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DATA DA PUBLICAÇÃO 16/02/2014 | Economia
Mulheres têm menor taxa de desemprego da história
Mulheres têm menor taxa de desemprego da história Foto: Ari Paleta/DGABC
Foto: Ari Paleta/DGABC
O mercado de trabalho acolheu ainda mais as moradoras do Grande ABC. Em 2013, a taxa de desemprego das mulheres da região atingiu menor patamar histórico, com 11,1%. Para se ter noção da importância do percentual, em 2010, por exemplo, o resultado era de 14,4%. Em 2012, 11,9%. E uma das hipóteses para esse cenário é a maior distribuição das empregadas em funções que antes eram vistas, pelos patrões principalmente, exclusivas dos homens.

As informações são da PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego) do Seade/Dieese. A série histórica teve início em 1999, quando o desemprego da mulher atingiu 24,8%.

Os percentuais são calculados sobre a PEA (População Economicamente Ativa). A PED é uma estatística que ilustra o mercado de trabalho do Grande ABC por meio de questionários aplicados em 600 famílias. Entram no levantamento pessoas com ou sem carteira de trabalho assinada que residem na região. Autônomos também entram na conta. Pela metodologia, é possível estimar que 20% dos entrevistados atuam fora das sete cidades.

SEM PRECONCEITO

A PED não apresenta dados aprofundados sobre as informações das mulheres no mercado do trabalho em 2013, mas revela que houve redução na taxa de ocupação das empregadas domésticas, por exemplo, que pode sinalizar migração para outros segmentos.

Na avaliação do técnico da Fundação Seade e coordenador da PED, Alexandre Loloian, esse pode ser um dos movimentos que explicam a redução do desemprego feminino. “O emprego doméstico é 97% composto por mulheres.” A taxa de ocupação das empregadas domésticas passou de 5,4%, em 2012, para 4,8%, em 2013. E no mesmo período, indicou o especialista, três setores tiveram incremento e podem ter dado espaço a essas profissionais.

No caso das empresas de transporte, armazenagem e correio, o índice de ocupação passou de 5,8% (2012) para 6,2% (2013). Já os negócios de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas elevaram o número de ocupados de 16,3% para 17,4%. Por fim, a indústria de transformação, que tem como histórico mais mão de obra masculina, pontua Loloian, passou de 26,1% para 26,2%.

“O avanço da tecnologia de alguma forma rompe o limite da força física como um predicado indispensável. Isso significa que uma mulher pode trabalhar em armazenamento, operando um empilhadeira tranquilamente, ou mesmo em outras funções que antes exigiam mais esforço”, avalia Loloian.

A metalúrgica Luziane Maria Dantas, 46 anos, é exemplo de que o serviço, que antes era considerado pesado e ainda tem a maioria formada por força masculina, pode ser feito por uma mulher. Moradora de Santo André, ela atua como operadora de máquinas na Panex, em São Bernardo, há 19 anos.

“Gosto muito do serviço que eu faço. E tem algumas funções, como a operação de prensa, que as mulheres podem assumir tranquilamente”, avalia. Ela afirma ainda que não há preconceito dos colegas de trabalho, pois todos convivem muito bem.

Loloian cita ainda o resultado de desemprego dos cônjuges, que também está em seu menor patamar histórico, de 8,3%. “E 60% são mulheres.” Ele acrescenta ainda que historicamente a distribuição de proporção das mulheres e dos homens era de, respectivamente, 55% e 45%. “Pela primeira vez passou para 51% e 49%.”

Por Pedro Souza - Diário do Grande ABC
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