DATA DA PUBLICAÇÃO 06/03/2016 | Setecidades
Moradores do ABC são os mais ativos do País
Celafiscs ressalta, porém, que o índice de praticantes pode cair (Foto: Banco de Dados)
Pesquisa da Secretaria de Estado da Saúde, feita em parceria com o Celafiscs (Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul), revela que a população adulta do ABC pratica mais atividades físicas do que o restante do País. O resultado mostra que 65% da população regional pratica exercícios conforme a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS): 30 minutos diários de atividade física de moderada a vigorosa ou, no mínimo, 150 minutos por semana. O índice mediano do Brasil é 10 pontos percentuais menor que na região.
Os dados foram detectados a partir do levantamento da prática de atividade física, nos últimos 11 anos em Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires. Aproximadamente 7 mil pessoas, com idade entre 18 e 70 anos, foram entrevistadas. As mulheres da região são mais ativas do que os homens, ao contrário do que ocorre em outros municípios, segundo a pesquisa. A recomendação da OMS é seguida por 69% do público feminino, índice superior ao dos homens, de 63%.
Os entrevistados foram questionados sobre tempo utilizado e frequência, em dias, para os três níveis de atividade física – leve (caminhada normal, em ações rotineiras); moderada (estruturada e com respiração mais intensa); e vigorosa (caracterizada pelo aumento do batimento cardíaco e da temperatura corporal e pela respiração com maior dificuldade).
Timóteo Araújo, professor de Educação Física e responsável pela pesquisa no Celafiscs, explica que, convencionalmente, os homens se exercitam de forma mais estruturada e intensa, em comparação ao público feminino. “Porém, observamos que as mulheres praticam atividades físicas leves com maior frequência, pois, de modo geral, são as responsáveis por cumprir tarefas que podem envolver caminhadas durante o deslocamento, seja conduzindo os filhos à escola, acompanhando familiares ao médico, ou nas idas ao mercado, por exemplo”, completa.
Mauá sai na frente
Mauá é a cidade mais ativa da região, pois cumpre a recomendação da OMS com 73,1% da população, que totaliza aproximadamente 425 mil habitantes. Já Ribeirão Pires tem o maior índice de sedentarismo da região, que abrange 39% de seus 418 mil moradores. Ainda assim, o número é positivo, se comparado ao cenário nacional. Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Rio Branco (AC) e Vitória (ES) são as melhores referências na prática de exercícios físicos no Brasil.
A pesquisa foi desenvolvida com base em diretrizes científicas, considerando-se a heterogeneidade social em todos os aspectos (classe econômica, sexo e faixa etária da população adulta, variável entre 18 e 70 anos). O intervalo de confiança é de 95%, com margem de erro de 3 a 4 pontos percentuais. Embora a amostragem seja regional, os números podem ser considerados representativos da população paulista como um todo.
Araújo explica, ainda, que os níveis de atividade física estão diretamente relacionados a fatores socioeconômicos, culturais, educacionais, às condições de acessibilidade e mobilidade, bem como ao uso de tecnologias que favorecem o sedentarismo.
O pesquisador diz, no entanto, que a tendência é o índice regional se estabilizar ou cair em razão da crise econômica. “Os gestores precisam ficar atentos para manter os índices oferecendo condições para a população se exercitar, porque infelizmente o cenário não é nada convidativo”, adverte.
Os dados foram detectados a partir do levantamento da prática de atividade física, nos últimos 11 anos em Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Rio Grande da Serra e Ribeirão Pires. Aproximadamente 7 mil pessoas, com idade entre 18 e 70 anos, foram entrevistadas. As mulheres da região são mais ativas do que os homens, ao contrário do que ocorre em outros municípios, segundo a pesquisa. A recomendação da OMS é seguida por 69% do público feminino, índice superior ao dos homens, de 63%.
Os entrevistados foram questionados sobre tempo utilizado e frequência, em dias, para os três níveis de atividade física – leve (caminhada normal, em ações rotineiras); moderada (estruturada e com respiração mais intensa); e vigorosa (caracterizada pelo aumento do batimento cardíaco e da temperatura corporal e pela respiração com maior dificuldade).
Timóteo Araújo, professor de Educação Física e responsável pela pesquisa no Celafiscs, explica que, convencionalmente, os homens se exercitam de forma mais estruturada e intensa, em comparação ao público feminino. “Porém, observamos que as mulheres praticam atividades físicas leves com maior frequência, pois, de modo geral, são as responsáveis por cumprir tarefas que podem envolver caminhadas durante o deslocamento, seja conduzindo os filhos à escola, acompanhando familiares ao médico, ou nas idas ao mercado, por exemplo”, completa.
Mauá sai na frente
Mauá é a cidade mais ativa da região, pois cumpre a recomendação da OMS com 73,1% da população, que totaliza aproximadamente 425 mil habitantes. Já Ribeirão Pires tem o maior índice de sedentarismo da região, que abrange 39% de seus 418 mil moradores. Ainda assim, o número é positivo, se comparado ao cenário nacional. Florianópolis (SC), Porto Alegre (RS), Rio Branco (AC) e Vitória (ES) são as melhores referências na prática de exercícios físicos no Brasil.
A pesquisa foi desenvolvida com base em diretrizes científicas, considerando-se a heterogeneidade social em todos os aspectos (classe econômica, sexo e faixa etária da população adulta, variável entre 18 e 70 anos). O intervalo de confiança é de 95%, com margem de erro de 3 a 4 pontos percentuais. Embora a amostragem seja regional, os números podem ser considerados representativos da população paulista como um todo.
Araújo explica, ainda, que os níveis de atividade física estão diretamente relacionados a fatores socioeconômicos, culturais, educacionais, às condições de acessibilidade e mobilidade, bem como ao uso de tecnologias que favorecem o sedentarismo.
O pesquisador diz, no entanto, que a tendência é o índice regional se estabilizar ou cair em razão da crise econômica. “Os gestores precisam ficar atentos para manter os índices oferecendo condições para a população se exercitar, porque infelizmente o cenário não é nada convidativo”, adverte.
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