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DATA DA PUBLICAÇÃO 24/03/2016 | Setecidades
Na região, água de córregos e rios vai de regular a ruim
Na região, água de córregos e rios vai de regular a ruim Foto: Andréa Iseki/DGABC
Foto: Andréa Iseki/DGABC
Na semana do Dia Mundial da Água (celebrado na terça-feira), as notícias sobre o precioso recurso não são nada boas. Levantamento sobre a qualidade da água de rios, córregos e lagos feito pela Fundação SOS Mata Atlântica mostrou que a situação no Grande ABC vai de regular a ruim. Em 11 Estados brasileiros e Distrito Federal, foram analisados 289 pontos de coleta, distribuídos em 76 municípios.

A condição negativa ocorre em todo o País: 36,3% das amostras tiveram qualidade ruim ou péssima. Apenas 13 pontos foram avaliados como bons (4,5%) e outros 59,2% estão regulares. Nenhum está ótimo. Os dados são referentes ao período entre março de 2015 e fevereiro de 2016.

As coletas são realizadas com o uso de kit de análise, que possibilita medir o IQA – Índice de Qualidade da Água, com base na metodologia desenvolvida pela SOS Mata Atlântica. São considerados 16 parâmetros, incluindo níveis de oxigênio dissolvido, coliformes e turbidez. A classificação acontece em cinco níveis de pontuação: péssimo (de 14 a 20 pontos), ruim (de 21 a 26 pontos), regular (de 27 a 35 pontos), bom (de 36 a 40 pontos) e ótimo (acima de 40 pontos).

Em Mauá, nem a nascente do Rio Tamanduateí, no Parque Ecológico da Gruta Santa Luzia, teve avaliação positiva: a qualidade da água está em situação regular. Outros dois pontos (perto da foz do Bocaína e no bairro Capuava) estão ruins. “Logo ao sair de regiões onde há cobertura florestal, verifica-se a perda de qualidade”, fala a coordenadora da Rede das Águas da Fundação, Malu Ribeiro.

Foram classificadas ainda como ruins as amostras do Rio Ribeirão Pires, na cidade, e no Ribeirão dos Couros, em São Bernardo. Já em condição regular estão o Taiaçupeba Mirim, em Ribeirão Pires; o Rio Grande e a mina de água próxima à EE Poetisa Cora Coralina, no Parque América, em Rio Grande da Serra; a Biquinha, no Centro de Paranapiacaba, em Santo André; a margem da Represa Billings, no Parque Estoril, em São Bernardo; e o Ribeirão dos Meninos, também no município.

“A quantidade de rios contaminados ou no limite, que é regular, é reflexo da falta de investimento em saneamento básico. A ausência de prioridade e a má gestão do setor são percebidas apenas ao se olhar para qualquer córrego ou rio urbano objeto desse estudo”, ressalta Malu. “As perspectivas para mudanças nesse cenário, diante das crises econômica e institucional que o País está passando, dependem muito da mobilização da sociedade. Se não houver pressão para reverter esse quadro, a tendência é de piora.”

BILLINGS

No levantamento também foram avaliadas as primeiras duas semanas da Expedição Billings. Dos 40 pontos analisados, 11 foram considerados ruins, sendo cinco em São Bernardo, três em Rio Grande da Serra, dois em Santo André e um em Ribeirão Pires. Com pontuação regular, foram 15 em São Bernardo e cinco em Santo André. Com qualidade boa, nove pontos: cinco em São Bernardo, três em Santo André e um em Ribeirão Pires.

O problema da represa está na quantidade de ocupações irregulares, diz Malu. “Pela legislação brasileira, as companhias de saneamento não podem levar serviços de coleta e tratamento de esgoto e água a áreas irregulares. É uma situação difícil de vencer e que cria enorme exclusão hídrica.”

Apesar disso, ela salienta que é possível reverter o quadro. “A crise hídrica veio para alertar as pessoas, mas isso ainda não se refletiu nas políticas públicas, por isso temos que fazer pressão. Temos tecnologia, uma sociedade participativa e aberta para inovações, mas o ritmo dos governantes está aquém da necessidade.”

Por Vanessa de Oliveira - Diário do Grande ABC
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