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DATA DA PUBLICAÇÃO 03/03/2012 | Setecidades
MTST ocupa área particular em Santo André
MTST ocupa área particular em Santo André Barracos de lona foram montados em menos de 20 minutos no Jardim Santa Cristina. Foto: Andris Bovo
Barracos de lona foram montados em menos de 20 minutos no Jardim Santa Cristina. Foto: Andris Bovo
Ocupação do MTST em Santo André Cerca de 300 sem-teto entram em terreno no Jardim Santa Cristina

Cerca de 300 sem-teto ocuparam na madrugada deste sábado (03/03) um terreno particular no Jardim Santa Cristina, em Santo André. Os integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) entraram na área à 1h e em menos de 20 minutos já haviam montado os barracos de lona. Por volta das 2h, três viaturas da Polícia Militar chegaram ao local, horário que a ocupação já estava consolidada, e, portanto, só poderá ser desfeita com ordem judicial.

De acordo com a coordenadora do movimento, Maria das Dores, a área pertence a Luiz Pereira, e não possui nenhum entrave jurídico, como dívidas de impostos. “Sabemos que o dono desse terreno, que está classificado como Zeis (Zonas Especiais de Interesse Social), já manifestou interesse em negociar com o estado a venda para habitação social. Vamos entrar em contato com a Prefeitura e negociar a compra do terreno para que esse povo tenha onde morar.”

A ocupação se deu de forma pacífica e organizada. Coordenadores do MTST entregavam às famílias que iam chegando kits com quatro estacas de bambu, cordas e lona. Pouco a pouco essas famílias iam montando os barracos, que deverão servir de abrigos pelos próximos dias, semanas, ou até mesmo pelos próximos meses.

Almoço - A cozinha do acampamento foi erguida durante a madrugada pelos manifestantes e o primeiro almoço comunitário deverá ser preparado já neste sábado. Para quem não tem onde morar e também não nutre perspectivas de ser atendido por programas sociais de moradia popular, a ideia de almoçar com os outros sem-teto parece ser a melhor escolha, entre um minguado leque de opções.

“Eu estava na favelinha do Santa Cristina e agora vou morar aqui no acampamento. Pobre eu continuo sendo, mas acho que aqui alguém deve me notar, não é mesmo”, afirmou Ricardo do Carmo, 45 anos, auxiliar de limpeza.

O acampamento, que deverá ganhar novos moradores nos próximos dias de favelas localizadas nas adjacências da rua Adriático, foi batizado pelos acampados de Novo Pinheiro-Santo André, em alusão à ocupação de Pinheirinho, em São José dos Campos, que acabou em janeiro deste ano com a reintegração de mais de mil famílias que viviam no terreno há anos, e que gerou uma série de denúncias de abuso de força policial da PM do Estado de São Paulo.

Também na madrugada deste sábado os sem-teto ocuparam uma área particular em Embu das Artes, esta formada por cerca de 500 pessoas. O acampamento foi batizado de Novo Pinheirinho-Embu.

Ocupações – Nos últimos quatro anos, o MTST formou outros três acampamentos no ABCD. Dois deles em Mauá, e o último em Santo André, no Bairro São Jorge, batizado pelo movimento de Nova Palestina. A desocupação do acampamento no São Jorge ocorreu em junho de 2010.

De acordo com a coordenação dos sem-teto, a escolha por uma nova ocupação em Santo André ocorreu, principalmente, pelo fato de o município ter um expressivo déficit habitacional e, mesmo assim, não formular projetos consistentes para a área. E também por ter descumprido acordos firmados com o MTST após a desocupação do Nova Palestina.

Esses acordos previam a parceria entre Caixa Econômica, MTST e Prefeitura, parceria esta que poderia resultar em unidades habitacionais para a população de baixa renda, o que não ocorreu.

Por Carol Scorce - ABCD Maior
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