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DATA DA PUBLICAÇÃO 23/01/2011 | Geral
Na praia, ambulantes aceitam cartões e aumentam vendas
O turista que vai às praias do litoral de São Paulo precisa cada vez menos se preocupar em como manter o dinheiro longe da água e a salvo de furtos. Roupas, brinquedos, pranchas de surf, entre dezenas de itens dispostos em apertados carrinhos na areia, já podem ser comprados e pagos com cartão de débito e crédito. Dependendo do valor, é possível, inclusive, parcelar os gastos, sem juros.

Em Mongaguá, na Baixada Santista, a adesão às máquinas portáteis, que usam chip de operadora de celular, começou nesta temporada e os vendedores ambulantes já contabilizam aumento de até 40% nas vendas, quando comparadas com o mesmo período do ano passado.

Carlos Roberto Gomes Alves, 32 anos, tem dois carrinhos de praia. Vendedor regularizado há oito anos, ele foi o primeiro da cidade a contratar o serviço para as transações móveis. Nas laterais de sua loja ambulante, chamada Shopping Praia, dois cartazes indicam as bandeiras aceitas: de Rede Shop a Diners Club International.

“Faz pouco tempo que a gente começou a usar. Por enquanto está compensando. E muito. Dependendo do valor que a gente vender, nem é cobrada a tarifa da máquina”, disse. Hoje, segundo o vendedor, 60% dos pagamentos são feitos com cartão. “As pessoas vêem no carrinho que aceitamos cartão e acabam se aproximando”, contou.

Desde que o comerciante passou a aceitar a nova forma de pagamento, os gastos do motorista Gilberto de Oliveira dos Santos, morador de São Paulo, dobraram. “Com cartão, não tem desculpa para não comprar. Aí, acabo fazendo a vontade de todo mundo e gastando bem mais”, disse. Frequentador do litoral há cerca de 30 anos, o motorista disse ter ficado surpreso quando viu que até os carrinhos ambulantes já aceitavam cartões.

Custódio Aníbal Pinheiro, 30 anos, também aderiu ao pagamento eletrônico, atendendo aos pedidos dos turistas. “O pessoal passava aqui e pedia. Diziam que era melhor andar com cartão do que com dinheiro. Como eu sou formalizado, do MEI [microempreendedor individual], acabei indo atrás disso no final do ano passado, consegui e todo mundo gostou muito”, comentou.

Ao satisfazer seus clientes, Aníbal aumentou seus ganhos em cerca de 40% em relação ao início da temporada do ano passado. Segundo o vendedor, além de as vendas terem crescido, o valor médio das compras subiu também.

“A maioria vem para a praia carregando pouco dinheiro. Com o cartão, eles levam mais: prancha, canga, maiô, biquíni. Não precisam nem fazer as compras antes, na cidade deles. Podem comprar tudo aqui.”

A iniciativa de aceitar pagamentos com cartão também garante mais segurança aos ambulantes, que não levam consigo todo o dinheiro recebido nas vendas, e aos turistas, que evitam o risco de serem roubados.

“É a primeira vez que compro com cartão na praia. Achei muito bom. Não preciso trazer muito dinheiro para a areia e, o que precisar, posso comprar. Sem contar que fico mais tranquilo por não carregar dinheiro. É mais seguro”, explicou o contador Edil Jorge de Lima Jr, 28 anos, morador da capital paulista.

Projeto no Rio de Janeiro
A tecnologia de pagamento eletrônico também está presente no Rio de Janeiro. A Cielo, empresa responsável pelo credenciamento de comércios e pelas transações feitas por meio de cartão de crédito e débito das principais bandeiras, realiza um projeto na capital fluminense para incentivar a adesão de barraqueiros aos meios eletrônicos de pagamento.

Segundo a Cielo, a iniciativa faz parte do projeto de profissionalização do comércio nas praias cariocas desenvolvido pela PRO Rio, associação formada pelas quatro entidades que representam os barraqueiros de praia do Flamengo ao Recreio dos Bandeirantes. A ação quer preparar as praias e as barracas para os jogos mundiais que ocorrerão no Brasil nos próximos anos.

“Para o barraqueiro, a vantagem vai além da profissionalização e da segurança, já que ele passa também a ter mais controle sobre seu faturamento”, informou a Cielo, por meio de nota.

Outras iniciativas
De acordo com a Cielo, há mais iniciativas de adesão aos meios eletrônicos de pagamento como essa, nas praias, em comunidades indígenas do sul da Bahia, que vendem artesanato, e nas vendas porta a porta de gás, por exemplo.

Por Anay Cury - G1, em Mongaguá (SP)
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