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DATA DA PUBLICAÇÃO 14/09/2007 | Cultura
Morre o jurado Pedro de Lara
O jurado mais rabugento do Brasil, Pedro de Lara, 82 anos, morreu quinta-feira, por volta do meio-dia no Rio. Ele sofria de câncer de próstata e se recusava a fazer o tratamento. Lara chegou morto à clínica Climed, no bairro de Irajá. Deixa mulher e quatro filhos.

Pedro Ferreira dos Santos nasceu em Bom Conselho de Papa-Caça, em Pernambuco. Órfão desde os dez anos, percorreu um árduo caminho até se tornar jurado de Chacrinha (de 1964 a 1969) e de Silvio Santos (entre 1970 e 1997). Mais recentemente passou pelo programa do Ratinho e teve o seu próprio, na CNT.

Veio de sua terra para o Rio à pé. A viagem levou quatro anos. Descobriu a veia cômica ao fazer teatro na igreja: arrancava risos, pois não conseguia ler as falas.

Seu primeiro programa foi no rádio, O Sonho é Um Aviso, no qual “interpretava” os sonhos dos ouvintes. O artista (ele não gostava de ser chamado de jurado) escreveu para revistas como Amiga e Sétimo Céu, até ser convidado por Chacrinha.

O genuíno conservadorismo e o apego aos princípios da família e da moral ajudaram a compôr o personagem.

Pedro de Lara achincalhava calouros com roupas “indecentes”. Exaltado, ameaçava se retirar. Ficava completamente fora de si quando algo ofendia sua esposa, a amada Chifronésia. Sempre carregava lírios brancos. Mantinha a cabeleira longa e usava smoking.

Fez história ao lado de Elke Maravilha, José Fernandes e Aracy de Almeida. Os quatro criaram personagens que jamais foram igualados.

Elke o conheceu em 1972, no Chacrinha. “Era uma festa sentar ao lado dele", conta. Para a atriz o amigo era "uma figura brasileiríssima, com humor brasileiríssimo."

O ator e diretor do Teatro Municipal de Mauá, Walter Carriel é amigo de Elke e conheceu Pedro. “Era uma personalidade da comedia dell’ arte, um bufão, por trás daquela caricatura existia uma pessoa coerente. Seu humor me lembra o de Harold Pinter (dramaturgo inglês), nos quais os toques estão sempre nas entrelinhas”, disse.

Pedro de Lara também colecionava pensamentos, chegou a publicar um livro com eles. “Uma frase dele ficou para sempre: ‘tem gente que é tão pobre, mas tão pobre, que só tem dinheiro’”, lembrou Carriel.

Por Melina Dias - Diário do Grande ABC
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