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DATA DA PUBLICAÇÃO 07/12/2011 | Política
No ABCD, Alckmin corta R$ 72,5 milhões em investimentos
No ABCD, Alckmin corta R$ 72,5 milhões em investimentos  Hospital Mário Covas: afinidade política não amenizou corte em Sto. André. Foto: Luciano Vicioni
Hospital Mário Covas: afinidade política não amenizou corte em Sto. André. Foto: Luciano Vicioni
Governo tucano reduziu em 76% repasse na comparação de 2010 com 2011; em todo o estado, corte atinge metade dos investimentos

O corte de verba promovido pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) em todo o Estado de São Paulo, divulgado pelo ABCD MAIOR, é ainda maior no ABCD. Em todo o território estadual, Alckmin reduziu os investimentos pela metade durante seu primeiro ano de mandato. Na Região, os investimentos tucanos são 76% menores em 2011 se comparados com 2010. Ou seja: entre um ano e outro, o ABCD recebeu R$ 72,5 milhões a menos do governo paulista.

O levantamento é baseado em dados do Sigeo (Sistema de Informações Gerenciais da Execução Orçamentária do Estado), compilados pela liderança do PT na Assembleia Legislativa.

Em 2010, ano eleitoral, os tucanos, que governam o Estado de São Paulo desde 1995, repassaram aos prefeitos do ABCD R$ 95 milhões para investimentos. No entanto, em 2011, após a eleição de Alckmin, esse repasse atingiu apenas R$ 22,4 milhões.

Cortes
Proporcionalmente, a cidade que mais sofreu com os cortes foi Mauá. Na verdade, a cidade quase perdeu todo o dinheiro que recebia do governo estadual. Assim, se em 2010 Mauá recebeu R$ 12,6 milhões, a cidade administrada por Oswaldo Dias (PT) contou com um repasse de apenas R$ 142 mil em 2011. Redução de 98,8%. Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, município governado por um tucano, também tiveram grandes cortes.

No entanto, São Bernardo foi o município que perdeu mais dinheiro. Em 2010, Luiz Marinho (PT) contou com repasse de R$ 46,3 milhões de Alckmin, mas em 2011 foram apenas R$ 13,5 milhões. Em um ano, a população de São Bernardo recebeu R$ 32,7 milhões a menos dos tucanos (70,7% a menos).

Outra cidade que teve um corte abrupto foi Diadema. Comandada por Mário Reali (PT), a cidade perdeu R$ 1,8 milhão de Alckmin em 2011.

Já Santo André, apesar da afinidade política entre o prefeito Aidan Ravin (PTB) e Alckmin, também perdeu repasses, mas em proporções muito menores. Em 2010, o município contou com R$ 5,2 milhões do governador e, em 2011, 4,7 milhões. Pouco mais que 10% a menos.

São Caetano foi a única que teve os investimentos ampliados O município tem o maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do Brasil. Foram R$ 200,6 mil a mais.

Mauá e Diadema dependem de Brasília
Mauá e Diadema, duas cidades com baixo índice de investimentos, ou seja, que precisam de recursos estaduais e federais para novos projetos, tiveram redução de verba do governo do Estado de 98,8% e 85,6%, respectivamente, entre 2010 e 2011.

Nesta situação, a responsabilidade federal aumenta, pois a maior parte do orçamento dessas duas cidades é para custeio. Em Mauá, por exemplo, 5,9% da receita são usados para investimento e, em Diadema, este índice é ainda menor: 5,4%.

Para Mauá, em 2010, o Estado repassou R$ 12,6 milhões, e o governo federal destinou R$ 109,9 milhões. Neste ano (2011), o repasse para Mauá foi de R$ 142,7 mil, um corte de 98,8%; o repasse do governo federal em 2011 foi de R$ 94 milhões.

Para o prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), a ajuda do Estado está cada vez mais escassa e governo federal tem sido o grande parceiro. “Está casa vez mais difícil. Inclusive o AME (Ambulatório Médico de Especialidades), equipamento do governo do Estado, está parado”, disse o prefeito.

Em Diadema, a redução de investimento do governo do Estado foi de 85,6%. Em 2010, o Estado repassou R$ 2,1 milhões e neste ano foram R$ 315 mil.

Reali explicou que a maior parte de recursos do Estado vem por meio de emendas dos deputados e verbas obrigatórias. “O município (Diadema) arca com muitas demandas que assumimos, mas são de responsabilidade do governo do Estado.”, disse.

Ribeirão e Rio Grande
Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra tiveram mais de 92% de cortes de investimentos. Apesar de os prefeitos Clóvis Volpi (PV) e Adler Kiko Teixeira (PSDB) apoiarem o governo tucano, Ribeirão perdeu R$ 23 milhões em recursos e Rio Grande teve redução em R$ 1,9 milhão dos investimentos estaduais. (Karen Marchetti e Fabíola Andrade)

São Caetano
Dos R$ 3,4 milhões destinados pelo governo estadual para São Caetano entre os anos de 2010 e 2011, R$ 2,5 milhões se referem a obras ainda em andamento na cidade. As principais delas se referem a investimentos no setor de Infraestrutura.

De acordo com a Secretaria Municipal da Fazenda, R$ 1,5 milhão foi liberado para infraestrutura na rua Santo André e vias adjacentes. Outros investimentos nesta área somam mais R$ 150 mil.

A Prefeitura de São Caetano ainda foi contemplada com a construção de piscina coberta e aquecida no CISE (Centro Integrado de Saúde e Educação) da Terceira Idade João Nicolau Braido. Para essa obra, o governo estadual destinou R$ 600 mil.

O Estado também autorizou o repasse de R$ 250 mil para a reforma do CISE 3ª Idade João Castaldelli.
O prefeito José Auricchio Júnior (PTB) não quis comentar o fato de a cidade ser a única do ABCD que teve aumento nos repasses do Estado. “Não dá para falar sobre algo que desconheço. Vou me inteirar antes de dizer alguma coisa”, disse.

Auricchio tem sido parceiro dos governos tucanos e trabalhou nas campanhas do ex-governador José Serra e do atual, Geraldo Alckmin.

Por Júlio Gardesani - ABCD Maior
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