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DATA DA PUBLICAÇÃO 02/12/2009 | Geral
Motoqueiros se organizam contra lei do corredor
Uma nova lei de trânsito, que está prestes a ser aprovada na Câmara dos Deputados, já está gerando polêmica. Caso seja aprovada, a lei proibirá que os motoqueiros trafeguem nos corredores, entre os veículos. A alteração do Código de Trânsito Brasileiro será discutida pelos deputados que integram a Comissão de Viação e Transportes da Câmara nesta terça-feira (1º/12). Em seguida segue para votação em plenário. O projeto de lei estabelece multa de R$ 191,54 para quem desrespeitar.

Desde a semana passada, sindicatos e associações que defendem os condutores de duas rodas já se manifestaram contra a restrição. No último sábado (28/11), as entidades de todo o Estado se reuniram para discutir a polêmica. O consenso é de que o trânsito em grandes cidades será diretamente afetado. A segunda observação dos motoqueiros é quanto à velocidade do trabalho de motoboys, que depende da agilidade para garantir o emprego.

O presidente do Sindicato dos Motociclistas do ABC, Gerson Ferreira Tajes, disse que inicialmente a categoria está organizando uma marcha para Brasília para forçar os deputados a votar a alteração. Caso a pressão não tenha efeito, a intenção dos motoqueiros é promover uma manifestação nas ruas, colocando vários condutores dirigindo motos em fila, para desacelerar o fluxo de trânsito. “Nosso trabalho se sobressai por conta da agilidade”, ressaltou o líder sindical.

Para Tajes, existem outras formas para melhorar a segurança dos motoqueiros, como a criação de corredores exclusivos. Com a alteração, os motoqueiros só poderão trafegar entre os carros quando o trânsito estiver parado, como em um semáforo fechado, por exemplo. Mesmo assim, a velocidade deve ser reduzida. Caso contrário, as motos devem ser conduzidas atrás dos veículos, em fila, evitando costurar o trânsito. “É uma medida que não pensa no trabalhador. Dependemos das facilidades da moto para trabalhar. Espero que não seja aprovada”, disse Leandro de Oliveira Souza, que é motoboy há dez anos.

Segurança - Para especialistas, a medida representa preocupação com a vida dos motoqueiros. O professor de Engenharia Civil da FEI (Fundação Educacional Inaciana) Creso de Franco Peixoto disse que o texto original do CTB já previa um artigo que legislava sobre a vida do motoqueiro. “Mas o artigo 56 foi vetado quando da aprovação do Código”, explicou. Para Peixoto, a alteração possui os dois lados da moeda. “De um lado, a lei fica mais rígida e garante melhor segurança aos motoqueiros. Mas não basta apenas isso. Tem de reeducar os motoqueiros para respeitar a Legislação”, afirmou.

Já o professor de Engenharia de Transportes Flávio Henrique Rosa Tatit, do Instituto Mauá de Tecnologia, a restrição pode dar certo em cidades menores. “Acho difícil vingar em grandes metrópoles”, afirmou. O especialista também ressaltou a questão da segurança para o motoqueiro. “A faixa entre carros é muito estreita. Qualquer descuido, o motoqueiro pode colidir com os carros.”

Por Renan Fonseca - ABCD Maior
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