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DATA DA PUBLICAÇÃO 13/08/2007 | Turismo
Montevidéu mostra pátria e paródia em seus museus
Nos últimos anos, a cena artística uruguaia vem sendo transformada por um grupo de jovens autores que, depois da crise econômica que o país viveu em 2002 --e tendo sobrevivido a ela sem sucumbir à tentadora opção de emigrar--, passaram ao primeiro plano da experimentação contemporânea local. Esses artistas se utilizam principalmente da ironia em relação aos circuitos tradicionais da arte e da paródia a ícones da cultura de massas.

Boa parte dessa produção, representada por nomes como Dani Umpi, Martín Sastre (que se apresentou na 26ª Bienal de São Paulo em 2004), Carolina Comas, Federico Aguirre e Javier Abreu, tem seu berço e/ou quartel-general na Fundación de Arte Contemporáneo.

O espaço de três andares, encravado na Ciudad Vieja, o centro histórico de Montevidéu, se divide entre ateliê, centro de estudos e galeria.

Em meio ao parque Rodó, o principal da cidade, a investigação de novas linguagens continua, dentro dos laboratórios do Museo Nacional de Artes Visuales, que atualmente passa por uma renovação curatorial cujos principais pilares são o intercâmbio artístico e a criação apoiada em mídias digitais.

A unir as duas pontas do panorama das artes do país, o museu estimula o surgimento de propostas inusitadas, mas não descuida do precioso acervo do qual dispõe. Lá se encontram exemplares dos grandes mestres das artes uruguaias: Juan Manuel Blanes, Joaquín Torres García e Pedro Figari.

A trindade também pode ser vista em espaços expositivos dedicados especialmente às suas obras. Blanes (1830-1901), apelidado de "o pintor da pátria" por ter sido o retratista oficial de marcos históricos e tipos sociais do país, dá nome ao museu municipal de Montevidéu, no bairro do Prado, onde se encontra a maior parte de seus trabalhos.

Aí estão, igualmente, telas de Figari (1861-1938), advogado e político célebre sobretudo por imortalizar festividades, paisagens e hábitos relacionados às camadas populares de Montevidéu. As obras do "pintor dos negros", como também é conhecido, podem ser apreciadas ainda na galeria mantida no centro da cidade por um dos bisnetos do artista, Fernando Saavedra Faget.

Por fim, Joaquín Torres García (1874-1949) encerra um mundo à parte no museu construído exclusivamente para preservar as diversas facetas de sua produção. Instalado logo na entrada da Ciudad Vieja, o sobrado guarda algumas das obras fundamentais do emblemático artista, professor e teórico -criador do universalismo construtivo.

Além de exposições, o espaço também oferece breves oficinas de arte para adultos e crianças, que ainda podem conhecer, como atrativo extra, os brinquedos educativos desenvolvidos por García.

Por Denise Mota - Folha de São Paulo
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