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DATA DA PUBLICAÇÃO 11/03/2016 | Cidade
Moradores de Mauá são abastecidos por caminhões-pipa e água de chuva
Moradores de Mauá são abastecidos por caminhões-pipa e água de chuva Baldes no quintal da casa de Bernadete Nini em Mauá (SP) armazenam água de chuva. Crédito: Rovena Rosa/Agência Brasil
Baldes no quintal da casa de Bernadete Nini em Mauá (SP) armazenam água de chuva. Crédito: Rovena Rosa/Agência Brasil
A Sama- Saneamento Básico do Município de Mauá - afirma que a quantidade de água enviada pela Sabesp é insuficiente para garantir o abastecimento do município

Não se trata, no entanto, de uma medida de economia de água, mas de uma estratégia que a funcionária pública usa para contornar os problemas no abastecimento. “A água vem por volta das 3h ou 3h30, mas com uma pressão muito baixa, não dá nem para encher a caixa”, conta a moradora do Jardim Zaíra 2, em Mauá, na região do Grande ABC.

Depois de muitas reclamações à Secretaria de Saneamento Básico do Município de Mauá (Sama), Bernadete e outros vizinhos foram abastecidos na última quarta-feira (9) por um caminhão-pipa, dois dias depois de o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ter anunciado o fim da crise hídrica no estado. Em Mauá, apesar de a distribuição ser responsabilidade da prefeitura, toda a água para os 453 mil moradores da cidade é fornecida pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

Segundo a secretaria, o volume é inferior ao que era oferecido até 2013, antes da crise hídrica. Bernardete diz que no bairro o problema se agravou nos últimos meses. “Antes, subia até a caixa e a gente administrava”.

Para tomar banho, a vizinha de Bernardete, a professora Anita Bezerra (49 anos) diz que muitas vezes tem de recorrer ao chuveiro do pai. “Aqui em casa, o que tá quebrando o galho é meu pai, que mora na avenida. Lá é mais baixo, não falta água. Para tomar banho, lavar o cabelo, a gente vai lá”.

“A gente sempre morou aqui, nunca teve esse problema”, comentou o gerente de bar Rodrigo Pasianiat (32 anos) sobre os transtornos trazidos pela crise hídrica. Na casa dele, a família comprou uma bomba para tentar abastecer as caixas d'água durante a madrugada. Porém, o investimento foi perdido, o equipamento acabou queimando por ficar muito tempo ligado quando havia apenas ar para bombear.

Lavar roupa de madrugada

A higiene pessoal também é um problema na casa do motorista Maurício Escarabello, morador do Jardim Santa Lídia. “Banho é reduzido: ou à noite, ou de dia. Dois banhos, acaba a água”, afirmou sobre a mudança de rotina em sua residência, onde vivem seis pessoas. Mesmo com duas caixas d'água, Maurício diz que sofre com os problemas de abastecimento. “A água é gotejada, não tem pressão”, lembrou, sobre as dificuldades para encher os reservatórios que mantêm a casa abastecida ao longo do dia.

Contando apenas como uma caixa d'água pequena, a atendente Valquíria Santos (40 anos) é outra moradora do Jardim Santa Lídia que teve de mudar de hábitos. “Se todo mundo usar [a água da caixa] para tomar banho, não dá. Para lavar roupa, tem que madrugar”.

Em nota, a Sabesp informou que, “com o fim da crise hídrica, a companhia tem ampliado gradativamente o envio de água para todos os clientes”. Em Mauá, a estatal disse que ampliou o volume fornecido de 950 litros por segundo (l/s) para 980 l/s, água que, de acordo com a companhia, é suficiente para atender à população do município.

Por Agência Brasil - Redação
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