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DATA DA PUBLICAÇÃO 18/01/2009 | Educação
Nova ortografia chega tímida a escolas municipais
Apenas três municípios possuem cursos de preparação para os professores; material didático muda em 2010.

As modificações previstas no Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que entrou em vigor no dia 1º de janeiro, devem estar presentes efetivamente no ensino das escolas municipais do ABCD apenas em 2010. O MEC (Ministério da Educação) deve selecionar ainda no primeiro semestre deste ano os livros didáticos com as modificações. Mas, eles serão utilizados apenas no próximo ano pelos estudantes do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental. Em 2011, os estudantes do sexto ao nono ano também terão livros editados conforme as regras previstas pelo acordo, e o ensino médio, apenas em 2012.

Até o fim de 2012, valem as duas regras ortográficas. Algumas dúvidas quanto ao acordo serão esclarecidas apenas em março, quando a Academia Brasileira de Letras lança o Volp (Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa).

Até lá, as secretarias de educação das sete cidades da Região divergem sobre como preparar os professores para as modificações. Santo André, São Caetano e Ribeirão Pires disseram, por meio da assessoria de imprensa, que os educadores irão passar por cursos preparatórios. Apesar da ausência de publicações didáticas com a nova regra e do novo Volp, a Prefeitura andreense disse que “está sendo providenciada a troca de dicionários e de material didático”.

Um representante da Prefeitura de Mauá foi até Brasília para adquirir material sobre o Acordo com o MEC na quinta-feira (15/01). A partir daí, serão tomadas medidas de planejamento para as escolas. Para a Secretaria de Educação de São Bernardo, não são precisos cursos de preparação, apenas esclarecimentos sobre as mudanças para os docentes. Diadema segue pelo mesmo caminho, “organizando materiais de apoio aos professores que subsidiem o trabalho em sala de aula com os alunos”.

O Governo do Estado saiu na frente e capacitou ainda no final de 2008 cerca de 17 mil professores da rede estadual. Os guias curriculares e cadernos do professor foram impressos já com as modificações gramaticais. O ABCD tem mais de 23 mil educadores nas redes municipais e estaduais.

Rede privada - O Colégio Singular, com unidades em Santo André, São Bernardo e São Caetano preferiu não modificar o material didático distribuído aos alunos por causa de algumas incertezas sobre o Acordo. “Preferimos esperar a publicação do Volp porque corremos o risco da regra mudar e termos de refazer os livros”, explicou o diretor de cursos regulares da instituição, Egidio Blumetti. O Singular lançou ainda o “Passaporte para Nova Ortografia”, que irá orientar os professores para a transição no vocabulário.

O que muda com o novo acordo ortográfico:

Alfabeto -
passa a ter 26 letras, em vez de 23. Foram incluídas k, w e y.

Trema - foi abolido de todas as palavras.

Acento diferencial - deixa de existir em:
Para (verbo), que se diferenciava da preposição para;
Pelo (substantivo), que se diferenciava da preposição pelo;
Polo (substantivo), que se diferenciava da preposição polo;
Pera (substantivo), que se diferenciava da preposição pera.

Ditongo aberto - O acento agudo foi eliminado nos ditongos abertos de paroxítonas, como alcaloide, assembleia, boleia, epopeia, ideia, jiboia, paleozoico, paranoia, onomatopeia.

Hiato - Foram eliminados os acentos circunflexos nos hiatos dos seguintes casos:
oo – enjoo, perdoo, magoo, voo, abençoo;
ee – creem, deem, leem, releem, veem, prevêem

U tônico - a letra u não será mais acentuada nas sílabas que, qui, gue, gui dos verbos como arguir, redarguir, apaziguar, averiguar, obliquar.

I e U tônicos - paroxítonas que têm i ou u tônicos precedidos por ditongos não serão mais acentuadas, como feiura, baiuca, boiuno, cauila

Hífen - desaparece em algumas palavras compostas que perderam a noção de composição, por exemplo: pontapé, girassol, paraquedas, paraquedista. Regra ainda depende da publicação do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, desenvolvido pela ABL.

Emprego do E/I - Escreve-se com i, e não com e, antes da sílaba tônica, adjetivos e substantivos derivados em que entram os sufixos -iano e –iense, como acriano (do Acre) e camoniano (referente a Camões)

Por Vanessa Selicani - ABCD Maior
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