DATA DA PUBLICAÇÃO 02/09/2007 | Cidade
Mulheres da indústria estão mais estressadas
Os trabalhadores das indústrias paulistas têm razões para comemorar e se preocupar ao mesmo tempo quando o assunto está relacionado à qualidade de vida e lazer.
Um relatório feito pelo Sesi (Serviço Social da Indústria) mostra que esses profissionais se consideram saudáveis, no entanto, precisam cuidar mais da alimentação por apresentarem altos níveis de sobrepeso.
A pesquisa foi feita com trabalhadores de diversos segmentos da indústria em cidades de todo o Estado de São Paulo, incluindo o Grande ABC (Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema e Mauá).
Um dos dados mais interessantes da pesquisa é que a mulher se diz mais estressada que o homem. Enquanto 17,7% delas se dizem estar quase sempre ou sempre estressadas, apenas 10,9% dos homens fazem a mesma afirmação.
Segundo o supervisor de Esportes e Lazer do Sesi, Eduardo Augusto Carreiro, o nível de estresse também aumenta conforme a renda.
“Trabalhadores que ganham abaixo de R$ 1,5 mil também dizem ter problemas desse tipo. Já no caso delas, acredito que se deva as múltiplas jornadas que carregam”, explica Carreiro.
Contudo, elas se alimentam melhor do que os homens, apresentam menos excesso de peso, mas fazem menos exercícios físicos.
“Os homens são menos sedentários, apresentam menos estresse, mas apresentam bem mais sobrepeso (47%), tabagismo e ainda os piores hábitos alimentares. O que percebemos é que a prática de exercícios físicos não garante a saúde”, comenta o supervisor.
Carreiro acredita que um dos dados mais preocupantes da pesquisa é o alcoolismo potencial. Enquanto no Estado de São Paulo esse nível é de 12%, entre os trabalhadores é de 30%.
“As pessoas também relataram que não dormem bem com freqüência, cerca de 24%, o que também é alarmante”, diz.
Já quanto ao tabagismo, os índices são mais animadores, pois enquanto a média da população paulista é de 18,2%, a dos trabalhadores é de 11,9%.
Segundo Carreiro, a partir dos dados coletados, o Sesi vai investir em programas integrados para cuidar da saúde, lazer e bem-estar de seus usuários. “Principalmente programas para a “afirma o supervisor.
Trabalhadores gostariam de ter mais tempo para esporte e lazer
Os trabalhadores da indústria do Grande ABC gostariam de ter mais tempo para gastar com eles mesmos: cuidando da saúde, praticando esportes e conseguindo aproveitar as horas vagas para o lazer.
Contudo, eles não concordam com todos os dados da pesquisa. Principalmente, no que diz respeito ao estresse. Para a metalúrgica Joana Maria de Carvalho, que trabalha há 23 anos na Volkswagen, a mulher costuma ser mais calma no ambiente de trabalho que os homens. “Mas ela pode ficar mais estressada por conta das jornadas. Além do trabalho, tenho que cuidar da casa e da minha filha”, conta.
Joana conta que gostaria de ter mais tempo para praticar esportes. “Mas só consigo fazer planos para ter lazer junto com a aposentadoria”, lamenta.
Já o metalúrgico Aílton Ferreira da Silva, também funcionário da Volkswagen, acha o homem mais estressado que a mulher. “Nos momentos de pressão, ficamos muito nervosos. A mulher consegue se controlar mais”, afirma.
Silva diz que tenta ter hábitos saudáveis principalmente nas refeições. Faz uma alimentação com menos teor de gordura para não ter problemas com colesterol.
Como ex-fumante, o metalúrgico conta que também percebe que seus amigos têm diminuído o tabagismo. “Já parei há 15 anos porque cheguei a um ponto que o cigarro me fazia muito mal. E hoje, percebo que meus amigos também estão parando de fumar.”
Para aliviar a tensão, Silva procura relaxar indo para um sítio. “Quanto tenho tempo, vou descansar e ‘desestressar’ mexendo na terra”, comenta.
Um relatório feito pelo Sesi (Serviço Social da Indústria) mostra que esses profissionais se consideram saudáveis, no entanto, precisam cuidar mais da alimentação por apresentarem altos níveis de sobrepeso.
A pesquisa foi feita com trabalhadores de diversos segmentos da indústria em cidades de todo o Estado de São Paulo, incluindo o Grande ABC (Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema e Mauá).
Um dos dados mais interessantes da pesquisa é que a mulher se diz mais estressada que o homem. Enquanto 17,7% delas se dizem estar quase sempre ou sempre estressadas, apenas 10,9% dos homens fazem a mesma afirmação.
Segundo o supervisor de Esportes e Lazer do Sesi, Eduardo Augusto Carreiro, o nível de estresse também aumenta conforme a renda.
“Trabalhadores que ganham abaixo de R$ 1,5 mil também dizem ter problemas desse tipo. Já no caso delas, acredito que se deva as múltiplas jornadas que carregam”, explica Carreiro.
Contudo, elas se alimentam melhor do que os homens, apresentam menos excesso de peso, mas fazem menos exercícios físicos.
“Os homens são menos sedentários, apresentam menos estresse, mas apresentam bem mais sobrepeso (47%), tabagismo e ainda os piores hábitos alimentares. O que percebemos é que a prática de exercícios físicos não garante a saúde”, comenta o supervisor.
Carreiro acredita que um dos dados mais preocupantes da pesquisa é o alcoolismo potencial. Enquanto no Estado de São Paulo esse nível é de 12%, entre os trabalhadores é de 30%.
“As pessoas também relataram que não dormem bem com freqüência, cerca de 24%, o que também é alarmante”, diz.
Já quanto ao tabagismo, os índices são mais animadores, pois enquanto a média da população paulista é de 18,2%, a dos trabalhadores é de 11,9%.
Segundo Carreiro, a partir dos dados coletados, o Sesi vai investir em programas integrados para cuidar da saúde, lazer e bem-estar de seus usuários. “Principalmente programas para a “afirma o supervisor.
Trabalhadores gostariam de ter mais tempo para esporte e lazer
Os trabalhadores da indústria do Grande ABC gostariam de ter mais tempo para gastar com eles mesmos: cuidando da saúde, praticando esportes e conseguindo aproveitar as horas vagas para o lazer.
Contudo, eles não concordam com todos os dados da pesquisa. Principalmente, no que diz respeito ao estresse. Para a metalúrgica Joana Maria de Carvalho, que trabalha há 23 anos na Volkswagen, a mulher costuma ser mais calma no ambiente de trabalho que os homens. “Mas ela pode ficar mais estressada por conta das jornadas. Além do trabalho, tenho que cuidar da casa e da minha filha”, conta.
Joana conta que gostaria de ter mais tempo para praticar esportes. “Mas só consigo fazer planos para ter lazer junto com a aposentadoria”, lamenta.
Já o metalúrgico Aílton Ferreira da Silva, também funcionário da Volkswagen, acha o homem mais estressado que a mulher. “Nos momentos de pressão, ficamos muito nervosos. A mulher consegue se controlar mais”, afirma.
Silva diz que tenta ter hábitos saudáveis principalmente nas refeições. Faz uma alimentação com menos teor de gordura para não ter problemas com colesterol.
Como ex-fumante, o metalúrgico conta que também percebe que seus amigos têm diminuído o tabagismo. “Já parei há 15 anos porque cheguei a um ponto que o cigarro me fazia muito mal. E hoje, percebo que meus amigos também estão parando de fumar.”
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