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DATA DA PUBLICAÇÃO 15/12/2014 | Cultura
Musicais abrem caminhos para a ópera
A Noite de São João, escrita por Elias Álvares Lobo, deixou o público em polvorosa na noite de 14 de dezembro de 1960. A ópera foi apresentada no Teatro São Pedro de Alcântara, no Rio de Janeiro, pelo maestro Carlos Gomes. Tempos depois, a data foi escolhida para homenagear a primeira ópera brasileira representada e composta em português: nasceu assim o Dia Nacional da Ópera que, só agora, tem o que comemorar. Embora os compositores Carlos Gomes (de O Guarani e O Escravo, Heitor Villa-Lobos (Izaht e Aglaia) e Mozart Camargo Guarnieri (Um Homem Só) tenham feito sucesso, somente nos últimos anos o gênero deixou de ser considerado ‘elitista’ e ganhou maior número de adeptos no País.

O tenor Daniel Umbelino, de Ribeirão Pires, é aluno da Academia de Ópera do Theatro São Pedro, de São Paulo, e tem notado o avanço. “Nos últimos três anos, o musical abriu os caminhos para a ópera, que começou a ganhar mais investimentos, mais propaganda e aumentou o interesse do público.” Ele lembra que há uma década, em São Paulo, eram no máximo quatro montagens ao ano. Em 2014, já são 14 entre o Theatro Municipal de São Paulo e o Theatro São Pedro. “Na última Tosca (Giacomo Puccini) que teve no Municipal, as oito (sessões) extras foram esgotadas. A tendência é crescer mais. O próprio São Pedro tem produções grandes e cerca de 100 cantores diferentes.” Alguns brasileiros, acrescenta, ganham o mundo, como o barítono Paulo Szot, também de Ribeirão Pires, que em 2008 estrelou o musical South Pacific na Broadway e hoje é uma das estrelas do Metropolitan de Nova York.

O cantor lírico e coordenador do Ópera Estúdio – Curso regular para cantores líricos do ciclo avançado da Emesp Tom Jobim, Mauro Wrona, diz que o ensino que ministra há dez anos antes era o único em São Paulo. “Temos vários cursos atualmente e hoje, diferente de antigamente, os cantores já vêm com toda formação musical, com uma base ótima.” Ele diz que, ao ano, a escola forma oito profissionais capacitados para atuarem em qualquer grande ópera. Além da qualidade dos cantores, outro chamariz tem sido a redução do preço dos ingressos que antes eram muito altos devido ao custo da produção de uma montagem, que chega a R$ 500 mil. Atualmente é possível assistir a uma grande obra desembolsando entre R$ 20 e R$ 100. Antes, o mínimo era R$ 200.

NAS TELONAS
O mesmo gênero que nasceu no fim do Renascimento (1594) em Florença, na Itália, hoje pode ser visto no cinema. O projeto da rede Cinemark traz para algumas de suas salas sessões do The Royal Opera House, tradicional casa de espetáculos de Londres. A próxima a ser apresentada é a Os Dois Foscari, de Verdi, quinta, sábado e dias 21 e 23. O espetáculo é estrelado por um dos maiores ícones da ópera: o barítono Plácido Domingo, no papel de Francesco Foscari.

Por Miriam Gimenes - Diário Online
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