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DATA DA PUBLICAÇÃO 26/10/2015 | Economia
Nova proposta pode pôr fim à greve dos bancários nesta segunda
Nova proposta pode pôr fim à greve dos bancários nesta segunda Agência fechada por greve dos bancários em São Paulo (Foto: Fábio Motta/Estadão Conteúdo)
Agência fechada por greve dos bancários em São Paulo (Foto: Fábio Motta/Estadão Conteúdo)
Proposta será votada em assembleia e prevê entre 63% e 72% de anistia dos dias parados

O Comando Nacional dos Bancários foi procurado pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) neste sábado (24/10), para apresentar proposta de encerramento da Campanha Nacional 2015. Além dos reajustes de 10% para os salários, para a PLR e para o piso, e de 14% para os vales refeição e alimentação, já ofertados na sexta-feira (23/10), os banqueiros aceitaram abonar 63% das horas dos trabalhadores de 6 horas, de um total de 84 horas, e 72% para os trabalhadores de 8 horas, de um total de 112 horas. Assim, um dia após a assinatura do acordo, os trabalhadores, compensariam uma hora por dia útil, até 15 de dezembro.

No ABCD, a paralisação teve adesão de quase todos os sete mil trabalhadores. Nesta (23), o Sindicato dos Bancários do ABC informou que 353 agências ficaram fechadas e 6.115 bancários cruzaram os braços.

A nova proposta foi apresentada no 19º dia da greve e significa a manutenção do modelo praticado nos últimos anos, de reposição integral da inflação mais aumento real e abono parcial dos dias parados. Na proposta inicial, que levou os bancários à greve, os banqueiros se negavam a repor a inflação do período.

“Os banqueiros tentaram impor uma derrota à categoria, inicialmente com um reajuste abaixo da inflação. A greve reverteu essa tentativa. Depois, a Fenaban queria punir os grevistas com o pagamento ou a compensação total das horas. Mais uma derrota para os bancos. Foi uma surpreendente vitória da unidade e da determinação da nossa categoria”, comemorou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional.

VITÓRIA DOS TRABALHADORES
Para Juvandia Moreira, vice-presidente da Contraf-CUT e uma das coordenadoras do Comando, em meio a um cenário de crise econômica e aumento do desemprego, a luta dos trabalhadores conseguiu derrotar os banqueiros. “Esse resultado foi alcançado graças à pressão dos trabalhadores, que não podem ser punidos pelo seu direito à mobilização”, afirmou Juvandia, que também é presidente do sindicato.

“A proposta apresentada representa mais um ano em que os bancários conseguirão garantir seu poder de compra. Estamos num ano de recessão, não crescimento, desemprego maior, com categorias fechando acordos até abaixo da inflação. Diante desse cenário, a luta dos bancários representa uma vitória contra os bancos que queriam impor perdas à categoria”, ressaltou a dirigente.

O Comando Nacional está orientando os sindicatos a realizar assembleias na segunda-feira (26/10) e indica a aceitação da nova proposta, que garante aumento real de salário pelo 12º ano consecutivo.

BANCOS PÚBLICOS
O Banco do Brasil inicia a negociação ainda neste sábado (24) e a Caixa Econômica Federal ainda não tem retorno, de acordo com a Contraf-CUT.

CONFIRA A NOVA PROPOSTA DA FENABAN
Reajuste: 10%
Pisos: Reajuste de 10%
Piso de portaria após 90 dias: R$ 1.377,62
Piso de escriturário após 90 dias: R$ 1.976,10
Piso de caixa após 90 dias: R$ 2.669,45 (que inclui R$ 470,75 de gratificação de caixa e R$ 222,60 de outras verbas de caixa)
PLR regra básica: 90% do salário mais valor fixo de R$ 2.021,79, limitado a R$10.845,92. Se o total apurado ficar abaixo de 5% do lucro líquido, será utilizado multiplicador até atingir esse percentual ou 2,2 salários (o que ocorrer primeiro), limitado a R$ 23.861,00
PLR parcela adicional: 2,2% do lucro líquido distribuídos linearmente, limitado a R$ 4.043,58
Antecipação da PLR até 10 dias após assinatura da Convenção Coletiva: na regra básica, 54 % do salário mais fixo de R$ 1.213,07 limitado a R$ 6.507,55. Da parcela adicional, 2,2 % do lucro líquido do primeiro semestre, limitado a R$2.021,79. O pagamento do restante será feito até 01 de março de 2016
Auxílio-refeição: de R$ 26 para R$29,64 por dia
Cesta-alimentação: de R$ 431,16 para R$ 491,52
13ª cesta-alimentação: de R$431,16 para R$491,52
Auxílio-creche/babá: de R$ 358,82 para R$ 394,70 (para filhos até 71 meses). E de R$ 306,96 para R$ 337,66 (para filhos até 83 meses
Requalificação profissional: de R$ 1.227,00 para R$1.349,70

Por ABCD Maior - Redação
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