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DATA DA PUBLICAÇÃO 07/12/2017 | Economia
Mulheres passam o dobro do tempo dos homens com tarefas domésticas, aponta IBGE
Mulheres passam o dobro do tempo dos homens com tarefas domésticas, aponta IBGE Mulheres se dedicam mais aos cuidados com limpeza do lar, enquanto os homens fazem serviços de manutenção e reparos, aponta pesquisa (Foto: Reprodução/TV Globo)
Mulheres se dedicam mais aos cuidados com limpeza do lar, enquanto os homens fazem serviços de manutenção e reparos, aponta pesquisa (Foto: Reprodução/TV Globo)
9 em cada 10 mulheres fazem algum tipo de tarefa no lar, enquanto 7 em cada 10 homens se envolvem nos afazeres domésticos.

No Brasil, nove entre cada dez mulheres realizam algum tipo de tarefa doméstica durante, no mínimo, uma hora semanal. Entre os homens, sete em cada dez se dedicam a afazeres domésticos, mas dedicam metade do tempo gasto pelas mulheres nestas atividades. É o que revela um levantamento divulgado nesta quinta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Constatou-se, também, que as mulheres dedicam, em média, 20,9 horas semanais aos cuidados com o lar, enquanto eles dedicavam 11,1 horas semanais.

“Isso pode explicar, por exemplo, porque a participação da mulher no mercado de trabalho é menor que a do homem”, apontou Alessandra Brito, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), o IBGE buscou, ao longo de 2016, investigar outras formas de trabalho distintas da ocupação remunerada.

Foram investigados no levantamento, além da realização de afazeres domésticos, a realização de cuidados de pessoas, de trabalho voluntário e da produção para o próprio consumo.

“São formas de trabalho que poderiam ser valoradas. São serviços que você poderia contratar ou produtos que poderia comprar, pagando por eles, mas acaba fazendo por conta própria ou sem cobrar nada por eles”, explicou a pesquisadora.

De acordo com a pesquisa, em 2016, 81,3% da população brasileira com mais de 14 anos (cerca de 135,5 milhões de pessoas) havia realizado afazeres domésticos no domicílio onde vive ou na casa de parentes. Entre as mulheres, a taxa de realização deste tipo de trabalho foi de 89,8%, enquanto entre os homens foi de 71,9%.

Tanto entre as mulheres quanto entre os homens, a taxa de realização de afazeres domésticos foi maior no grupo etário entre 25 e 49 anos – respectivamente 93,5% e 75,9% - e menor, para ambos os gêneros, na faixa etária entre 14 e 24 anos de idade – 83,4% entre as mulheres e 59,5% dos homens.

A pesquisa buscou observar, ainda, dentre as pessoas que realizaram tarefas domésticas quantas tinham ocupação profissional. Constatou-se que 82,7% delas trabalhavam. Esta tendência foi observada tanto entre as mulheres quanto entre os homens – 92,2% das mulheres ocupadas realizavam tarefas domésticas, enquanto 75,5% dos homens ocupados também as faziam.

Tarefas relacionadas com a alimentação no domicílio foram as principais atividades domésticas realizadas por ambos os sexos. As mulheres, no entanto, se dedicam mais aos serviços de limpeza do lar, enquanto os homens priorizam pequenos reparos e serviços de manutenção.

Cuidados de pessoas

O levantamento do IBGE sobre formas de trabalho não remuneradas mostrou que cerca de ¼ da população em idade de trabalhar cuidou de outras pessoas em 2016. O percentual de mulheres (32,4%) que se dedicavam a cuidar de pessoas foi superior ao dos homens (21%).

O IBGE destacou que tanto para os homens (64,7%) quanto para as mulheres (60,7%), a realização de cuidados com pessoas se concentrava na faixa etária de 25 a 49 anos. “Essa é uma faixa etária que se caracteriza por um grande percentual de pessoas com filhos com idade de serem cuidados”, observou o instituto.

A pesquisa mostrou que 49,6% das pessoas que receberam cuidados tinham entre 0 e 5 anos de idade e 48,1% tinham entre 6 e 14 anos. O cuidado de idosos correspondeu a apenas 9% dos casos.

Monitorar ou fazer companhia dentro do domicílio foi o principal cuidado desempenhado (86,9%). A menor ocorrência de cuidados foi relacionada ao auxílio a atividades educacionais (66,8%).

“Se eu cuidar do filho da vizinha para ela poder sair, isso não é cuidado de pessoas, isso é trabalho voluntário”, ressalvou Alessandra Brito, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Trabalho voluntário

A partir da Pnad, o IBGE estimou que 6,5 milhões de brasileiros realizaram trabalho voluntário em 2016. Este contingente corresponde a apenas 3,9% da população com mais de 14 anos.

Em média, foi maior a proporção de mulheres (4,6%) na comparação com os homens (3,1%) que realizaram algum tipo de trabalho voluntário. Todavia, eles se dedicavam a estas atividades por mais horas semanais que elas (6,9 horas para homens e 6,6 horas para elas).

A pesquisa mostrou ainda que foi maior a proporção (4,2%) das pessoas que trabalhavam e se dedicavam também ao trabalho voluntário que a de pessoas desocupadas (3,6%).

Além disso, o levantamento apontou que a Região Norte do país foi a que apresentou a maior taxa de trabalho voluntário (5,6%) na comparação com as demais regiões. Em segundo lugar, aparece a Região Sul (5%). O Nordeste ficou na lanterna deste ranking, com taxa de 3%.

Dentre as pessoas que fizeram trabalho voluntário, a grande maioria (91,5%) o fizeram por meio de empresa, organização ou instituição. Os principais locais de realização deste tipo de trabalho foram congregações religiosas, sindicato, condomínio, partido político, escola, hospital e asilo.

“Às vezes, a pessoa ajudava, por exemplo, a limpar a igreja após uma celebração. Mas ela sequer se dava conta de que aquilo era trabalho voluntário”, destacou a pesquisadora Alessandra Brito.

Por Daniel Silveira, G1 Rio
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