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Quase a metade das agências bancárias ficou fechada no ABCD
DATA DA PUBLICAÇÃO 07/10/2015 | Economia
No primeiro dia, 40% das agências aderem à greve
No primeiro dia, 40% das agências aderem à greve Foto: Marina Brandão/DGABC
Foto: Marina Brandão/DGABC
Assim como a dona de casa Mara Cunha Paxeco, 48 anos, de Santo André, e o aposentado José Lira Lopes, 67, de São Bernardo, quem precisou ir ao banco para resolver a situação financeira nas agências dos centros das cidades do Grande ABC se deparou com as portas fechadas. Isso porque ontem foi o primeiro dia da greve dos bancários, que atinge todo o País, e que já afeta 40% das unidades da região, ou seja, 160 de 400. Dos 7.000 funcionários, cerca de 3.000 trabalhadores aderiram à paralisação, de acordo com o Sindicato dos Bancários do ABC.

Para Mara, que precisava sacar dinheiro na boca do caixa, a surpresa gerou confusão, e deixou a dona de casa bastante descontente. “Tinha me esquecido da greve, e quando cheguei aqui soube que não poderia sacar. Disseram para eu ir até uma agência de bairro, mais afastada do Centro, e consequentemente mais longe da minha casa”, declara ela, que primeiramente foi à unidade do seu banco na Rua Senador Flaquer em Santo André e, depois, se dirigiu a outra da Rua Oratório, no Parque das Nações.

De acordo com o presidente do sindicato, Belmiro Moreira, a greve, que se concentra nas agências centrais das cidades, não apresentou incidentes, tanto da parte dos funcionários quanto da parte dos clientes. “Houve panfletagem de carta aberta para a população a respeito da greve, com os direitos do consumidor bancário e orientações para quem tiver algo urgente a fazer, que se dirija a outras agências que estejam funcionando”, informa Moreira.

No caso do aposentado Lopes, que pretendia renegociar uma dívida e viu seu banco com portas fechadas, não restou opção. “Vou ter que esperar a greve finalizar para resolver minha situação.”

BALANÇO - Até o fechamento desta edição, as instituições financeiras não haviam apresentado nenhuma proposta aos trabalhadores, o que, de acordo com o presidente do sindicato, significa que não há nova data para assembleias e que, consequentemente, a greve está mantida.

Hoje, a previsão é de ampliação do movimento. “Queremos expandir a adesão, que ficou concentrada nos centros das sete cidades, e atingir agências do entorno. Ainda não temos locais definidos e vamos decidir durante o dia”, declara.

Segundo alguns bancários que preferiram não se identificar, quem trabalha nas agências que foram fechadas foi encaminhado para dar suporte em outras unidades abertas. Eles afirmam que, ontem, a movimentação nos estabelecimentos em funcionamento foi intensa.

REIVINDICAÇÃO - A principal reivindicação dos funcionários é de reajuste salarial de 16%, sendo a inflação do período mais um aumento real de 5,7%, e piso de R$ 3.299,66. Eles também querem vales alimentação e refeição no valor de um salário mínimo, três salários mais um fixo de R$ 7.246 na PLR (Participação nos Lucros e Resultados), além de melhores condições trabalhistas.

Quem deixar de pagar conta na data terá juros

A greve dos bancários pode dificultar a vida de quem pretende pagar as contas nas agências, fazer renegociações e outras operações bancárias. Por isso, é preciso ficar atento aos meios alternativos que os próprios bancos, as casas lotéricas e as empresas cobradoras podem oferecer, para não pagar juros, multas ou até ficar com o nome sujo.

O consumidor não pode utilizar a greve como desculpa para adiar o pagamento de alguma conta. É preciso encontrar outra opção, que não as agências. A Proteste Associação de Consumidores orienta que é possível fazer o pagamento em casas lotéricas, lojas de departamento e supermercados.

Quem pensa em se deslocar para a agência, o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) recomenda que ligue primeiro para a unidade para verificar se está aberta. Caso negativo, peça uma segunda opção, próxima a você.

Caso o cliente precise sacar o dinheiro na boca do caixa, o mais indicado é que ele procure o banco para que a própria instituição ofereça uma alternativa diferente. O mesmo vale para o pagamento de contas de luz, água e telefone: segundo a Proteste, é possível ligar para as empresas e negociar outra forma de pagamento.

Para outras transações, também existe a possibilidade encontrar outros caminhos, como os aposentados e pensionistas, que podem ter o dinheiro retirado em agências lotéricas. Qualquer operação bancária via internet está funcionando normalmente, e pode ajudar quem precisa de agilidade e urgência.

A Proteste também ressalta que serviços de compensação bancária, como cheques e DOCs, devem estar garantidos e ter a compensação nos prazos normais estipulados pelo Banco Central

Por Marina Teodoro - Diário do Grande ABC
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