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DATA DA PUBLICAÇÃO 24/03/2016 | Turismo
Na 25 de Março sem cabe mais um
O maior centro comercial a céu aberto da América Latina comemora 151 anos amanhã. Parte pulsante da Capital, a Rua 25 de Março, na região central de São Paulo, ganhou este nome em homenagem ao dia da primeira Constituição brasileira, outorgada pelo imperador Dom Pedro I em 1824. Hoje, é o primeiro nome que vem à cabeça quando se pensa em compras a custo reduzido, variedade, oferta e pechincha. Não sabe desbravar a 25? Não tem problema. Existem tours de compras pela região, com acompanhamento de guias especializados no assunto.

A CVC, por exemplo, é uma das agências que comercializam o destino. Com a procura de pessoas de todo o Brasil – de famílias a comerciantes que buscam abastecer estoques –, este é o passeio mais vendido pela empresa em São Paulo, que sempre teve a tradição de ser a capital do turismo de negócio do Brasil. As saídas são aos sábados, às 10h, em frente ao Bar Brahma, e além da 25 de Março também visita a Rua José Paulino, no Bom Retiro, em percurso de cinco horas. A sugestão para o almoço é parada estratégica no Mercado Municipal, que fica ali perto. O preço do tour é R$ 72 por pessoa, sem refeição.

Empresas de outros Estados também fazem excursões diárias para o local. Viagem em ônibus leito a partir de Curitiba, no Paraná, por exemplo, custa R$ 140 por pessoa. O semileito sai a R$ 110. Ambas opções incluem guia, seguro, escolta e serviço de bordo. Além da 25 de Março, a rota inclui os comércios populares do Brás e a Feira da Madrugada.

E são os mais diversos os produtos encontrados nas 18 vias do complexo comercial, seja nos dois quilômetros e meio da própria 25 de Março ou nas ruas paralelas e perpendiculares como a Barão de Duprat – onde fica a Galeria Pagé –, a Ladeira Porto Geral – do shopping de mesmo nome –, a Cavalheiro Basílio Jafet, entre outras. Fantasias, bijuterias, eletrônicos, roupas, calçados, acessórios, itens de papelaria, casamento e artigos para casa estão na lista de opções. Mas também é possível encontrar joias e produtos de maior qualidade – e, portanto, maior valor. As ofertas são incalculáveis entre as 350 lojas e 3.000 estandes – além dos camelôs –, que empregam 60 mil pessoas.

ORIGEM
Foram os imigrantes do mundo árabe, historicamente reconhecidos pela arte em vender, que começaram a transformar a Rua 25 de Março no centro comercial que é hoje. Em 1887, o libanês Benjamin Jafet abriu a primeira loja: Nami Jafet & Irmãos, de tecidos. A história conta que, aos poucos, o comércio foi prosperando. Em 1893, eram seis lojas. Em 1901, o número pulou para 500 pequenos estabelecimentos, que ofereciam porcelanas orientais, cutelaria alemã, rendas suíças e francesas, casimira inglesa e outros artigos importados.

A partir da Revolução de 1930, produtos nacionais passaram a dominar as prateleiras, sobretudo roupas e itens de armarinho. Nos anos 1960, 1970 e 1980, gregos, portugueses, coreanos e chineses mudaram um pouco a cara do lugar e hoje dividem espaço com segundas e terceiras gerações de libaneses e sírios. Saiba mais sobre a região nos sites www.guiada25.com.br. www.vitrine25demarco.com.br e www.spturis.com.

Região recebe 400 mil pessoas por dia dos mais diversos lugares
Números da SPTuris (São Paulo Turismo) mostram que o movimento diário da região da Rua 25 de Março chega a 400 mil pessoas. Nas datas comemorativas, como o Natal, este número supera 1 milhão e o lucro por dia alcança R$ 300 mil. Pesquisa realizada em julho de 2015 mostrou que 67% dos frequentadores são mulheres entre 25 e 39 anos e que 76% são paulistanos. Os demais 24% representam visitantes de outras cidades de São Paulo e estados.

Este é o caso do casal de pernambucanos José Armando Alves Pereira, 66 anos, e Diacui Pereira, 63, que virá a São Paulo neste feriado de Páscoa e pagou pelo tour de compras na região. “Quem vai a São Paulo e não visita estes locais não pode dizer que foi a São Paulo”, diz o funcionário público. “Estamos indo a passeio e como temos conhecimento que o comércio é muito variado, apesar de ter algumas informações sobre roubo, estaremos lá”, projetou ele, que vem em busca de roupas e eletrônicos e pretende fazer uma pausa no Mercado Municipal na hora do almoço para comer empada de bacalhau.

CURIOSIDADES
A 25 DE MARÇO JÁ FOI UM RIO

Até a década de 1850, o traçado da Rua 25 de Março era um braço navegável do Rio Tamanduateí. As mercadorias importadas que chegavam no Porto de Santos subiam a serra de carroça e seguiam pela estrada de ferro Santos-Jundiaí até alcançar o curso de água, por onde prosseguiam até desembarcar no Porto Geral, que deu nome à ladeira mais famosa da Capital. Grandes enchentes, porém, mudaram a rota do rio. Em 1914 ele foi canalizado.

ILUSTRE COMERCIANTE
Após se mudar de onde morava em Santo André, Adoniran Barbosa trabalhou em loja de tecidos na 25 de Março. Entretanto, foi demitido por ter o hábito de batucar no balcão atendendo os clientes.

Por Dérek Bittencourt - Diário Online
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