NOTÍCIA ANTERIOR
Vanessa Damo reclama de prefeituras petistas da região
PRÓXIMA NOTÍCIA
Troca de hidrômetro gera reclamação em Mauá
DATA DA PUBLICAÇÃO 23/04/2008 | Cidade
MTST é retirado da CEF pela polícia
Integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) invadiram a sede da CEF (Caixa Econômica Federal) na Praça da Sé, em São Paulo, terça-feira pela manhã e foram retirados à força pela Polícia Militar depois de grande tumulto, que durou cerca de meia hora. A polícia usou gás de pimenta e cassetetes para dispersar aproximadamente 250 pessoas.

Depois da manifestação, um integrante de cada acampamento do MTST foi recebido pelos representantes da Caixa.

O protesto começou às 10h30 com a invasão do prédio pelas portas da frente e da lateral. No tumulto o vidro de uma porta foi quebrado, mas não feriu ninguém. Os manifestantes cantavam seus gritos de guerra até que a polícia os cercou.

Na retirada, houve certa resistência do grupo e a polícia utilizou gás de pimenta e retirou os manifestantes por volta das 11h. Algumas pessoas disseram ter sido machucadas pelos policiais.

Cícera Anália da Silva, 42 anos, levou um golpe de cassetete na perna e passou mal devido ao spray. “Minha garganta ardeu muito e minha perna está preta por causa da pancada”, relatou a ocupante do terreno de Mauá.

Sílvia Aparecida de Souza, 32, grávida de oito meses ficou machucada após ter sido retirada do prédio. “Levei uma pancada nas costas e os policiais jogaram gás de pimenta nos meus três filhos.”

Após o conflito com a Força Tática, que deixou cerca de 12 pessoas feridas, segundo os manifestantes, um representante de cada acampamento foi recebido pelo Superintendente Regional da Caixa da Sé, Henrique Carlos Parra, e pelo Gerente Regional, Fernando Tadeu da Costa Passos.

A intenção da manifestação era pressionar a CEF a assumir compromissos com as ocupações e a disponibilizar verbas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para essas pessoas e a ajudar na desapropriação dos terrenos invadidos.

O grupo seguiu para a frente do prédio onde permaneceu até o final do protesto, às 13h30, depois de reunião de uma hora com a CEF. “A recepção não foi como esperávamos, mas conseguimos ser recebidos. Isso já é uma vitória”, disse um dos coordenadores do MTST Guilherme Castro.

O Capitão Alberto Tamashiro, da Força Tática do 11º Batalhão, afirmou que o número de manifestante não passava de 80. “Os demais são curiosos que estavam na rua, mas ninguém foi detido e ninguém ficou gravemente ferido.”

Os coordenadores dos acampamentos afirmam que Mauá levou aproximadamente 100 ocupantes, Campinas levou 50, Embu 50 e Itapecerica da Serra 50.

A assessoria da CEF disse que os casos apresentados pelos manifestantes já eram de conhecimento da Caixa e que a agilização pedida depende da negociação com os outros órgãos envolvidos, como as prefeituras e a CDHU

(Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo), mas que irá ajudar o MTST.

As confirmações das reuniões solicitadas pelo movimento com os demais órgãos saem quarta-feira até o meio dia.

Acampamento de Mauá é mais próximo de se consolidar

De acordo com o MTST, entre as quatro áreas invadidas atualmente pelo movimento, o acampamento de Mauá é o que tem mais chance de se consolidar, e mais rápido.

“Mauá tem a vantagem de o proprietário do terreno estar disposto a vender o local. O problema é que as negociações estão muito devagar e precisamos de soluções rápidas, pois o prazo de permanência no local está acabando”, disse Guilherme Castro, um dos coordenadores do MTST que foi recebido terça-feira na CEF.

O proprietário do terreno invadido no Jardim Olinda, em Mauá, permitiu no ultimo dia 4 que o acampamento permanecesse no terreno por mais 30 dias para tentar a compra da área.

Segundo Castro, a CEF se comprometeu a agendar uma reunião com a Prefeitura de Mauá e a CDHU para esta semana e afirmou que existe a disposição em comprar o terreno. A assessoria da CEF, porém, não confirmou a intenção.

O coordenador disse que em Campinas, Embu e Itapecerica da Serra a situação dos acampantes é mais complicada, pois os terrenos não estão liberados para compra, mas afirmou que a CEF irá analisar os casos e ver a viabilidade de compra de outra área, se for o caso. “Quando invadimos um local queremos permanecer nele, mas se houver a necessidade de mudar também será uma vitória. O que queremos é moradias”, disse Castro que aproveitou para discursar sobre a importância da união dos acampamentos.

Por Célia Maria Pernica - Diário do Grande ABC
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Setecidades - Clique Aqui
As últimas | Cidade
06/04/2020 | Atualização 06/04/2020 do avanço Coronavírus na região do ABC Paulista
03/02/2020 | Com um caso em Santo André, São Paulo monitora sete casos suspeitos de Coronavírus
25/09/2018 | TIM inaugura sua primeira loja em Mauá no modelo digital
As mais lidas de Cidade
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7719 dias no ar.