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DATA DA PUBLICAÇÃO 12/02/2010 | Política
Não se pode' 'servir a Deus e ao dinheiro'', prega Campanha da Fraternidade
A Campanha da Fraternidade deste ano começa na próxima quarta-feira (17) com críticas à atual política econômica e um pedido de atenção às questões sociais. "Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro", prega o lema da campanha.

"Queremos mostrar que a economia não deve visar o lucro desmedido, mas sim a dignidade humana", explica o reverendo Luiz Alberto Barbosa, da Igreja Anglicana, secretário-geral do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic).

O conselho organiza a campanha deste ano por ter a participação de cinco igrejas: católica, anglicana, luterana, presbiteriana e ortodoxa. Quando a campanha é feita somente na Igreja Católica, quem coordena é a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

De acordo com o reverendo Luiz Alberto Barbosa, o atual modelo econômico "favorece o mercado". "Não é que o modelo como está não está bom. Se olhar apenas nos números, do ponto de vista econômico, financeiro, de controle da inflação, está bom. Mas é que os resultados práticos não se refletem na base. Temos ainda um dos piores índices de distribuição de renda."

Barbosa diz ainda que o objetivo é conscientizar os cristãos de que devem acompanhar e monitorar os resultados de ações governamentais. "Temos que convir que toda propaganda política ou de governo destaca apenas o que querem salientar e os aspectos negativos ou o que piorou, os governos não divulgam."

Questionado sobre se a campanha era uma crítica ao atual governo, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o reverendo respondeu: "Em nenhum momento citamos o nome de Lula, mas quando criticamos o modelo atual, acabamos criticando o governo atual”. Ele afirmou que o texto-base da campanha, com mais de 80 páginas, questiona alguns dados divulgados pelo atual governo.

O G1 procurou a Secretaria de Relações Institucionais do governo federal para que comentasse as críticas da campanha, mas ainda não recebeu resposta.

O reverendo afirmou também que as igrejas esperam que, após as discussões, os cristãos questionem mais os políticos sobre ações e projetos na hora de votar nas próximas eleições, que serão em outubro. "O mundo político está em alvoroço com esta campanha", afirma Barbosa.

Responsáveis por 50 mil comunidades em todo país, segundo o Conic, receberam capacitação sobre o tema. Eles devem, diz a entidade, estimular os cristãos a discutir alternativas para o atual modelo econômico.

Arrecadação
A Campanha da Fraternidade de 2009 arrecadou R$ 12 milhões entre os fiéis, segundo o reverendo Barbosa, e a estimativa é de que a arrecadação aumente neste ano.

Segundo o religioso, 40% dos recursos serão repassados ao Fundo Ecumênico de Solidariedade - os demais 60% ficarão nas comunidades. A verba será usada para apoiar projetos alternativos ao atual modelo econômico, que podem ser contemplados com R$ 20 mil, R$ 35 mil ou R$ 50 mil.

Por Mariana Oliveira - G1, em São Paulo
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