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DATA DA PUBLICAÇÃO 20/01/2011 | Cidade
Mulher morre em Mauá para salvar netos
O transbordamento do córrego que costa parte do Jardim Zaíra, em Mauá, fez a sexta vitima fatal das chuvas de verão no ABCD, na noite de terça-feira (18/01). Em três semanas, o bairro foi o palco de todas as mortes registradas na Região. Por conta da forte enxurrada e do alto nível da água, moradores perderam móveis e eletrodomésticos.

A dona de casa Antonia Avelaneda Grande estava no momento da chuva com os netos e o marido, e morreu afogada dentro da própria casa. A residência, que está localizada em uma viela a aproximadamente cinco metros do córrego, foi tomada pela água em poucos minutos. Enquanto os móveis boiavam, Antonia conseguiu salvar os netos, mas não teve força para se salvar.

“Ouvimos os gritos de socorro dela. Quando conseguimos entrar na casa, havia muitos móveis boiando. Eu e vizinhos vasculhamos em vários locais e, enquanto retirávamos móveis, o corpo de minha sogra boiou”, relatou o genro Márcio José dos Santos.

Tudo o que estava na residência de Antonia foi perdido. Móveis a eletrodomésticos foram estragados por conta da enxurrada. Santos afirmou que a água chegou a mais 2 metros. “Não importa as perdas materiais. Isso a família se mobiliza para resolver. Perdemos uma das pessoas mais importantes de nossas vidas”, lamentou.

De acordo com Santos, a tragédia poderia ter sido evitada, pois nas proximidades havia um posto do Corpo de Bombeiros que foi retirado para a construção de um terminal de ônibus que ainda não foi concluído. “Se os bombeiros estivessem mais perto, a ajuda viria de forma mais rápida. Mas o posto foi removido do bairro”, afirmou.

Limpeza – Durante a manhã de quarta-feira (19/01), moradores e comerciantes do Jardim Zaíra faziam limpeza das lojas e residências e contabilizavam prejuízos causados pela enxurrada.

O comerciante Gilberto Pires de Toledo afirmou que teve perdas de R$ 3 mil. “Nunca presenciei algo parecido aqui no bairro. Vou ter que instalar uma comporta na porta da loja para tentar me proteger melhor”, disse.

Porém, nem mesmo as comportas, uma instalada no portão da casa e outra na porta da cozinha, foram suficientes para segurar a força das águas na casa da família Marinho. “Em pouco tempo, a correnteza quebrou a comporta. Havia água entrando por todos os lados, até pela janela da cozinha”, disse a dona de casa Joana da Silva Marinho.

Por todo o bairro havia carros presos na lama, diversas pilhas de sofás, guarda-roupas, televisores, entre outros tipos de móveis e eletrodomésticos. “Perdi tudo. Quando a água invadiu minha casa, preferi sair. Fiquei do outro lado da avenida vendo o estrago ser feito. Nada pode ser reaproveitado”, disse o morador Daniel Azevedo.

Por Vladimir Ribeiro - ABCD Maior
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