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DATA DA PUBLICAÇÃO 11/05/2013 | Economia
Modernizar padarias pode custar até 30% a mais
Modernizar padarias pode custar até 30% a mais Padarias vão ter que substituir ou adequar máquinas antigas que garantam segurança aos trabalhadores e evitem acidentes de trabalho. Foto: Andris Bovo
Padarias vão ter que substituir ou adequar máquinas antigas que garantam segurança aos trabalhadores e evitem acidentes de trabalho. Foto: Andris Bovo
Investimentos são exigidos para atender norma do governo, que entrou em vigor este ano

Os donos de padarias de menor porte temem aumento de custos para se adaptarem à nova lei NR-12 do governo federal, que entrou em vigor este ano e exige a modernização do setor. Para os empresários, os novos equipamentos exigidos custam até 30% a mais do que os atuais, além do aumento da demanda encarecer os produtos. Os proprietários dos estabelecimentos têm até dois anos para atender à nova norma, trocar ou adequar os maquinários. As novas exigências garantem maior segurança aos trabalhadores e clientes.

O diretor do Sipan (Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de Santo André), Manoel Franco de Melim, acredita no aumento de custos em até 30%, mas considera a atualização necessária. “Já troquei alguns maquinários e estou negociando orçamento para os próximos. Precisamos sempre nos modernizar para a realidade do mercado, hoje não existe mais aquela padaria convencional em que se oferece apenas um tipo de serviço”, disse Manoel, que é proprietário da Rainha do Taboão.

O empresário disse que, aproximadamente, 90% dos panificadores terão que fazer financiamento para comprar ou adequar os equipamentos. “Os estabelecimentos de porte maior não terão tanta dificuldade, já os menores não têm a mesma condição de comprar equipamentos de alto custo sem uma linha de crédito”, explica. A Rainha do Taboão está há 35 anos no mercado, foi reformada duas vezes e conta com 22 funcionários. Manoel destaca que as padarias também enfrentam dificuldades em encontrar mão de obra qualificada.

“Temos grandes dificuldades em contratar um profissional capacitado. Treinamos o funcionário após a admissão para que ele se especialize mais”, afirma Melim.

O secretário de Serviços Urbanos de São Bernardo, Tarcísio Secoli, enfatizou o trabalho que vem sendo realizado pelo Sipan. “O presidente (Antonio Carlos Henriques) vem tomando iniciativas para o trabalhador de forma mais organizada possível como a discussão e criação do APL (Arranjo Produtivo Local). Iremos atingir os objetivos e atender bem a população, de acordo com a NR-12. O setor de panificação representa 3% do PIB, demonstra uma capilaridade importante, pois as padarias estão se modernizando e expandindo”, acrescentou o secretário.

APL de panificação incentiva empresários

Para ajudar o setor, São Bernardo lançou o APL de Panificação em abril. Entre os objetivos da iniciativa estão apoiar os estabelecimentos para que tenham condições de se adequarem à norma por meio de linhas de crédito específicas e orientações técnicas.

O presidente do Sipan, Antonio Carlos Henriques, também reforçou que o custo da máquina aumentou e que existe uma dificuldade no acesso ao crédito, apesar de o recurso existir. Portanto, o APL deveria buscar alternativas viáveis para amenizar os problemas, principalmente das padarias de porte menor.

“Pode ser uma maneira moderna e eficiente para tratarmos dos problemas de forma mais tranquila, temos um ânimo grande em relação ao funcionamento do APL”, declara Henriques.

Com relação à NR-12, o presidente informou ser o maior desafio que ele vê hoje para o setor de panificação e industrial. “Não concordo como a forma que a norma está vindo, estamos passando por um momento difícil em que o fiscal pode interditar nossa empresa e nossas máquinas por não estarem dentro da lei a qualquer momento”, disse Henriques.

O secretário de Desenvolvimento Econômico de São Bernardo, Jefferson José da Conceição, afirmou que a Prefeitura de São Bernardo realizou o primeiro workshop ligado a NR-12 no Brasil e destacou a importância da discussão a nível nacional. “A pauta das padarias é mais ampla. Além da norma, temos que discutir sobre a capacitação profissional, compra conjunta, vigilância sanitária e a questão da segurança”, explicou.

Por Paola Cruvinel - ABCD Maior
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