DATA DA PUBLICAÇÃO 30/06/2013 | Economia
Montadora de Santo André exportará aos EUA
Foto:André Henriques/DGABC
Exportar carros para o mercado norte-americano é um sonho que será alcançado por uma montadora do Grande ABC. Não estamos falando de gigantes fábricas brasileiras como a Ford, General Motors ou Volkswagen, mas de uma pequena empresa que faz modelos de forma artesanal: a Sigma Sport Car, de Santo André.
A companhia fechou contrato com a consultoria CVI, dos Estados Unidos, que também representa um grupo de investidores, e vai enviar para lá, em 2014, encomenda de 120 kits de produção própria – composto de chassis, suspensão e carroceria –, que receberão naquele país motor Chevrolet Corvette de 500 cv, mais câmbio e diferencial. “A ideia é chegarmos a 300 carros por ano”, afirma o diretor executivo da Sigma, Luiz Rodrigues da Silva.
O acordo nasceu após convite dado a ele e a seu irmão Ricardo, que também é sócio na empresa, para levarem um protótipo hot rod - carro com cara de antigo, mas com performance esportiva – que desenvolveram para participar, em 2011, da Sema, uma das maiores feiras de acessórios automotivos do mundo, em Las Vegas, nos Estados Unidos.
No evento, o modelo ficou exposto no lobby principal, virou atração e resultou em conversas com diversos grupos interessados, entre os quais a CVI, que culminou nos entendimentos para a exportação. O diretor executivo diz que o contrato não tem valor fechado, mas vai gerar para a empresa royalties (percentual das vendas) sobre a comercialização naquele mercado.
Ele cita ainda que já foram investidos cerca de R$ 800 mil nos últimos sete anos em pesquisa e desenvolvimento para esse projeto. Durante visita da equipe do Diário, ele mostrou um dos modelos fabricado artesanalmente por sua equipe (formada por nove funcionários), que conta com chassis, suspensão e carroceria feitos na empresa e equipados com motor Chevrolet de 320 cv. O preço gira em torno de R$ 200 mil. No mercado norte-americano, o modelo com o motor Corvete deve sair por valor semelhante, na faixa de US$ 100 mil.
FORA DA REGIÃO - Para atender a encomenda da CVI, a Sigma terá de se transferir para instalações maiores. Hoje, está em galpão com cerca de 1.000 m² em Santo André, e vai precisar de pelo menos 10 mil m² para ter linha de produção, a fim de otimizar o processo, e fabricar pelo menos dez carros por mês. Isso deve demandar algo em torno de R$ 3 milhões, estima Silva. “Vamos precisar de investidores, mas já há interessados”, cita.
A necessidade de espaço é um problema. “Talvez tenhamos de ir para outra cidade”, diz o diretor. Ele acrescenta que prefeituras do interior de São Paulo, como Jaú, São Carlos, Botucatu e Piracicaba, já fizeram contato, dispostas a oferecer incentivos para atrair a micromontadora. A nova fábrica deve gerar, inicialmente, cerca de 60 empregos diretos.
Empresa vai lançar sistema de freios de alta performance
No processo de desenvolvimento de seus carros, a Sigma desenvolveu seu próprio sistema de freios de alta performance e, com a boa receptividade do mercado, se prepara agora para lançar esse produto no segmento de acessórios automotivos, em 2014.
O diretor executivo Luiz Rodrigues da Silva assinala que dá para disputar espaço com pesos pesados do segmento, como a Brembo, que equipa carros esportivos. Ele cita que, para automóveis de oito pistãos, deve ter preço de cerca de R$ 1.600.
TRAJETÓRIA - A Sigma foi fundada há cerca de 30 anos com o foco em montagem e manutenção industrial, e tinha entre seus clientes empresas do Polo Petroquímico do Grande ABC. Para aproveitar a ociosidade da área de usinagem, os sócios tiveram a ideia, inicialmente, de fazer restaurações de carros antigos.
Depois, partiram para os hot-rods. “Vimos os que havia no mercado, mas percebemos que nenhum tinha pegada de pista”, assinala o diretor, que é formado em engenharia mecânica, enquanto o irmão é projetista e tem experiência como piloto de provas.
A companhia fechou contrato com a consultoria CVI, dos Estados Unidos, que também representa um grupo de investidores, e vai enviar para lá, em 2014, encomenda de 120 kits de produção própria – composto de chassis, suspensão e carroceria –, que receberão naquele país motor Chevrolet Corvette de 500 cv, mais câmbio e diferencial. “A ideia é chegarmos a 300 carros por ano”, afirma o diretor executivo da Sigma, Luiz Rodrigues da Silva.
O acordo nasceu após convite dado a ele e a seu irmão Ricardo, que também é sócio na empresa, para levarem um protótipo hot rod - carro com cara de antigo, mas com performance esportiva – que desenvolveram para participar, em 2011, da Sema, uma das maiores feiras de acessórios automotivos do mundo, em Las Vegas, nos Estados Unidos.
No evento, o modelo ficou exposto no lobby principal, virou atração e resultou em conversas com diversos grupos interessados, entre os quais a CVI, que culminou nos entendimentos para a exportação. O diretor executivo diz que o contrato não tem valor fechado, mas vai gerar para a empresa royalties (percentual das vendas) sobre a comercialização naquele mercado.
Ele cita ainda que já foram investidos cerca de R$ 800 mil nos últimos sete anos em pesquisa e desenvolvimento para esse projeto. Durante visita da equipe do Diário, ele mostrou um dos modelos fabricado artesanalmente por sua equipe (formada por nove funcionários), que conta com chassis, suspensão e carroceria feitos na empresa e equipados com motor Chevrolet de 320 cv. O preço gira em torno de R$ 200 mil. No mercado norte-americano, o modelo com o motor Corvete deve sair por valor semelhante, na faixa de US$ 100 mil.
FORA DA REGIÃO - Para atender a encomenda da CVI, a Sigma terá de se transferir para instalações maiores. Hoje, está em galpão com cerca de 1.000 m² em Santo André, e vai precisar de pelo menos 10 mil m² para ter linha de produção, a fim de otimizar o processo, e fabricar pelo menos dez carros por mês. Isso deve demandar algo em torno de R$ 3 milhões, estima Silva. “Vamos precisar de investidores, mas já há interessados”, cita.
A necessidade de espaço é um problema. “Talvez tenhamos de ir para outra cidade”, diz o diretor. Ele acrescenta que prefeituras do interior de São Paulo, como Jaú, São Carlos, Botucatu e Piracicaba, já fizeram contato, dispostas a oferecer incentivos para atrair a micromontadora. A nova fábrica deve gerar, inicialmente, cerca de 60 empregos diretos.
Empresa vai lançar sistema de freios de alta performance
No processo de desenvolvimento de seus carros, a Sigma desenvolveu seu próprio sistema de freios de alta performance e, com a boa receptividade do mercado, se prepara agora para lançar esse produto no segmento de acessórios automotivos, em 2014.
O diretor executivo Luiz Rodrigues da Silva assinala que dá para disputar espaço com pesos pesados do segmento, como a Brembo, que equipa carros esportivos. Ele cita que, para automóveis de oito pistãos, deve ter preço de cerca de R$ 1.600.
TRAJETÓRIA - A Sigma foi fundada há cerca de 30 anos com o foco em montagem e manutenção industrial, e tinha entre seus clientes empresas do Polo Petroquímico do Grande ABC. Para aproveitar a ociosidade da área de usinagem, os sócios tiveram a ideia, inicialmente, de fazer restaurações de carros antigos.
Depois, partiram para os hot-rods. “Vimos os que havia no mercado, mas percebemos que nenhum tinha pegada de pista”, assinala o diretor, que é formado em engenharia mecânica, enquanto o irmão é projetista e tem experiência como piloto de provas.
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