DATA DA PUBLICAÇÃO 25/08/2012 | Política
MST ocupa fazenda que pertence ao bicheiro Carlinhos Cachoeira
Sem-Terra ocuparam fazenda, de 4 mil hectares, no Distrito Federal, na madrugada desta quarta-feira. Foto: Agência Brasil
Cerca de 800 famílias já estão no terreno, localizado em área nobre de Brasília; quase metade da fazenda pertenceria ao bicheiro
A fazenda Gama, no Distrito Federal (DF), adquirida pelo grupo do contraventor Carlos Cachoeira, foi ocupada pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e pelo MATR (Movimento de Apoio aos Trabalhadores Rurais) na noite desta quarta-feira (22/08). De acordo com a assessoria de iAmprensa da ocupação, 800 famílias se encontram na área e exigem uma reunião com o governo do DF.
“Ocupamos essa fazenda porque é terra pública e tem indícios de irregularidades. Ela foi citada na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Cachoeira e terra pública tem que ser destinada para os trabalhadores produzirem alimentos saudáveis. Nosso objetivo é fazer o debate da questão agrária no DF e queremos conversar com o governador. Tem um ano que a gente tenta fazer essa reunião”, disse Viviane Moreira, do MST.
De acordo com as investigações da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, a fazenda Gama mede 4093 hectares e está localizada em área nobre, de alto valor imobiliário, nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília. O inquérito informa que 35% da fazenda foi adquirida em dezembro de 2010 pelo grupo formado por Cachoeira, Cláudio Abreu, ex-diretor da construtora Delta no Centro-Oeste, e Rossine Aires Guimarães, empreiteiro que doou pouco mais de R$ 4,3 milhões às campanhas dos governadores tucanos Marconi Perillo, em Goiás, e Siqueira Campos, no Tocantins.
De acordo a Polícia Federal, as terras foram adquiridas de Matheus Paiva Monteiro, que se intitula proprietário delas, por R$ 2 milhões. A transação teria envolvido um avião Cessna e recursos oriundos de uma empresa de fachada de Cachoeira, a Alberto & Pantoja Construções, que recebia repasses da Delta Construções.
Até dezembro de 2010 não existia registro da área nos cartórios do DF e a propriedade do terreno era questionada pela Terracap (Companhia Imobiliária de Brasília). Também não havia registro do geo-referenciamento no INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) ou da reserva legal no Ibram (Instituto Brasiliense de Meio Ambiente e Recursos Hídricos), afirmam os documentos da Operação Monte Carlo.
Esta é a segunda ocupação do MST no Distrito Federal em 2012. No dia 8 de março, cerca de 600 famílias ocuparam a Fazenda Toca da Raposa, em Planaltina, no Distrito Federal. Elas pedem a destinação de 40% da área da fazenda de 1.700 hectares para a reforma agrária.
A fazenda Gama, no Distrito Federal (DF), adquirida pelo grupo do contraventor Carlos Cachoeira, foi ocupada pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e pelo MATR (Movimento de Apoio aos Trabalhadores Rurais) na noite desta quarta-feira (22/08). De acordo com a assessoria de iAmprensa da ocupação, 800 famílias se encontram na área e exigem uma reunião com o governo do DF.
“Ocupamos essa fazenda porque é terra pública e tem indícios de irregularidades. Ela foi citada na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Cachoeira e terra pública tem que ser destinada para os trabalhadores produzirem alimentos saudáveis. Nosso objetivo é fazer o debate da questão agrária no DF e queremos conversar com o governador. Tem um ano que a gente tenta fazer essa reunião”, disse Viviane Moreira, do MST.
De acordo com as investigações da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, a fazenda Gama mede 4093 hectares e está localizada em área nobre, de alto valor imobiliário, nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília. O inquérito informa que 35% da fazenda foi adquirida em dezembro de 2010 pelo grupo formado por Cachoeira, Cláudio Abreu, ex-diretor da construtora Delta no Centro-Oeste, e Rossine Aires Guimarães, empreiteiro que doou pouco mais de R$ 4,3 milhões às campanhas dos governadores tucanos Marconi Perillo, em Goiás, e Siqueira Campos, no Tocantins.
De acordo a Polícia Federal, as terras foram adquiridas de Matheus Paiva Monteiro, que se intitula proprietário delas, por R$ 2 milhões. A transação teria envolvido um avião Cessna e recursos oriundos de uma empresa de fachada de Cachoeira, a Alberto & Pantoja Construções, que recebia repasses da Delta Construções.
Até dezembro de 2010 não existia registro da área nos cartórios do DF e a propriedade do terreno era questionada pela Terracap (Companhia Imobiliária de Brasília). Também não havia registro do geo-referenciamento no INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) ou da reserva legal no Ibram (Instituto Brasiliense de Meio Ambiente e Recursos Hídricos), afirmam os documentos da Operação Monte Carlo.
Esta é a segunda ocupação do MST no Distrito Federal em 2012. No dia 8 de março, cerca de 600 famílias ocuparam a Fazenda Toca da Raposa, em Planaltina, no Distrito Federal. Elas pedem a destinação de 40% da área da fazenda de 1.700 hectares para a reforma agrária.
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