DATA DA PUBLICAÇÃO 27/01/2008 | Geral
Motoboys movem US$ 1,2 bilhão por ano
Ainda que tenham uma profissão que é alvo de preconceitos, os motoboys representam um importante mercado para o setor de motocicletas, peças e acessórios.
O diretor executivo da Abraciclo (entidade que representa as fabricantes do setor), Moacyr Alberto Paes, explica que não há um número exato de quantos são motoboys, mesmo porque muitos são informais. “Estima-se que na cidade de São Paulo, 25% da frota total de motos sejam de motoboys.” Com base nessa estimativa, a Abraciclo calcula que eles movimentem cerca de US$ 1,2 bilhão por ano só na Capital.
Além disso, o fato de que essas pessoas passam o dia todo andando de moto faz com que precisem de muitos acessórios e componentes, além de trocar de veículo com mais freqüência do que os que não o usam para trabalhar. “Esse é um fator que aumenta muito a geração de negócios para esse público, diz Paes.
A Mixs, fabricante de capacetes de Mauá, é testemunha do avanço do consumo dos motoboys. “Na nossa empresa o foco é muito grande nesse segmento”, diz o gerente de vendas, Roberto Muniz. E isso deu bons resultados. “A gente passou de uma companhia quase anônima para uma das mais conhecidas do setor. Como entrou um monte de motocicletas no mercado, o número de negócios disparou.”
FEIRA
Essa é a razão pela qual o Motoboy Festival chegou em sua terceira edição. O evento reúne empresas de acessórios e revendedoras de motocicletas para tentar fisgar a atenção dos profissionais de entregas sobre duas rodas. Neste ano, a feira veio para o Centro de Exposições Imigrantes, perto da divisa com Diadema.
O evento vai até amanhã e tem o apoio da Abraciclo, CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) da Capital, Abram (Associação Brasileira de Motociclistas) e sindicatos da categoria. A expectativa da organização é chegar a 20 mil visitantes até o final da feira.
Hoje, em particular, será um dia movimentado, já que os interessados no setor vão poder não só checar os novos acessórios, como também arrematar uma motocicleta com valor até 30% abaixo do mercado. Está marcado para as 15h o leilão de mais de 100 veículos recuperados de financiamentos bancários.
Serviço – Motoboy Festival: até amanhã, no Centro de Exposições Imigrantes, das 13h às 20h. Ingresso: 1 kg de alimentos não-perecíveis. Estacionamento gratuito para motos e R$ 15 para carros.
Forte consumo do segmento faz crecer mercado paralelo
Daniel Trielli
Do Diário do Grande ABC
A forte demanda criada pelos motoboys também tem seu lado negativo: o mercado paralelo. O diretor executivo da Abraciclo, Moacyr Alberto Paes, adverte que o mercado de US$ 1,2 bilhão anuais apenas na Capital atrai a participação de empresas de peças e acessórios de qualidade inferior.
“Infelizmente existem muitas peças piratas e equipamentos não regulares”, diz Paes. Para Roberto Muniz, gerente de vendas da Mixs Capacetes, de Mauá, a desinformação dos consumidores é o maior empecilho para o mercado formal. “É um segmento grande, só que os motoboys carecem muito de informação”, diz o gerente de vendas.
Muniz dá o exemplo da Resolução 203 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), que estabeleceu a obrigatoriedade dos motociclistas usarem faixas reflexivas nos capacetes.
“Essa norma passou no fim de 2006, mas só começou a valer agora, em janeiro. Desde fevereiro de 2007 nossos capacetes já estão equipados com a faixa, mas os motoboys nem sabiam da obrigatoriedade. Por causa da desinformação, muitos foram pegos de surpresa”, conta o gerente de vendas.
Para Paes, essa falta de conhecimento é que incentiva a comercialização de itens fora do padrão. “A desinformação gera a ação dos espertalhões, que se aproveitam dos consumidores para vender seus produtos paralelos”, conta Paes.
O diretor executivo da Abraciclo (entidade que representa as fabricantes do setor), Moacyr Alberto Paes, explica que não há um número exato de quantos são motoboys, mesmo porque muitos são informais. “Estima-se que na cidade de São Paulo, 25% da frota total de motos sejam de motoboys.” Com base nessa estimativa, a Abraciclo calcula que eles movimentem cerca de US$ 1,2 bilhão por ano só na Capital.
Além disso, o fato de que essas pessoas passam o dia todo andando de moto faz com que precisem de muitos acessórios e componentes, além de trocar de veículo com mais freqüência do que os que não o usam para trabalhar. “Esse é um fator que aumenta muito a geração de negócios para esse público, diz Paes.
A Mixs, fabricante de capacetes de Mauá, é testemunha do avanço do consumo dos motoboys. “Na nossa empresa o foco é muito grande nesse segmento”, diz o gerente de vendas, Roberto Muniz. E isso deu bons resultados. “A gente passou de uma companhia quase anônima para uma das mais conhecidas do setor. Como entrou um monte de motocicletas no mercado, o número de negócios disparou.”
FEIRA
Essa é a razão pela qual o Motoboy Festival chegou em sua terceira edição. O evento reúne empresas de acessórios e revendedoras de motocicletas para tentar fisgar a atenção dos profissionais de entregas sobre duas rodas. Neste ano, a feira veio para o Centro de Exposições Imigrantes, perto da divisa com Diadema.
O evento vai até amanhã e tem o apoio da Abraciclo, CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) da Capital, Abram (Associação Brasileira de Motociclistas) e sindicatos da categoria. A expectativa da organização é chegar a 20 mil visitantes até o final da feira.
Hoje, em particular, será um dia movimentado, já que os interessados no setor vão poder não só checar os novos acessórios, como também arrematar uma motocicleta com valor até 30% abaixo do mercado. Está marcado para as 15h o leilão de mais de 100 veículos recuperados de financiamentos bancários.
Serviço – Motoboy Festival: até amanhã, no Centro de Exposições Imigrantes, das 13h às 20h. Ingresso: 1 kg de alimentos não-perecíveis. Estacionamento gratuito para motos e R$ 15 para carros.
Forte consumo do segmento faz crecer mercado paralelo
Daniel Trielli
Do Diário do Grande ABC
A forte demanda criada pelos motoboys também tem seu lado negativo: o mercado paralelo. O diretor executivo da Abraciclo, Moacyr Alberto Paes, adverte que o mercado de US$ 1,2 bilhão anuais apenas na Capital atrai a participação de empresas de peças e acessórios de qualidade inferior.
“Infelizmente existem muitas peças piratas e equipamentos não regulares”, diz Paes. Para Roberto Muniz, gerente de vendas da Mixs Capacetes, de Mauá, a desinformação dos consumidores é o maior empecilho para o mercado formal. “É um segmento grande, só que os motoboys carecem muito de informação”, diz o gerente de vendas.
Muniz dá o exemplo da Resolução 203 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), que estabeleceu a obrigatoriedade dos motociclistas usarem faixas reflexivas nos capacetes.
“Essa norma passou no fim de 2006, mas só começou a valer agora, em janeiro. Desde fevereiro de 2007 nossos capacetes já estão equipados com a faixa, mas os motoboys nem sabiam da obrigatoriedade. Por causa da desinformação, muitos foram pegos de surpresa”, conta o gerente de vendas.
Para Paes, essa falta de conhecimento é que incentiva a comercialização de itens fora do padrão. “A desinformação gera a ação dos espertalhões, que se aproveitam dos consumidores para vender seus produtos paralelos”, conta Paes.
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