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DATA DA PUBLICAÇÃO 13/08/2015 | Geral
Nível do Cantareira tem a maior queda em quase 7 meses nesta quarta
Água armazenada caiu 0,2 pontos percentuais em relação à capacidade.

Redução desse porte não era verificada desde o dia 20 de janeiro.


O nível dos reservatórios do Sistema Cantareira, o mais afetado pela crise hídrica, caiu pela décima-primeira vez consecutiva nesta quarta-feira (12) e opera com 17,5% da capacidade. A queda de 0,2 pontos percentuais é a maior desde 20 de janeiro deste ano, quando o sistema passou de 5,8% para 5,6% da capacidade. Os dados são da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

Na terça (11), o manancial tinha 17,8% da sua capacidade, considerando os dois volumes mortos já utilizados. A chuva registrada no mês foi de apenas 0,9 mm.

O índice de 17,5% do Cantareira divulgado nesta quarta pela Sabesb considera o cálculo feito com base na divisão do volume armazenado pelo volume útil de água. Após ação do Ministério Público, aceita pela Justiça, no entanto, a Sabesp passou a divulgar outros dois índices para o Sistema Cantareira.

O segundo índice leva em consideração a conta do volume armazenado pelo volume total de água do Cantareira. Nesta quarta, ele era de 13,6%. O terceiro índice leva em consideração o volume armazenado menos o volume da reserva técnica pelo volume útil. Nesta quarta, o índice era de -11,7%.

Os demais sistemas que abastecem a Grande São Paulo também registraram nova queda.

Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), órgão vinculado à Prefeitura, agosto é tradicionalmente o mês mais seco do ano. O tempo seco registrado nos últimos dias em São Paulo é consequência de um bloqueio formado por um sistema de alta pressão atmosférica que atua sobre grande parte do país. Por isso, a massa de ar seco continua atuando sobre o estado paulista, o que mantém o tempo estável com temperaturas baixas nas madrugadas e em elevação no decorrer do dia.

Falta de planejamento
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) afirmou que a falta de água em São Paulo foi resultado da falta de planejamento do governo paulista e relatou que a Secretaria Estadual de Recursos Hídricos (SSRH) recebeu vários alertas sobre a necessidade de um plano de contingência para eventuais riscos de escassez hídrica na Região Metropolitana de São Paulo. A pasta negou as alegações e disse que era impossível prever a estiagem de 2014.

As informações fazem parte do parecer do Tribunal de Contas do Estado sobre as contas do governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) em relação ao ano passado. O TCE aprovou as contas do tucano com ressalvas no fim de junho e listou 20 recomendações em diferentes áreas que o governo deveria adotar.

Sobre a seca no estado, o Tribunal de Contas afirmou que outras medidas poderiam ter sido adotadas para que a crise não chegasse "ao ponto em que se encontra atualmente, ou pelo menos para que seus efeitos fossem minimizados", como despoluição dos rios Tietê e Pinheiros, recuperação da represa Billings e combate mais efetivo de perdas de água na distribuição.

Já a Secretaria informou ao TCE que implantou diversas ações para uma situação de estresse hídrico, como o Programa de Uso Racional da Água (PURA), financiamento de estudos, projetos, obras e serviços ligados ao controle de perdas, e adoção de medidas para a prática de reúso de efluentes tratados para uso industrial, urbano e na agricultura.

Em nota enviada ao G1, o governo informou ainda que nenhum instituto ou especialista previu a severidade da seca que atingiu a região sudeste em 2014.

Por Márcio Pinho - G1, em São Paulo
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