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DATA DA PUBLICAÇÃO 22/02/2012 | Geral
Mocidade faz festa na quadra após ser declarada campeã do carnaval de SP
Mocidade faz festa na quadra após ser declarada campeã do carnaval de SP Presidente da Mocidade, Solange Bichara, mostra o troféu e discursa durante festa na quadra da escola. (Foto: Rafael Oliveira / G1)
Presidente da Mocidade, Solange Bichara, mostra o troféu e discursa durante festa na quadra da escola. (Foto: Rafael Oliveira / G1)
Só no início da madrugada desta quarta-feira (22) a Mocidade Alegre conseguiu festejar o título de campeã do carnaval de São Paulo. A festa começou pouco depois da meia-noite, na sede da escola, na Zona Norte da capital.

A Liga Independente das Escolas de Samba declarou a Mocidade campeã pouco antes das 23h de terça-feira (21). O anúncio foi feito após brigas e confusão entre presidentes de escola de samba que estavam no Anhembi desde o fim da tarde, quando um integrante da Império da Casa Verde interrompeu a leitura das notas. A segunda colocada foi a Rosas de Ouro, seguida de Vai-Vai, Mancha Verde e Vila Maria.

A presidente da Mocidade, Solange Bichara Rezende, abriu a quadra para comemorar ao levar o troféu para a sede da escola. Ela ainda demonstrava incômodo com a confusão que paralisou a apuração do carnaval de São Paulo.

“A Mocidade fez a sua parte. A gente ficou o tempo todo no nosso espaço, esperando o resultado. Não estou satisfeita com essa situação porque eu gostaria muito que tivessem sido lidas as últimas notas. A Mocidade Alegre não ganhou nada nas costas de ninguém, nunca prejudicou ninguém. Eu nunca consegui algo tirando o que é dos outros”, afirmou.

Segundo Solange, a escola não tem culpa pela confusão e o desfecho do carnaval de São Paulo. “O problema não é com a Mocidade Alegre. O problema não é com o pessoal da escola. As pessoas também têm o direito de reivindicar o que acham correto para elas. A única coisa que eu tenho para dizer a vocês é que não fomos nós que causamos essa situação. Por nós, estaríamos esperando o resultado das nossas notas, mas infelizmente essas notas desapareceram e se cumpriu o regulamento”, finalizou.

Mesmo sem a quadra estar lotada pelos componentes e torcedores da agremiação, a escola comemorou bsatante com a participação de parte da bateria. Muitas pessoas cantavam e dançavam aos gritos de 'É campeão!'.

De acordo com o presidente da Liga das Escolas de Samba, Paulo Sérgio Ferreira, a decisão de manter os pontos apurados até o início da confusão e anunciar a Mocidade campeã foi tomada por sete votos a cinco na reunião de quase cinco horas entre os presidentes das escolas. Ferreira disse que ficou valendo o artigo 29 do regulamento da Liga, que prevê uma média das notas quando alguma delas falta.

O resultado gerou protesto entre os torcedores da Rosas de Ouro. A Tropa de Choque - que já tinha sido acionada à tarde para conter o quebra-quebra no Anhembi - teve de ser posicionada para conter os ânimos.

Ao conhecer o resultado, a presidente da Mocidade, Solange Bichara, disse que não se sentia confortável. “Eu estou chateada. Não fui eu que roubei a nota, não fui eu que sumi com os resultados”, disse na saída da reunião. Ela chegou a discutir com um integrante de outra escola de samba e afirmou ter recebido agressões verbais.

Integrantes de escolas se mostraram revoltados. O presidente da Vai-Vai, Darly Silva, o Neguitão, afirma que o justo seria procurar os dois jurados nesta quarta para saber quais as duas notas finais que foram atribuídas à Mocidade.

“Aí, sim, se eles deram dois dez para a Mocidade, a escola é campeã. Não homologar um resultado que ninguém sabe quais são as duas notas. É uma vergonha levar o carnaval dessa maneira. Toda essa situação deixa a gente muito chateado”, afirmou.

Foram rebaixadas para o Grupo de Acesso a Pérola Negra e a Camisa Verde e Branco. No lugar delas vão desfilar no Grupo Especial, em 2013, Nenê de Vila Matilde e Acadêmicos do Tatuapé, vencedores do Acesso.

Confusão
A confusão durante a apuração começou quando um representante da escola Império de Casa Verde, Tiago Ciro Tadeu Faria, de 29 anos, invadiu o local onde eram lidas as notas, no Sambódromo do Anhembi, e rasgou os envelopes durante a divulgação dos pontos do último quesito. Naquele momento, a Mocidade Alegre liderava, seguida por Rosas de Ouro, Vai-Vai, Mancha Verde e Unidos de Vila Maria. Houve quebra-quebra, carros alegóricos foram incendiados e pelo menos cinco pessoas acabaram detidas.

Após a confusão, os diretores das escolas de samba se reuniram durante toda a tarde para tentar solucionar o impasse. A Mocidade Alegre chegou a encerrar por volta das 21h30 a festa programada para esta terça em sua quadra, na Zona Norte de São Paulo.

Desfile da campeã
Terceira escola a entrar no Sambódromo do Anhembi no segundo dia de desfiles do Grupo Especial paulistano, a Mocidade Alegre ostentou o clima de união e orgulho de quem precisou de esforço extra para brilhar no carnaval deste ano. Atingida no dia 9 de janeiro por um incêndio no barracão da escola, que fica sob o Viaduto Pompeia, na Zona Oeste de São Paulo, a Mocidade teve que correr para reconstruir alguns carros a tempo.

Com 3.500 componentes e 25 alas, a Mocidade comemorou o centenário do escritor Jorge Amado homenageando o candomblé, a capoeira e as festas populares que integram o universo do livro “Tenda dos Milagres”, romance publicado em 1969. A passagem da escola pela avenida durou 60 minutos, cinco a menos que o prazo máximo permitido para cada agremiação.

O público correspondeu à emoção da Mocidade: a bateria empolgou os foliões do Sambódromo durante as várias "paradinhas" executadas pelos ritmistas.

Por Rafael Oliveira - G1, em São Paulo
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