DATA DA PUBLICAÇÃO 18/01/2012 | Setecidades
Morador paga conta de ar em Ribeirão Pires
O aposentado Antonio e sua conta de ar. Foto de Andris Bovo
Falta de água no Jardim Caçula gera ação judicial e moradores questionam valores altos das contas
Moradores do Jardim Caçula, em Ribeirão Pires, afirmam que estão pagando contas pelo ar que passa pelos canos de abastecimento de água. Há cerca de quatro meses, além de constantes períodos de falta de água, as contas mensais chegam a valores que não condizem com o que é consumido nas residências.
De acordo com o metalúrgico Ronildo José da Silva, o problema estaria nos constantes cortes de abastecimento de água que o bairro sofre. “São dias sem água na torneira e o encanamento fica repleto de ar. Quando o abastecimento é restabelecido, o hidrômetro contabiliza o ar que passa pelo cano”, argumentou.
Silva afirmou que algumas contas mensais de água em sua residência chegaram a valor próximo a R$ 300. “Há períodos em que houve falta de água por 13 dias. Agora esse tempo caiu para três dias. E quando vem a conta para pagarmos o valor é alto. Não há nada que justifique isso”, salientou.
Conta parcelada
Este não é um caso isolado no bairro. O aposentado Antonio Ailton Sampaio dos Santos destacou que em novembro a conta de água em sua casa chegou a R$ 136. “Tive de pedir parcelamento, porque não tenho condições de arcar com esses valores. E esse foi um dos mais baixos”, destacou.
Acordo
Santos também lembrou que houve ocasiões em que a água fornecida chegou até as residências com barro. “Além de não estar boa para o consumo, também sujou a caixa d’água de casa. Tive de gastar para limpar”, lembrou o aposentado.
Cansados de conviver com o problema, no ano passado, os moradores entraram com uma ação cível pública contra a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) pelas constantes falta de água. “No TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) acordado entre o Ministério Público e a Sabesp ficou estabelecida multa diária de R$ 5 mil em caso de falta de fornecimento de água”, disse o advogado dos moradores, Antonio Carlos Medugno.
Adutora deve resolver problema no bairro
Em outubro, a Sabesp iniciou obras de implantação de adutora que visa permitir a melhoria no abastecimento do bairro. Com investimentos de R$ 4,5 milhões, a nova rede terá extensão de sete quilômetros e diâmetro 300 mm, e atenderá 1,6 mil ligações, das quais 1,1 mil estão localizadas no Jardim Caçula. O prazo para término das obras é junho deste ano.
A assessoria de imprensa da Sabesp explicou que o problema de abastecimento foi ocasionado pelo crescimento rápido e desordenado do bairro nos últimos anos, o que pode provocar interrupções. De acordo com a Sabesp, no último mês não foram registradas reclamações referentes a falta de água na Central de Atendimento Telefônico da companhia.
No que diz respeito ao ar na tubulação de água, a Sabesp informou que, em condições normais de abastecimento, a rede é preenchida com água, não havendo espaço para ar, pois a empresa dispõe de válvulas denominadas ventosas localizadas em pontos estratégicos do sistema. Quanto aos altos valores das contas, os moradores devem procurar o posto da Sabesp em uma unidade do Poupatempo, para que cada caso seja analisado individualmente.
Caminhão-pipa
Quanto ao TAC que obriga a garantia do abastecimento, a assessoria de imprensa informou que a Sabesp está cumprindo a determinação. A empresa disponibilizou um caminhão-pipa para abastecimento, utilizado no caso de necessidade.
Com relação à água de má qualidade, a assessoria informou que em 23 de novembro, durante a execução dos serviços, a rede de água estourou e causou a alteração na qualidade da água. Para sanar o problema, a Sabesp providenciou a execução de várias descargas na rede de água, além de monitorar a qualidade do produto desde aquela data, inclusive durante o final de semana.
Moradores do Jardim Caçula, em Ribeirão Pires, afirmam que estão pagando contas pelo ar que passa pelos canos de abastecimento de água. Há cerca de quatro meses, além de constantes períodos de falta de água, as contas mensais chegam a valores que não condizem com o que é consumido nas residências.
De acordo com o metalúrgico Ronildo José da Silva, o problema estaria nos constantes cortes de abastecimento de água que o bairro sofre. “São dias sem água na torneira e o encanamento fica repleto de ar. Quando o abastecimento é restabelecido, o hidrômetro contabiliza o ar que passa pelo cano”, argumentou.
Silva afirmou que algumas contas mensais de água em sua residência chegaram a valor próximo a R$ 300. “Há períodos em que houve falta de água por 13 dias. Agora esse tempo caiu para três dias. E quando vem a conta para pagarmos o valor é alto. Não há nada que justifique isso”, salientou.
Conta parcelada
Este não é um caso isolado no bairro. O aposentado Antonio Ailton Sampaio dos Santos destacou que em novembro a conta de água em sua casa chegou a R$ 136. “Tive de pedir parcelamento, porque não tenho condições de arcar com esses valores. E esse foi um dos mais baixos”, destacou.
Acordo
Santos também lembrou que houve ocasiões em que a água fornecida chegou até as residências com barro. “Além de não estar boa para o consumo, também sujou a caixa d’água de casa. Tive de gastar para limpar”, lembrou o aposentado.
Cansados de conviver com o problema, no ano passado, os moradores entraram com uma ação cível pública contra a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) pelas constantes falta de água. “No TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) acordado entre o Ministério Público e a Sabesp ficou estabelecida multa diária de R$ 5 mil em caso de falta de fornecimento de água”, disse o advogado dos moradores, Antonio Carlos Medugno.
Adutora deve resolver problema no bairro
Em outubro, a Sabesp iniciou obras de implantação de adutora que visa permitir a melhoria no abastecimento do bairro. Com investimentos de R$ 4,5 milhões, a nova rede terá extensão de sete quilômetros e diâmetro 300 mm, e atenderá 1,6 mil ligações, das quais 1,1 mil estão localizadas no Jardim Caçula. O prazo para término das obras é junho deste ano.
A assessoria de imprensa da Sabesp explicou que o problema de abastecimento foi ocasionado pelo crescimento rápido e desordenado do bairro nos últimos anos, o que pode provocar interrupções. De acordo com a Sabesp, no último mês não foram registradas reclamações referentes a falta de água na Central de Atendimento Telefônico da companhia.
No que diz respeito ao ar na tubulação de água, a Sabesp informou que, em condições normais de abastecimento, a rede é preenchida com água, não havendo espaço para ar, pois a empresa dispõe de válvulas denominadas ventosas localizadas em pontos estratégicos do sistema. Quanto aos altos valores das contas, os moradores devem procurar o posto da Sabesp em uma unidade do Poupatempo, para que cada caso seja analisado individualmente.
Caminhão-pipa
Quanto ao TAC que obriga a garantia do abastecimento, a assessoria de imprensa informou que a Sabesp está cumprindo a determinação. A empresa disponibilizou um caminhão-pipa para abastecimento, utilizado no caso de necessidade.
Com relação à água de má qualidade, a assessoria informou que em 23 de novembro, durante a execução dos serviços, a rede de água estourou e causou a alteração na qualidade da água. Para sanar o problema, a Sabesp providenciou a execução de várias descargas na rede de água, além de monitorar a qualidade do produto desde aquela data, inclusive durante o final de semana.
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