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Moradores do Macuco reclamam de descaso
DATA DA PUBLICAÇÃO 06/01/2011 | Cidade
Moradores de morro em Mauá se mudam para área de risco
Moradores do morro do Macuco, em Mauá, na Grande São Paulo, continuam correndo risco após a morte de duas pessoas na noite de terça-feira (4) em decorrência de um deslizamento de terra. Na quarta-feira (5), parte dos cerca de 200 desalojados permanecia no local ou se mudava para áreas de risco vizinhas ao desmoronamento. Alguns dos moradores do morro se alojavam, inclusive, em imóveis com cartazes de interdição da Defesa Civil.

É o caso da família do enfermeiro Jaime Neri. Após perder sua casa, ele passou a dividir uma garagem de um imóvel interditado com outras seis pessoas. Jaime diz que os parentes farão uma espécie de "vigília" durante a madrugada.

- As paredes estão rachadas. Não tem jeito, vai ter que sempre um ficar acordado até a situação melhorar.

A reportagem do R7 circulou nas imediações da rua Lourival Portal da Silva, onde aconteceu o deslizamento na tarde desta quarta-feira (5). A partir das 17h, já não eram encontrados agentes públicos na área. Os moradores criticaram a ausência do poder público.

Uma mulher de cerca de 20 anos, que preferiu não se identificar, reclamava que os políticos só “sabiam aparecer” na hora de pedir voto. Ela é uma dos cerca de 200 desalojados do morro do Macuco - o número exato de atingidos pelo deslizamento deve ser divulgado nesta quinta-feira (6). Apesar de ter conseguido abrigo na casa de um parente, ela disse que não estava satisfeita com a solução provisória.

- Ninguém gosta de ficar morando de favor. Quero um teto para mim, para eu pôr as minhas coisas.

Os moradores entravam e saíam de regiões cheias de lama - isoladas por fitas - sem qualquer impedimento. Cerca de 45 casas foram interditadas, segundo informaram na tarde de quinta-feira agentes da Defesa Civil.

O Cras (Centro de Referência de Assistência Social) do morro do Macuco informou que todos os casos são analisados. Até as 15h, quando o R7 esteve no posto e conversou com funcionários do centro, não havia registro de desabrigados – quando as pessoas não têm para onde ir.

Os funcionários do Cras, que não quiseram dar nomes, disseram que a área seria monitorada por guardas. Quando a reportagem voltou a tentar entrar em contato, após verificar que ainda havia gente nas áreas de risco, ninguém foi encontrado na sede.

A assessoria de imprensa da Prefeitura de Mauá diz que foram fornecidos aos moradores 25 caminhões que ajudam no transporte dos móveis pra casa de parentes.

A administração municipal diz que as famílias que desejarem o benefício do bolsa aluguel terão que aguardar o processo de averiguação do cadastro - a prefeitura faz isso para evitar possíveis oportunistas, de acordo com a assessoria. A prefeitura também anunciou que vai concluir até esta quinta-feira (6) um relatório sobre as condições do terreno.

Um rapaz que saía do morro de moto com alguns pertences tentou resumir a situação.

- Não adianta nada você [o repórter] fazer matéria agora. Daqui a um mês, vai voltar a ter barraco por tudo isso aqui [região de deslizamento]. O povo não tem para onde ir, não adianta.

Por João Varella e Julia Chequer - R7
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