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DATA DA PUBLICAÇÃO 17/10/2017 | Cidade
Morador cria sistema para guardar água
Morador cria sistema para guardar água Foto Ilustrativa. (vvale.com.br)
Foto Ilustrativa. (vvale.com.br)
A casa do motorista Wellington Cardoso da Silva, 36 anos, precisou ser modificada há cerca de um ano e meio. O morador do Jardim Camila, em Mauá, foi obrigado a se adaptar às frequentes interrupções no fornecimento de água com a criação de sistema que capta o líquido das chuvas por meio de calhas e o armazena em caixa-d’água de 1.000 litros. O recurso recolhido é utilizado para lavar roupas, a garagem e o banheiro.

Silva vive com a mulher e com a filha de 3 anos há sete anos no mesmo endereço. De um ano e meio para cá, a família substituiu baldes e tambores pela captação sistemática da água da chuva. “Você pode abrir o registro que faz tempo que não sai uma gota de água. Há um mês e dez dias não sai uma gota das torneiras e temos de tomar banho na minha mãe ou na minha sogra. A mangueira do caminhão-pipa enche a parte baixa da rua, mas aqui não chega, porque não tem força”, diz.

As intensas ligações feitas por Silva para a Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) trazem, normalmente, a resposta de que o recurso hídrico foi enviado ao bairro durante a noite. O mesmo é ouvido por moradores de outras localidades, como Parque das Américas, Jardim Aracy, Vila Magini, Parque São Vicente e Jardim Primavera.

No momento em que a equipe do Diário abordou a dona de casa Nadir de Sousa Luciano, 60, que vive com mais 11 pessoas – entre filhos e cinco netos – no local, ela abria a mangueira para tentar armazenar água. Entre reclamações da munícipe local há 24 anos, destaque para o mau cheiro do recurso hídrico que chega da rua, o que, segundo ela, causa dores de barriga. “Não encheu nem dois litros do galão”, destaca sobre a tentativa de guardar água. “Faz mais de um mês que está assim. Enchemos o balde para tomar banho, nem que seja de caneca. A água é essencial, sem ela você não faz nem comida.”

A auxiliar administrativa Priscila Nogueira Corrêa, 25, afirma que no Jardim Primavera, local onde vive com os pais e três irmãos, a situação é semelhante. Os parentes, inclusive, acordam durante a madrugada para armazenar a água que chega. “A água não sobe para a caixa-d’água porque é alta. Meu pai construiu uma caixa no térreo e uma bomba. Normalmente ficamos uns três dias sem água”, destaca.

Em nota, a Sama ressaltou que a interrupção no fornecimento foi causada pelo alto consumo da população, que afetou os reservatórios e causou as intermitências no fornecimento de algumas regiões da cidade. “No sábado foram realizadas manobras de redirecionamento de água para solucionar o problema. Informamos que o abastecimento já está normalizado”, diz a autarquia, que ressaltou que as negociações com a Sabesp estão em andamento.

Recentemente, o prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), oficializou à Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) proposta para entregar parte da Sama como forma de abater a dívida da autarquia com a estatal paulista – estimada em R$ 2 bilhões –, abrindo uma gestão compartilhada da água no município.

A Sabesp destacou que recebeu proposta da Prefeitura de Mauá para o pagamento da dívida e está analisando o documento.

Por Matheus Angioleto - Especial para o Diário
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