DATA DA PUBLICAÇÃO 08/02/2011 | Internacional
No Fórum Social, Lula pede que a África tome consciência de sua força
O ex-presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, pediu nesta segunda-feira (7) que a África tome consciência de sua força, em um momento em que a esperança de um novo mundo renasce em Túnis, no Cairo e em tantas outras cidades africanas, durante seu discurso no Fórum Social Mundial (FSM) em Dacar, no Senegal.
Lula, fiel ao encontro daqueles que propõem uma alternativa à globalização desde o primeiro FSM organizado em Porto Alegre, em 2001, afirmou que em apenas dez anos os "dogmas liberais se quebraram".
- Na América do Sul, mas principalmente nas ruas de Túnis, Cairo e outras tantas cidades africanas, renasce a esperança de um novo mundo. Milhões de pessoas estão se mobilizando contra a pobreza a que estão submetidas, contra a dominação dos tiranos, contra a submissão dos seus países à política das grandes potências.
Após lembrar que o Brasil abriga a segunda maior comunidade negra do mundo, atrás da Nigéria, Lula insistiu que África tome consciência de seu "futuro extraordinário com seus 800 milhões de habitantes e seu território imenso e rico", explicando que o continente poderá construir sua "independência em matéria de produção de alimentos".
Lula criticou os países ricos em virtude da crise econômica
Frequentemente interrompido por aplausos, o ex-presidente brasileiro sustentou que "a ordem econômica mundial não será mais moldada por algumas economias dominantes".
- Os países ricos nos consideravam periferias problemáticas e perigosas. Mas aqueles que, com arrogância, davam lições sobre a forma como tínhamos que administrar a nossa economia não foram capazes de evitar a crise.
Lula disse que "todos os esforços para enfrentar a pobreza e a desigualdade eram vistos como assistencialismo ou populismo, mas a história desmentiu estas falsas teorias, o mercado não é mais a panaceia.
Mais cedo, Lula destacou a necessidade de um novo modelo de desenvolvimento mundial, em uma reunião com a líder socialista francesa Martine Aubry.
Fórum começou em Porto Alegre
O 11º Fórum Social Mundial (FSM), além de receber o presidente Lula, dedicou nesta segunda-feira seu segundo dia de trabalhos à África e, entre as várias oficinas e debates organizados no FSM, o enfoque foi o "neocolonialismo" na África depois de 50 anos de independência, assim como a luta contra a especulação pelo controle de terras.
O FSM, a reunião anual antiglobalização que neste ano coincide com os protestos populares no mundo árabe, começou neste domingo (6) em Dacar com uma passeata de milhares de pessoas.
O número de participantes da manifestação foi avaliado em 10 mil pelos jornalistas no início do protesto, e chegou a 60 mil, segundo os organizadores, quando terminou com um comício em uma grande praça de Dacar.
Entre os participantes, encontra-se o presidente boliviano Evo Morales. Esta é a segunda vez desde a sua criação, em 2001 em Porto Alegre, que o Fórum é realizado na África, após a edição de Nairóbi, no Quênia, em 2007.
Copyright AFP - Todos os direitos de reprodução e representação reservados
Lula, fiel ao encontro daqueles que propõem uma alternativa à globalização desde o primeiro FSM organizado em Porto Alegre, em 2001, afirmou que em apenas dez anos os "dogmas liberais se quebraram".
- Na América do Sul, mas principalmente nas ruas de Túnis, Cairo e outras tantas cidades africanas, renasce a esperança de um novo mundo. Milhões de pessoas estão se mobilizando contra a pobreza a que estão submetidas, contra a dominação dos tiranos, contra a submissão dos seus países à política das grandes potências.
Após lembrar que o Brasil abriga a segunda maior comunidade negra do mundo, atrás da Nigéria, Lula insistiu que África tome consciência de seu "futuro extraordinário com seus 800 milhões de habitantes e seu território imenso e rico", explicando que o continente poderá construir sua "independência em matéria de produção de alimentos".
Lula criticou os países ricos em virtude da crise econômica
Frequentemente interrompido por aplausos, o ex-presidente brasileiro sustentou que "a ordem econômica mundial não será mais moldada por algumas economias dominantes".
- Os países ricos nos consideravam periferias problemáticas e perigosas. Mas aqueles que, com arrogância, davam lições sobre a forma como tínhamos que administrar a nossa economia não foram capazes de evitar a crise.
Lula disse que "todos os esforços para enfrentar a pobreza e a desigualdade eram vistos como assistencialismo ou populismo, mas a história desmentiu estas falsas teorias, o mercado não é mais a panaceia.
Mais cedo, Lula destacou a necessidade de um novo modelo de desenvolvimento mundial, em uma reunião com a líder socialista francesa Martine Aubry.
Fórum começou em Porto Alegre
O 11º Fórum Social Mundial (FSM), além de receber o presidente Lula, dedicou nesta segunda-feira seu segundo dia de trabalhos à África e, entre as várias oficinas e debates organizados no FSM, o enfoque foi o "neocolonialismo" na África depois de 50 anos de independência, assim como a luta contra a especulação pelo controle de terras.
O FSM, a reunião anual antiglobalização que neste ano coincide com os protestos populares no mundo árabe, começou neste domingo (6) em Dacar com uma passeata de milhares de pessoas.
O número de participantes da manifestação foi avaliado em 10 mil pelos jornalistas no início do protesto, e chegou a 60 mil, segundo os organizadores, quando terminou com um comício em uma grande praça de Dacar.
Entre os participantes, encontra-se o presidente boliviano Evo Morales. Esta é a segunda vez desde a sua criação, em 2001 em Porto Alegre, que o Fórum é realizado na África, após a edição de Nairóbi, no Quênia, em 2007.
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