DATA DA PUBLICAÇÃO 31/10/2014 | Cidade
Morre o escritor de Mauá Edson Bueno, aos 52 anos de idade
O poeta, escritor e pedagogo Edson Bueno de Camargo, de Mauá, morreu aos 52 anos, o artista sofreu dois AVCs nos últimos dez dias e não resistiu. O velório ocorreu na noite de ontem no cemitério do Vale dos Pinheirais (Rua Manacá, 1.400) e o sepultamento está previsto para ser feito às 10h de hoje no cemitério da Vila Vitória, (Rua Carlos de Campos, 247). Os dois locais ficam na cidade em que o poeta residia.
Edson nasceu em 24 de julho de 1962, em Santo André, mas no seu segundo dia de vida já estava morando em Mauá. Sempre foi amante da fotografia e da poesia. Escreveu cinco livros, entre eles O Mapa do Abismo e Outros Poemas (Edições Tigre Azul/ FAC Mauá, 2006) e Cabalísticos (Editora Multifoco, 2010). O artista ainda fazia parte do movimento Colégio Brasileiro de Poetas e do grupo literário Taba de Corumbê, ambos sediados em Mauá. Ele participou ainda dos três Festivais de Cultura promovidos pelo Diário do Grande ABC.
Leia abaixo poema de Edson Bueno:
a destruição do mundo começará por minha cidade
a destruição do mundo
começará por minha cidade
(ainda tão pobre)
enquanto cães ruidosos
mastigam a noite
e rasgam o véu da lua e seus seios
onde se vê duas velhas ciosas
a costurar um boneco de pano
ao qual
com todas as reverências
chamaremos de messias
com seus olhos de sementes
de árvores mortas
e cabelos humanos
e trapos roubados de defuntos
seus braços e abraços
que se chamam dor
ah! as línguas de agulha cega
dentes de serra e pentes de plumas
a destruição do mundo
começará em minha rua
em frente de minha casa
que dorme
e as cortinas em chamas
cantam uma ária rouca
e seus dedos puídos pela trama da roca
soltam os fios do destino
à própria sorte
e espiarei pela fresta da janela
enquanto tomo um café de outros trópicos
e minha íris destilará leite
como uma máquina em suas regras
Edson nasceu em 24 de julho de 1962, em Santo André, mas no seu segundo dia de vida já estava morando em Mauá. Sempre foi amante da fotografia e da poesia. Escreveu cinco livros, entre eles O Mapa do Abismo e Outros Poemas (Edições Tigre Azul/ FAC Mauá, 2006) e Cabalísticos (Editora Multifoco, 2010). O artista ainda fazia parte do movimento Colégio Brasileiro de Poetas e do grupo literário Taba de Corumbê, ambos sediados em Mauá. Ele participou ainda dos três Festivais de Cultura promovidos pelo Diário do Grande ABC.
Leia abaixo poema de Edson Bueno:
a destruição do mundo começará por minha cidade
a destruição do mundo
começará por minha cidade
(ainda tão pobre)
enquanto cães ruidosos
mastigam a noite
e rasgam o véu da lua e seus seios
onde se vê duas velhas ciosas
a costurar um boneco de pano
ao qual
com todas as reverências
chamaremos de messias
com seus olhos de sementes
de árvores mortas
e cabelos humanos
e trapos roubados de defuntos
seus braços e abraços
que se chamam dor
ah! as línguas de agulha cega
dentes de serra e pentes de plumas
a destruição do mundo
começará em minha rua
em frente de minha casa
que dorme
e as cortinas em chamas
cantam uma ária rouca
e seus dedos puídos pela trama da roca
soltam os fios do destino
à própria sorte
e espiarei pela fresta da janela
enquanto tomo um café de outros trópicos
e minha íris destilará leite
como uma máquina em suas regras
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