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DATA DA PUBLICAÇÃO 17/01/2008 | Cidade
Mortes por meningite diminuem 118%
Os números da meningite no Grande ABC mostram que é preciso atenção do órgãos de saúde, mas há boa notícia na comparação 2006/2007. Os casos de morte caíram 118% (de 35 em 2006 para 16 em 2007).

Apesar do aumento significativo do casos virais (de 336 para 662), médicos afirmam que não há motivo para pânico, pois essa é a forma mais branda da doença. A meningite bacteriana, o tipo mais agressivo, também dimimuiu no Grande ABC no biênio: de 90 casos em 2006 para 66 em 2007.

“A meningite viral é leve e se confunde com uma gripe ou resfriado. E, da mesma maneira, assim que comprovado se tratar de meningite viral, é só esperar a doença desaparecer sozinha”, explica o infectologista e chefe da disciplina de Clínica Médica da Unifesp, Paulo Olzon Monteiro da Silva.

Segundo Silva, o aumento dos casos de meningite pode estar relacionado à melhora das condições de diagnóstico.

Janeiro
Desde o começo do ano, Santo André foi o município que registrou mais casos entre as sete cidades. Foram seis ocorrências de meningite, sendo cinco do tipo viral (forma mais leve da doença) e uma meningocócica.

Ainda em Santo André, 85 casos ocorridos em 2007 estão abertos em investigação.

Em Mauá, são dois casos registrados até o momento, mas a Prefeitura não informou de quais tipos de meningite.

As demais cidades do Grande ABC não registraram nenhum caso neste ano até o momento. Ribeirão Pires informou que só terá os dados no balanço realizado no fim do mês.

São Caetano informou apenas o total de casos e óbitos. Ribeirão Pires não divulgou os dados do segundo semestre de 2006.

No Estado de São Paulo, as ocorrências que resultaram em morte também caíram consideravelmente na comparação 2006/2007. Foram de 935 para 473 casos em 2007.

O total de casos registrados no Estado se mantiveram no mesmo patamar. Houve uma leve queda, de 0,6%: de 9.548 em 2006 para 9.488 no ano passado.

Guarujá realizou vacinação em massa: litoral está em alerta

Três casos de morte por meningite ocorridos no Litoral Sul causaram alerta. No Guarujá, um menino de 6 anos morreu por meningite meningocócica em 27 de dezembro. Outros quatro estão internados com o mesmo tipo da doença. Os casos ocorreram na favela do Chaparra, onde a Prefeitura realizou vacinação em massa para evitar a propagação da doença, com cerca de 4.600 doses.

Em Santos, uma adolescente de 17 anos morreu com o mesmo tipo de meningite. Há uma semana, um homem de 24 anos morreu na Praia Grande com meningite pneumocócica. As três prefeituras descartam qualquer surto ou epidemia.

O infectologista da Unifesp Paulo Olzon Monteiro da Silva explica que não existe epidemia de meningite por vários tipos diferentes, como o ocorrido no litoral. “Tem que ser o mesmo agente. Foi uma coincidência infeliz.”

Região
No ano passado, São Bernardo registrou, de janeiro a maio, quase o dobro de casos de meningite meningocócica em comparação com 2006.

A cidade teve cinco dos seis óbitos registrados na Região no período. Em 20 de abril, Jeferson Lucas da Silva, então com 6 anos, morreu com meningite bacteriana. Ele morava no Jardim Nazaré, passou mal um dia antes e foi levado à UBS (Unidade Básica de Saúde) do bairro, onde o diagnóstico não foi feito.

Especialista diz que melhorou a forma de diagnosticar

O infectologista e chefe da disciplina de Clínica Médica da Unifesp, Paulo Olzon Monteiro da Silva, explica que o aumento de casos na região pode ter ocorrido devido ao aumento e melhora dos diagnósticos. A diminuição dos casos de morte pela doença é explicada pelo grande aumento de meningites virais. “É o tipo mais leve da doença e a mortalidade cai. O que provoca grande parte dos casos de morte são as meningites bacterianas”, afirma.

No Grande ABC, os casos de meningite virais foram os mais recorrentes. Em 2006, foram registrados 336 casos. No ano passado, foram 662 registros. São Caetano e Mauá não divulgaram os números por tipo da doença.

O diagnóstico é feito, primeiramente, pelo quadro clínico apresentado pelo paciente: rigidez na nuca, dor de cabeça, febre e vômitos. “Com esse quadro, já há a suspeita da doença. O tipo exato de meningite é constatado com o exame do líquido da espinha, o líquor.”

Segundo Silva, a diferença no exame é constatada pelo aumento de diferentes células colhidas na região lombar ou na nuca. “Se houve aumento de neutrófilos, é doença bacteriana. Se foi de linfócitos, é viral”, diz.

Por Luciana Yamashita - Especial para o Diário
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