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DATA DA PUBLICAÇÃO 18/09/2007 | Turismo
Na festa do Sairé
Cerca de 100 mil pessoas deverão visitar a pequena vila de Alter-do-Chão, em Santarém, entre esta quinta-feira e segunda-feira, para conferir uma das mais antigas manifestações populares da Amazônia: a Festa do Sairé, inspirada na lenda do boto que se transforma em um belo rapaz para seduzir as moças ribeirinhas.

Considerado um dos mais importantes eventos do calendário festivo paraense – ao lado da Marujada, em Bragança, e o Círio de Nazaré, em Belém – o evento mistura elementos profano-religiosos em cinco dias de procissões embaladas por shows, rituais indígenas, torneios folclóricos e ritmos tipicamente paraenses, como carimbó, marambiré, lundu e desfeiteira.

O momento mais esperado da festa é a disputa entre os botos Tucuxi e Cor-de-rosa pela preferência popular. Em uma arena batizada de Sairódromo, as duas agremiações encenam a morte e ressurreição dos botos, num espetáculo de fantasias e alegorias gigantescas que em muito lembra a briga de bumbás no bumbódromo do Festival Folclórico de Parintins (AM).

Coincidências à parte, o Sairé deste ano ainda contará com apresentações da banda Biquíni Cavadão, da cantora de axé Margareth Menezes e do grupo de forró Magnificus, além de conjuntos regionais.

O lado religioso da tradição fica a cargo das procissões. Assim como faziam os índios para saudar os portugueses, no primeiro dia de festa mastros decorados com flores e frutas são fincados na areia da ilha que se forma no período da seca – quando as águas verdes do rio Tapajós baixam, dando origem à principal praia de Alter-do-Chão.

Os mastros são conduzidos em dois cortejos: um só de mulheres e outro de homens. À frente, saracoteia a saraipora, que conduz o símbolo do Sairé ao lado dos rufadores de caixa, que tocam e cantam os hinos. Nos demais dias da festa, os grupos se reunirão, ao meio-dia, para um breve ritual profano-religioso.

No último dia, sempre uma segunda-feira, ocorre a “varrição da festa”, com a derrubada dos mastros. Segundo a tradição, todo aquele que conseguir apoderar-se de uma das frutas que o decoram terá muita sorte.

Em seguida, ocorre a “cecuiara”, um delicioso almoço de confraternização com pratos típicos da cozinha santarena, à base de peixes. A programação termina à noite, com a festa dos barraqueiros.

Natureza acolhe turistas

Considerada um dos principais destinos turísticos do verão amazônico, a vila de Alter-do-Chão oferece uma série de passeios para quem quer aproveitar o local.

Entre eles, destaca-se o roteiro de barco até o ponto onde ocorre o fascinante encontro das águas do Tapajós com as do rio Amazonas, reconhecido pela National Geographic Society como o maior do mundo em volume e extensão. Devido às diferenças de densidade, temperatura e velocidade, as águas dos dois rios não se misturam.

Em setembro, o período de seca também propicia a formação de belíssimas praias de areia branca na vila de Alter-do-Chão, com direito à presença de botos e ao aparecimento do lago Verde, que no auge do verão fica separado do rio por uma imensa barra de areia com cerca de 1 quilômetro de extensão.

Cachoeiras, igarapés e ilhas povoadas por jacarés, macacos, tartarugas e pássaros próprios da Amazônia completam o fascinante cenário, que fez os navegadores portugueses passarem de conquistadores a conquistados, transformando a região num berço querido.

Por Heloísa Cestari - Diário do Grande ABC
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