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DATA DA PUBLICAÇÃO 11/07/2014 | Internacional
Novo ataque de Israel mata cinco palestinos na Faixa de Gaza
Disparos tinham casa de militante da Jihad Islâmica, em Rafah, como alvo.

Secretário da ONU, Ban Ki-moon, fez um apelo cessar-fogo na região.


Cinco palestinos foram mortos em um ataque aéreo israelense na manhã desta sexta-feira (hora local), no sul da Faixa de Gaza, pouco depois de outra investida que já havia deixado um morto na cidade de Gaza, informou uma fonte médica.

Os disparos tinham como alvo a casa de um militante da Jihad Islâmica em Rafah. Segundo o porta-voz dos serviços de emergência, Ashraf al-Qudra, outras 15 pessoas ficaram feridas. A vítima do ataque anterior foi identificada como Anas Abu al-Kass, de 33 anos, que morava no bairro de Tel el-Hawa.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, fez um apelo em favor de um cessar-fogo em Gaza entre Israel e o Hamas, durante a abertura nesta quinta-feira (10) de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança.

"É mais urgente do que nunca tentar alcançar o entendimento para um retorno à calma e a um acordo de cessar-fogo", declarou Ban, reiterando seu "apelos aos dois lados em conflito para exercer o máximo de contenção".

"Enfrentamos o risco de uma escalada total, com a ameaça ainda palpável de uma ofensiva terrestre", afirmou ao apresentar um relatório sobre a situação no Oriente Médio.

Ban disse que nos últimos dias Hamas e Jihad Islâmica lançaram mais de 550 foguetes e granadas de morteiro a partir de Gaza contra Israel, e as forças israelenses realizaram mais de 500 ataques aéreos sobre Gaza.

"A região não pode se permitir outra guerra (...). É mais urgente que nunca tentar encontrar denominadores comuns para que volte a calma e se consiga um entendimento para o cessar-fogo", afirmou o secretário-geral da ONU em seu discurso.

Ban fez um apelo à comunidade internacional para evitar uma espiral de violência e disse que a atual é "uma das provas mais difíceis que tenha enfrentado a região nos últimos anos".

"A região exige proceder de maneira sensata e apresentar ideias novas", destacou.

Estados Unidos
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou nesta quinta-feira (10) que os Estados Unidos estão dispostos a facilitar um cessar-fogo entre Israel e o Hamas, organização islâmica que governa a Faixa de Gaza.

Obama também expressou ao primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, durante conversa por telefone, sua preocupação sobre o risco que oferece a escalada de violência na região.

“Os Estados Unidos estão preparados para facilitar o fim das hostilidades, incluindo uma volta ao acordo de cessar-fogo de novembro de 2012”, disse Obama a Netanyahu, de acordo com a Casa Branca.

Escalada de violência
A mais recente escalada de tensão e violência entre israelenses e palestinos começou com o desaparecimento de três adolescentes israelenses no dia 12 de junho na Cisjordânia. Eles foram sequestrados quando pediam carona perto de Gush Etzion, um bloco de colônias situado entre as cidades palestinas de Belém e Hebron (sul da Cisjordânia) para ir a Jerusalém.

O governo israelense acusou o movimento islamita Hamas, que controla a Faixa de Gaza, do sequestro. O Hamas não confirmou nem negou envolvimento. Israel deslocou um grande contingente militar para a área da Cisjordânia, principalmente na cidade de Hebron e arredores. Dezenas de membros do Hamas foram detidos, e foguetes foram disparados da Faixa de Gaza contra Israel.

Os corpos dos três jovens foram encontrados em 30 de junho, com marcas de tiros. Analistas sustentam que eles foram assassinados na noite de seu desaparecimento.

A localização dos corpos aumentou a tensão, com Israel respondendo aos disparos feitos por Gaza. No dia seguinte, 1º de julho, um adolescente palestino foi sequestrado e morto em Jerusalém Oriental. A autópsia indicou posteriormente que ele foi queimado vivo.

Israel prendeu seis judeus extremistas pelo assassinato do garoto palestino, e três dos detidos confessaram o crime. Isso reforçou as suspeitas de que a morte teve motivação política e gerou uma onda de revolta e protestos em Gaza.

No dia 8 de julho, após um intenso bombardeio com foguetes contra o sul de Israel por parte de ativistas palestinos, a aviação israelense iniciou dezenas de ataques aéreos contra a Faixa de Gaza. A operação, chamada "cerca de proteção", tem como objetivo atacar o Hamas e reduzir o número de foguetes lançados contra Israel, segundo um porta-voz israelense.

Os militantes de Gaza responderam aos ataques, disparando foguetes contra Tel Aviv. Por enquanto, só houve registro de mortes entre os palestinos – o sistema antimísseis israelense interceptou boa parte dos disparos lançados contra seu território.

Os combates são os mais sérios entre Israel e os militantes de Gaza desde a ofensiva de seis dias em 2012.

Por G1, em São Paulo
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