DATA DA PUBLICAÇÃO 10/06/2012 | Saúde e Ciência
Mortalidade materna se mantém estável no ABCD
ove a cada dez partos públicos em Diadema são feitos no Hospital Municipal e no Serraria. Foto: Amanda Perobelli
Rede Cegonha e açőes municipais ajudarăo a diminuir números, de acordo com autoridades da área de Saúde
O ABCD registrou estabilidade nos casos de mortalidade materna entre 2009 e 2010. Enquanto no primeiro ano do levantamento foram 13 óbitos de mulheres com problemas relacionados ao parto, em 2010 esse número ficou em 14 casos. Para gestores municipais, a implantaçăo do programa Rede Cegonha do Ministério da Saúde ajudará a diminuir o quadro.
Ribeirăo Pires é a única cidade do ABCD que teve aumento no período do levantamento. Enquanto em 2009 foram dois casos confirmados, em 2010 foram cinco mortes registradas. Diadema e Mauá registraram queda de um caso de óbito materno. Săo Bernardo permaneceu estável. Santo André năo informou o número de mortalidade materna e Rio Grande da Serra năo registrou casos.
O secretário de Saúde de Săo Bernardo, Arthur Chioro, afirmou que os números devem ser analisados com cautela, pois há casos que ainda podem estar em investigaçăo do Comitê de Vigilância da Mortalidade Materna e Infantil, que investiga as mortes das mulheres em idade fértil para se certificar de que năo há nenhum caso que tenha relaçăo com a gestaçăo.
“É preciso verificar se a causa da morte está ligada à gestaçăo, pois é isso que o índice de mortalidade materna leva em consideraçăo. Caso a mulher tenha problema de pressăo alta e tenha um AVC (Acidente Vascular Cerebral) durante a gravidez, tem que analisar se isso está relacionado com a gestaçăo. Também pode ocorrer que a gestante seja acometida por uma doença que năo tenha ligaçăo com a gravidez e vá a óbito”, explicou.
De acordo com o secretário, atualmente 48% da populaçăo de Săo Bernardo possui plano de saúde e um terço dos partos de moradoras é feito fora da cidade. “Săo casos que năo temos controle. No caso de quem é atendido pela saúde suplementar, todo o pré-natal é feito fora das redes municipais. Năo adianta investir na qualidade de atendimento do SUS (Sistema Único de Saúde), se năo houver controle na saúde privada”, disse.
Rede Cegonha pode acentuar queda de mortalidade
Para o secretário de Saúde de Săo Bernardo, Arthur Chioro, que também é coordenador do Grupo de Trabalho de Saúde do Consórcio Intermunicipal, entidade que reúne os prefeitos da Regiăo, com a implantaçăo do programa Rede Cegonha do Ministério da Saúde, a queda a partir de 2014 poderá ser mais acentuada. “Haverá qualificaçăo da oferta de serviços regionais, tanto por parte das cidades quanto do Estado, que investirá na maternidade do Hospital Serraria, em Diadema”, disse.
O programa prevê a expansăo e qualificaçăo de maternidades; leitos; Centros de Parto Normal; Casas da Gestante, do Bebê e Puérpera (pós-parto); o direito ao acompanhante no parto; exames de pré-natal; planejamento familiar, acompanhamento das crianças até os dois anos de idade, entre outras açőes.
A partir de 2013, alguns municípios terăo açőes isoladas, que podem refletir na queda do índice de mortalidade materna, caso de Săo Bernardo e Săo Caetano, que terăo unidades hospitalares direcionadas para atendimento a saúde das mulheres, e Diadema, que terá um Centro de Parto Natural no Hospital Municipal.
Com a inauguraçăo do Hospital de Clínicas de Săo Bernardo, parte dos serviços do HMU (Hospital Municipal Universitário) passará para a nova unidade. “Com isso teremos espaço para atender e acomodar melhor as gestantes e acompanhantes. Com salas de pré-parto, parto e puérpera”, destacou Chioro.
Em Săo Caetano, o Hospital Márcia Braido será especializado no atendimento de gestantes e terá centro cirúrgico e UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal. “Hoje 95% das gestantes fazem pré-natal e esperamos chegar a 100%, com esse novo espaço que será mais amplo e qualificado”, destacou a assessora especial de Açăo Social, Regina Maura Zetone.
Diadema faz 90% dos partos em dois locais
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Diadema informou que açőes de pré-natal săo realizadas por todas as UBSs e pelos serviços especializados, e a atençăo ao parto é realizada pelas duas maternidades do município. “Vale ressaltar que 90% dos partos públicos de mulheres residentes em Diadema ocorrem no Hospital Municipal e Serraria. Destacamos também que aproximadamente 70% das mulheres realizam sete ou mais consultas de pré-natal na rede pública municipal, conforme é preconizado pelo Ministério da Saúde e Organizaçăo Mundial de Saúde”, diz nota da assessoria.
Em Săo Caetano năo foram registrados casos de óbitos de gestante em 2009, mas em 2010 houve um caso. “Esses percentuais devem ser analisados com cuidado, pois somente uma morte pode apresentar um crescimento que năo representa a realidade do município”, disse a assessora especial de Açăo Social, Regina Maura Zetone.
Regina destacou que no ano passado năo foram registrados casos de mortalidade materna no município. “Podem ocorrer casos fora do nosso controle, pois muitas gestantes podem recorrer à saúde suplementar para ter seus filhos”, afirmou.
A Prefeitura de Ribeirăo Pires informou que trabalha com dados sobre mortalidade materna do Banco do SIM (Sistema de Informaçăo de Mortalidade) federal, pois o banco federal recebe revisőes que vêm do banco municipal após a realizaçăo de investigaçőes e devidas correçőes de dados, quando necessário. “Após investigaçăo, verificou-se que todos os casos de óbitos maternos ocorridos em 2010 decorreram de fatalidade. Quatro das pacientes fizeram pré-natal em serviços particulares de saúde; uma paciente năo era do município e nem fez pré-natal (aborto fetal infectado)”.
O ABCD registrou estabilidade nos casos de mortalidade materna entre 2009 e 2010. Enquanto no primeiro ano do levantamento foram 13 óbitos de mulheres com problemas relacionados ao parto, em 2010 esse número ficou em 14 casos. Para gestores municipais, a implantaçăo do programa Rede Cegonha do Ministério da Saúde ajudará a diminuir o quadro.
Ribeirăo Pires é a única cidade do ABCD que teve aumento no período do levantamento. Enquanto em 2009 foram dois casos confirmados, em 2010 foram cinco mortes registradas. Diadema e Mauá registraram queda de um caso de óbito materno. Săo Bernardo permaneceu estável. Santo André năo informou o número de mortalidade materna e Rio Grande da Serra năo registrou casos.
O secretário de Saúde de Săo Bernardo, Arthur Chioro, afirmou que os números devem ser analisados com cautela, pois há casos que ainda podem estar em investigaçăo do Comitê de Vigilância da Mortalidade Materna e Infantil, que investiga as mortes das mulheres em idade fértil para se certificar de que năo há nenhum caso que tenha relaçăo com a gestaçăo.
“É preciso verificar se a causa da morte está ligada à gestaçăo, pois é isso que o índice de mortalidade materna leva em consideraçăo. Caso a mulher tenha problema de pressăo alta e tenha um AVC (Acidente Vascular Cerebral) durante a gravidez, tem que analisar se isso está relacionado com a gestaçăo. Também pode ocorrer que a gestante seja acometida por uma doença que năo tenha ligaçăo com a gravidez e vá a óbito”, explicou.
De acordo com o secretário, atualmente 48% da populaçăo de Săo Bernardo possui plano de saúde e um terço dos partos de moradoras é feito fora da cidade. “Săo casos que năo temos controle. No caso de quem é atendido pela saúde suplementar, todo o pré-natal é feito fora das redes municipais. Năo adianta investir na qualidade de atendimento do SUS (Sistema Único de Saúde), se năo houver controle na saúde privada”, disse.
Rede Cegonha pode acentuar queda de mortalidade
Para o secretário de Saúde de Săo Bernardo, Arthur Chioro, que também é coordenador do Grupo de Trabalho de Saúde do Consórcio Intermunicipal, entidade que reúne os prefeitos da Regiăo, com a implantaçăo do programa Rede Cegonha do Ministério da Saúde, a queda a partir de 2014 poderá ser mais acentuada. “Haverá qualificaçăo da oferta de serviços regionais, tanto por parte das cidades quanto do Estado, que investirá na maternidade do Hospital Serraria, em Diadema”, disse.
O programa prevê a expansăo e qualificaçăo de maternidades; leitos; Centros de Parto Normal; Casas da Gestante, do Bebê e Puérpera (pós-parto); o direito ao acompanhante no parto; exames de pré-natal; planejamento familiar, acompanhamento das crianças até os dois anos de idade, entre outras açőes.
A partir de 2013, alguns municípios terăo açőes isoladas, que podem refletir na queda do índice de mortalidade materna, caso de Săo Bernardo e Săo Caetano, que terăo unidades hospitalares direcionadas para atendimento a saúde das mulheres, e Diadema, que terá um Centro de Parto Natural no Hospital Municipal.
Com a inauguraçăo do Hospital de Clínicas de Săo Bernardo, parte dos serviços do HMU (Hospital Municipal Universitário) passará para a nova unidade. “Com isso teremos espaço para atender e acomodar melhor as gestantes e acompanhantes. Com salas de pré-parto, parto e puérpera”, destacou Chioro.
Em Săo Caetano, o Hospital Márcia Braido será especializado no atendimento de gestantes e terá centro cirúrgico e UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal. “Hoje 95% das gestantes fazem pré-natal e esperamos chegar a 100%, com esse novo espaço que será mais amplo e qualificado”, destacou a assessora especial de Açăo Social, Regina Maura Zetone.
Diadema faz 90% dos partos em dois locais
A assessoria de imprensa da Prefeitura de Diadema informou que açőes de pré-natal săo realizadas por todas as UBSs e pelos serviços especializados, e a atençăo ao parto é realizada pelas duas maternidades do município. “Vale ressaltar que 90% dos partos públicos de mulheres residentes em Diadema ocorrem no Hospital Municipal e Serraria. Destacamos também que aproximadamente 70% das mulheres realizam sete ou mais consultas de pré-natal na rede pública municipal, conforme é preconizado pelo Ministério da Saúde e Organizaçăo Mundial de Saúde”, diz nota da assessoria.
Em Săo Caetano năo foram registrados casos de óbitos de gestante em 2009, mas em 2010 houve um caso. “Esses percentuais devem ser analisados com cuidado, pois somente uma morte pode apresentar um crescimento que năo representa a realidade do município”, disse a assessora especial de Açăo Social, Regina Maura Zetone.
Regina destacou que no ano passado năo foram registrados casos de mortalidade materna no município. “Podem ocorrer casos fora do nosso controle, pois muitas gestantes podem recorrer à saúde suplementar para ter seus filhos”, afirmou.
A Prefeitura de Ribeirăo Pires informou que trabalha com dados sobre mortalidade materna do Banco do SIM (Sistema de Informaçăo de Mortalidade) federal, pois o banco federal recebe revisőes que vêm do banco municipal após a realizaçăo de investigaçőes e devidas correçőes de dados, quando necessário. “Após investigaçăo, verificou-se que todos os casos de óbitos maternos ocorridos em 2010 decorreram de fatalidade. Quatro das pacientes fizeram pré-natal em serviços particulares de saúde; uma paciente năo era do município e nem fez pré-natal (aborto fetal infectado)”.
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