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DATA DA PUBLICAÇÃO 19/01/2012 | Setecidades
Moradores do ABCD contabilizam prejuízos após chuva
Moradores do ABCD contabilizam prejuízos após chuva  Depois de a água chegar a 2 metros, o lixo e a lama invadiram as ruas da Vila América, em Santo André. Foto: Andris Bovo
Depois de a água chegar a 2 metros, o lixo e a lama invadiram as ruas da Vila América, em Santo André. Foto: Andris Bovo
Chuva no ABCD Queda de muros, veículos danificados e móveis estragados estão entre os problemas

Os moradores e comerciantes das principais vias do Centro de São Bernardo ou dos bairros Vila América ou Centreville, em Santo André, reservaram a manhã desta quarta-feira (18/01) para limpar o lixo e lama que invadiu casas e ruas durante a forte chuva de terça-feira (17/01). A população também tirou o dia para contabilizar os estragos. Queda de muros, veículos danificados, móveis perdidos e casas rachadas estão entre os danos causados pelas enchentes na Região.

Nas ruas Afonso Pena e Erato, na Vila América, em Santo André, os moradores estavam desolados com a situação. A água nas vias chegou a 2 metros, encobrindo casas, carros e transformando o bairro em um rio. Foram mais de 6 horas de pânico e espera. “Minha neta de 5 anos está traumatizada. Quando ela vê o céu escurecer, já entra em pânico com medo do alagamento”, ressaltou a manicure Elizabeth de Pádua Fustino, 58 anos.

Depois que a água baixou, o lixo e a lama tomaram lugar do asfalto. Andar era uma manobra arriscada e praticamente impossível. “Chamamos o Semasa para limpar as ruas desde as 20h de ontem (terça), mas já são 12h de quarta-feira e até agora nada. Nossas calçadas estão limpas, porque nós mesmos limpamos”, reclamou a vendedora Daniella de Castro, 29 anos.

Comportas - Para tentar minimizar os prejuízos das frequentes enchentes, decorrentes do transbordo do córrego da avenida Capitão Mario Toledo de Camargo, Daniella colocou comportas nos portões, instalou duas válvulas e sobe os móveis que consegue carregar para o segundo andar da casa, mas mesmo assim não escapa dos problemas. “Perdi dois carros. Para consertar vamos gastar R$ 2,5 mil em cada um”, revelou. Além disso, a vendedora já perdeu três sofás e está com os armários da cozinha despencando. “A água da rua não entra, mas a casa alaga porque a água sobe pelos ralos e vasos sanitários”, afirmou.

Se não bastassem os móveis e portas danificadas, reboco e gessos do teto caindo e umidade que sai das paredes e do chão, a manicure Elizabeth teme pela segurança da família. A casa está com uma rachadura que começa na calçada, segue por toda a garagem e sobe pela parede até o teto. “A cada chuva essa rachadura fica mais profunda. Aos poucos, minha casa está desmoronando”, comentou.

Tráfego pesado - O problema de Elizabeth é compartilhado por outros moradores da Vila América. Para eles, as rachaduras acontecem por causa dos caminhões e ônibus pesados que passam pelo alagamento da avenida Capitão Mario Toledo de Camargo. “Quando os veículos passam, temos a formação de ondas fortes que batem nas nossas casas. E isso está acabando com as estruturas. A cada caminhão que passa, rezo para minha casa não cair”, relatou a manicure.

De acordo com Daniella, o Semasa sabe de todos esses problemas, porém, apesar das reclamações, as providências não aparece. “Algumas casas deveriam ser interditadas, mas o Semasa não faz nada. Pagamos IPTU, compramos nossas casas e temos nossos direitos. Quando alguém morrer, aí a Prefeitura aparecerá”, desabafou.

Muro caído – Em São Bernardo, além dos típicos alagamentos no centro comercial da cidade, a chuva derrubou parte do muro da Escola Estadual Doutor José Fornari, na rua Amparo, no Bairro Baeta Neves, em cima de três veículos. Ninguém se feriu, entretanto, dois dos três carros tiveram perda total.

O azulejista Francisco Alves Pereira, 49 anos, trabalha em uma obra em frente à escola e costumava deixar o Peugeot estacionado no muro. “O carro ficou irreconhecível, deu perda total. O pior é que não tenho seguro”, ressaltou. O prejuízo foi de R$ 25 mil. “Ainda estou pagando pelo carro. Agora, terei que pagar por algo que não tenho mais”, lamentou.

Em nota, a secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou que a Fundação para o Desenvolvimento da Educação, órgão que administra os contratos de obras para a rede estadual de ensino, fará nesta quinta-feira (19/01) uma vistoria na escola de São Bernardo para verificar os ambientes afetados pela chuva. Após a vistoria da fiscalização, serão adotadas as medidas necessárias. Apesar disso, não foi dado prazo para a reconstrução do muro.

Por Claudia Mayara - ABCD Maior
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