço para os preços dos pedágios no segundo semestre de 2010, e fazia parte das promessas de campanha do então candidato
.
No entanto, para Evaristo Almeida, coordenador tutorial de Transportes da Assembleia Permanente do PT na Câmara dos Deputados, o governo do Estado não levou em conta o equilíbrio econômico-financeiro na hora de modificar a base inflacionária.
“Se desde 1998, quando as rodovias começaram a ser privatizadas e a ter pedágio, o índice de reajuste fosse o IPCA, os pedágios hoje seriam um terço mais baratos do que são. As projeções para este ano estavam desenhadas e se sabia que o IGP-M ficaria abaixo do seu histórico e não há garantias a médio e longo prazo de que o IPCA será mais vantajoso para o usuário”, afirmou Almeida.
Arrecadação
De acordo com o site pedagiometro.com.br, criado com o objetivo de prestar serviço aos usuários que dependem de rodovias que cobram pedágio para a circulação, o total arrecadado em 2011 no estado de São Paulo, até as 20h desta segunda-feira (09/01), é de R$ 5,94 bilhões.
Os pedágios paulistas arrecadam R$ 168,09 por segundo, ou seja, R$ 605.124 por hora, R$ 14,5 milhões por dia e R$ 435,6 milhões por mês nas 277 praças de pedágio do estado.
A ferramenta do site estima em tempo real o quanto se arrecada nos pedágios paulistas utilizando os relatórios de arrecadação das concessionárias que são apresentados anualmente à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
A inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), novo índice utilizado para o reajuste dos pedágios nas estradas paulistas, chegou em 2011 a 6,5%, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro Geografia e Estatística) divulgado na sexta-feira (06/01). O valor é superior à inflação do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), que desde 1998 é utilizado como referência para os aumentos e, desde então, registrava inflação superior ao IPCA.
No acumulado dos últimos 12 meses, o IGP-M, que tem como base a variação do dólar, entre outros itens, registrou 5,1% de alta. Tudo isso aponta que o aumento do preço do pedágio será maior do que se fosse feito com o índice utilizado anteriormente. No ABCD, é cobrado pedágio no trecho Sul do Rodoanel e na rodovia dos Imigrantes e Anchieta.
De acordo com a Artesp (Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo), para a mudança dos índices foi levado em conta o histórico de variações inflacionárias, que apontou o IPCA com variação acumulada abaixo do IGP-M, tendência que se inverteu no ano passado.
Promessa
A mudança nos índices foi anunciada pelo governador Geraldo Alckmin como um avanço para os preços dos pedágios no segundo semestre de 2010, e fazia parte das promessas de campanha do então candidato
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No entanto, para Evaristo Almeida, coordenador tutorial de Transportes da Assembleia Permanente do PT na Câmara dos Deputados, o governo do Estado não levou em conta o equilíbrio econômico-financeiro na hora de modificar a base inflacionária.
“Se desde 1998, quando as rodovias começaram a ser privatizadas e a ter pedágio, o índice de reajuste fosse o IPCA, os pedágios hoje seriam um terço mais baratos do que são. As projeções para este ano estavam desenhadas e se sabia que o IGP-M ficaria abaixo do seu histórico e não há garantias a médio e longo prazo de que o IPCA será mais vantajoso para o usuário”, afirmou Almeida.
Arrecadação
De acordo com o site pedagiometro.com.br, criado com o objetivo de prestar serviço aos usuários que dependem de rodovias que cobram pedágio para a circulação, o total arrecadado em 2011 no estado de São Paulo, até as 20h desta segunda-feira (09/01), é de R$ 5,94 bilhões.
Os pedágios paulistas arrecadam R$ 168,09 por segundo, ou seja, R$ 605.124 por hora, R$ 14,5 milhões por dia e R$ 435,6 milhões por mês nas 277 praças de pedágio do estado.
A ferramenta do site estima em tempo real o quanto se arrecada nos pedágios paulistas utilizando os relatórios de arrecadação das concessionárias que são apresentados anualmente à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
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