DATA DA PUBLICAÇÃO 16/02/2011 | Geral
Nova iluminação da Paulista agrada, mas não garante segurança, dizem frequentadores
Cartão postal da Pauliceia tensa e desvairada, a avenida Paulista ganhou nova iluminação em dezembro passado. O objetivo? Melhorar a relação dos pedestres e condutores com a via, a fim de evitar acidentes de trânsito, segundo a Prefeitura de São Paulo.
O calor de verão típico de fevereiro e as luzes dos postes 425% mais potentes tornam a via mais movimentada. Em conversa com habitués da avenida na última quarta-feira (9), a reportagem do R7 ouviu comentários tanto de pessoas que acharam indiferente a medida quanto daquelas que gostaram da mudança, por se sentirem mais seguras.
Na companhia da mulher e da filha de cinco anos, o professor Marcelo Treff disse que as novas luzes deixaram a região mais bonita.
- Além disso, dá para dirigir melhor. As placas ficam mais visíveis.
Para a atriz gaúcha Bruna Endres, que há quatro anos mora na capital, as caminhadas que costuma fazer com o namorado podem rolar até mais tarde, pois se “sente mais segura”.
Reunido com um grupo de amigos no vão do Masp (Museu de Arte de São Paulo), o designer Reny Freitas diz que o clarão na avenida melhorou a movimentação. Porém, ele diz que sente falta de mais policiamento, principalmente na madrugada.
- Nesse período, os PMs descem as ruas que cortam a Paulista, mas na avenida mesmo não ficam. Por isso que aumenta a possibilidade de assaltos, estupros e de ataques, como os que fazem contra homossexuais.
Fim da nostalgia
Desde 1989 tocando no cruzamento com a rua Augusta, do lado dos Jardins, o saxofonista Emerson Pinzindin conhece a região como a palma de sua mão. Por isso, é enfático: a mega iluminação tirou a magia da avenida.
- Do jeito que está, parece um shopping center a céu aberto. Essa luz nova tirou a nostalgia. A luz amarela dá um charme. Há coisas que só a noite consegue camuflar. Agora, tudo aparece.
Do outro lado da esquina, no sentido centro, o guitarrista Fernando William diz acreditar que a luz ajuda na performance musical.
- As pessoas te percebem melhor. Quem circula por aqui à noite também fica mais atento às tentativas de roubo do que antes. Eu, por exemplo, fui assaltado no ano passado por um bando de moleques nazistas enquanto tocava. O policiamento está um pouco mais seguro, mas tem que melhorar.
Há três meses mantendo a limpeza da avenida, o gari Diego Eliaquim de Araújo diz achar o gasto com a nova iluminação inapropriado. Segundo ele, a Paulista já tinha uma luz boa.
- Essa iluminação deveria ser aplicada em avenidas grandes da periferia, como a Ragueb Chohfi, Aricanduva e Sapopemba, na zona leste, que ligam ao rodoanel.
Leonides Vicente também concorda com o colega, mas leva em consideração que a mudança contribuiu para o seu trabalho.
- A gente consegue enxergar o lixo melhor. Além disso, com a luminosidade, dá tempo de evitar alguma agressão, como essa dos rapazes com a lâmpada.
O calor de verão típico de fevereiro e as luzes dos postes 425% mais potentes tornam a via mais movimentada. Em conversa com habitués da avenida na última quarta-feira (9), a reportagem do R7 ouviu comentários tanto de pessoas que acharam indiferente a medida quanto daquelas que gostaram da mudança, por se sentirem mais seguras.
Na companhia da mulher e da filha de cinco anos, o professor Marcelo Treff disse que as novas luzes deixaram a região mais bonita.
- Além disso, dá para dirigir melhor. As placas ficam mais visíveis.
Para a atriz gaúcha Bruna Endres, que há quatro anos mora na capital, as caminhadas que costuma fazer com o namorado podem rolar até mais tarde, pois se “sente mais segura”.
Reunido com um grupo de amigos no vão do Masp (Museu de Arte de São Paulo), o designer Reny Freitas diz que o clarão na avenida melhorou a movimentação. Porém, ele diz que sente falta de mais policiamento, principalmente na madrugada.
- Nesse período, os PMs descem as ruas que cortam a Paulista, mas na avenida mesmo não ficam. Por isso que aumenta a possibilidade de assaltos, estupros e de ataques, como os que fazem contra homossexuais.
Fim da nostalgia
Desde 1989 tocando no cruzamento com a rua Augusta, do lado dos Jardins, o saxofonista Emerson Pinzindin conhece a região como a palma de sua mão. Por isso, é enfático: a mega iluminação tirou a magia da avenida.
- Do jeito que está, parece um shopping center a céu aberto. Essa luz nova tirou a nostalgia. A luz amarela dá um charme. Há coisas que só a noite consegue camuflar. Agora, tudo aparece.
Do outro lado da esquina, no sentido centro, o guitarrista Fernando William diz acreditar que a luz ajuda na performance musical.
- As pessoas te percebem melhor. Quem circula por aqui à noite também fica mais atento às tentativas de roubo do que antes. Eu, por exemplo, fui assaltado no ano passado por um bando de moleques nazistas enquanto tocava. O policiamento está um pouco mais seguro, mas tem que melhorar.
Há três meses mantendo a limpeza da avenida, o gari Diego Eliaquim de Araújo diz achar o gasto com a nova iluminação inapropriado. Segundo ele, a Paulista já tinha uma luz boa.
- Essa iluminação deveria ser aplicada em avenidas grandes da periferia, como a Ragueb Chohfi, Aricanduva e Sapopemba, na zona leste, que ligam ao rodoanel.
Leonides Vicente também concorda com o colega, mas leva em consideração que a mudança contribuiu para o seu trabalho.
- A gente consegue enxergar o lixo melhor. Além disso, com a luminosidade, dá tempo de evitar alguma agressão, como essa dos rapazes com a lâmpada.
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