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DATA DA PUBLICAÇÃO 12/09/2012 | Cultura
Mostra paralela à Bienal tem a participação de artistas da Região
Mostra paralela à Bienal tem a participação de artistas da Região Galpão do Liceu das Artes, na Capital, reúne obras de 357 artistas plásticos. Foto: Divulgação
Galpão do Liceu das Artes, na Capital, reúne obras de 357 artistas plásticos. Foto: Divulgação
Evento no Liceu de Artes e Ofícios tem manifestações variadas de todo o Brasil e do Exterior

Praticamente uma dezena de artistas visuais do ABCD está participando de uma espécie de mostra paralela à 30ª Bienal das Artes em São Paulo. Trata-se da Exposição Artes e Ofícios – Para Todos, ação realizada no galpão do liceu que possui o mesmo nome do evento, localizado no bairro da Luz, na Capital, que convidou artistas a aparecerem com obras para serem alojadas no espaço.

Nomes regionais como Cristina Suzuki, Elton Hipólito, Guilherme Augusto (Gafi), Guilherme Callegari, Kadu Rocha, Juliana Costa, Roberto Lenhardt, Sueli de Moraes e Victor Matheus estão presentes na mostra que segue somente até domingo (16/09). Ao todo, 357 indivíduos integram a ação, inspirada pelo curador norte-americano Walter Hopps, que no anos 1960 e 1970 promovia exibições curtas para criações bidimensionais de quem se dispusesse a levar um quadro.

Conforme o produtor do projeto nacional, Marcos Farinha, a ideia é muito mais abrangente. Era permitida uma obra por pessoa, não importando a técnica e aceitando pinturas, esculturas, desenhos, performances, colagens, filmes, enfim, qualquer manifestação de arte visual. “A única restrição desta edição foi a ordem de chegada”, definiu Farinha, que faz parte da comissão de organização também.

Artistas Bancam - O financiamento da proposta independente só foi possível porque dez nomes famosos do mercado da arte nacional concederam desenhos para arcar com os custos. “É uma exposição bancada por artistas para artistas”, resumiu o produtor, que desvinculou a exibição como uma espécie de alternativa democrática à Bienal.

De acordo com ele, é muito comum haver eventos simultâneos a grandes mostras em decorrência da efervescência artística que geram. No entanto, o enfoque e perspectiva da exposição Artes e Ofícios possui um viés completamente distinto da Bienal.

Convocação para exposição foi feita pelo facebook
Durante o dia 2 de setembro, um domingo, por meio de uma convocação feita essencialmente pela rede social facebook, a organização da exposição simplesmente recebeu interessados em ter uma peça instalada no galpão e os inscreveu sem custo algum. Ao longo do dia, uma equipe de montagem auxiliou os presentes a colocarem peças por todo o lugar, que ficou completamente cheio.

Houve momentos em que a fila de espera se estendeu até quase 100 metros. Em função do comparecimento massivo de artistas, o dia seguinte, que também seria utilizado para o encaixe de mais obras, foi cancelado.

Cristina Suzuki, de Santo André, foi ao galpão por volta das 16h com um grupo de amigos e conseguiu uma vaga para pendurar um quadro. Teve de pegar uma senha e aguardar até que a ajudassem a conseguir um bom espaço.

De acordo com ela, a ideia em si é anárquica por desrespeitar métodos tradicionais de exposições, mas a maneira de arrumar as obras não foi aleatória. “Claro que houve uma preocupação estética, apesar da sensação de acúmulo, mas o ponto forte é a comunhão de artistas renomados com quem ainda está começando”, afirmou Cristina, que acredita não haver tal heterogeneidade na Bienal.

A principal questão ainda é: arte para quem?
Elton Hipólito apresentou um conjunto de 13 pinturas na Artes e Ofícios. A série recebeu o nome de Desaparecidos e foi toda feita em 2012. Valendo-se de tinta látex sobre divisórias de arquivo feitas de papelão, usadas como tela, o pintor retratou gente anônima, que viu em transportes públicos da vida, e conhecidos.

As figuras estão um tanto borradas e turvas porque simbolizam a forma como lembramos de algumas, ou seja, nem sempre nitidamente e com a vivacidade de outrora. “As manchas traduzem como indivíduos às vezes desaparecem de nossa memória”, disse o artista de São Bernardo, que também foi à Bienal e traçou um comparativo entre os eventos.

“Mesmo com o excesso de obras, a oportunidade é excelente para aparecer porque o circuito normal é fechado”, analisou, ao pesar a diferença que a falta de indicações e dinheiro exercem no nível de exposição de cada artista. Para Hipólito, a bienal é como se fosse uma grande piada interna, pois arte contemporânea lá exibida é muito conceitual, já Artes e Ofícios é bem mais legível, mais próxima do público. “A principal questão é: para quem é esta arte?”, indagou.

Serviço
Exposição Artes e Ofícios - Para Todos

O evento paralelo à 30ª. Bienal de São Paulo. Visitação até 16 de setembro, das 11h às 18h, no Liceu de Artes e Ofícios (rua Jorge de Miranda, 676, Luz, São Paulo). Entrada gratuita. Mais informações pelo telefone 2155-3300.

Por Caio Luiz - ABCD Maior
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