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DATA DA PUBLICAÇÃO 27/06/2013 | Geral
Mobilização arranca de Alckmin promessas de estação de metrô e melhoria do transporte
Mobilização arranca de Alckmin promessas de estação de metrô e melhoria do transporte Movimento foi recebido antes de concluir passeata. Foto: Adonis Guerra
Movimento foi recebido antes de concluir passeata. Foto: Adonis Guerra
Antes que barulho de passeata chegasse ao Palácio dos Bandeirantes, governador chama representantes para debater reivindicações

Um protesto do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), realizado nesta terça-feira (25/06), cuja pretensão era chegar ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo, foi desviado da sua rota depois de um chamado do governador Geraldo Alckmin (PSDB) para uma reunião urgente. Do encontro representantes de movimentos sociais saíram com a promessa de construção da estação Jardim Ângela do metrô e a extensão da linha 5-Lilás. A marcha percorreu importantes avenidas da zona sul da cidade.

O compromisso incluiria também o aumento do valor do auxílio-aluguel de R$ 300 para R$ 400 e estudos que levariam à implementação da operação noturna na Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) e ampliação em uma hora no funcionamento do metrô.

Ainda hoje, às 16h, o coordenador nacional do MTST, Guilherme Boulos, vai se encontrar com a presidenta Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, em Brasília, para discutir as reivindicações específicas dos sem-teto. Outra manifestação organizada pelo movimento parou a avenida Jacú Pêssego, na zona leste da cidade, também na manhã de hoje.

Para a coordenadora regional do MTST Natália Szermeta, a vitória é resultado do momento de mobilizações e pressão popular. "Nunca o governo de São Paulo havia recebido representantes de movimentos sociais para dialogar. E isso foi resultado direto das mobilizações e protestos do povo na rua. É uma vitória da participação popular, das lutas que pautam os movimentos sociais há muito tempo", disse. Natália explicou que os detalhes sobre funcionamento prolongado do metrô e da EMTU serão discutidos em reunião com o secretário da Casa Civil, Edson Aparecido, até o fim desta semana.

O militante do Movimento Passe Livre (MPL) Caio Martins avalia que os governantes temem a vontade das ruas e por isso estão se dispondo ao diálogo. “Não houve mudança no comportamento dos mandatários municipais, estaduais ou federal. O que aconteceu foi a mobilização popular, que levou milhares às ruas em várias cidades, exigindo melhores condições de vida”, afirmou.

Martins reafirmou a condição de movimento de esquerda do MPL. “Somos parceiros do MTST há anos. Se o povo agora acordou lá no centro, aqui na periferia ele nunca dormiu. Acreditamos no mesmo caminho de mobilização social e temos demandas semelhantes, cujo objetivo é mudar a condição de vida das pessoas através de transformações sociais”, afirmou.

A manifestação iniciou sob forte chuva e contou com a presença de cerca de mil pessoas. O Movimento Passe Livre, o Comitê Contra o Genocídio da População Jovem e Negra, o Partido da Causa Operária e outros movimentos de moradia também participaram. A marcha saiu de dois pontos, um na estação Capão Redondo, o outro no Largo do Campo Limpo e se uniu na avenida Carlos Caldeira, ao lado da estação Campo Limpo do metrô. De lá, os manifestantes seguiram cantando e sustentando faixas em prol da tarifa zero, questionando os gastos com a Copa do Mundo e reafirmando a organização popular.

Susto - Tão logo os grupos se encontraram, começou um pequeno burburinho entre os militantes. Boulos informou à reportagem da RBA que acabara de receber um telefonema da Secretaria da Casa Civil do governo estadual, convidando-os para uma reunião imediata no Palácio dos Bandeirantes, para discutir as pautas de reivindicação do movimento com o governador Geraldo Alckmin. “Alguém deve ter informado que nós nos dirigíamos para lá”, disse.

A marcha seguiu a avenida Carlos Caldeira até o Terminal João Dias, de onde os manifestantes seguiram até o viaduto sobre a Marginal Pinheiros para aguardar o resultado da reunião. “Esperamos aqui o desfecho da reunião. Se não houver avanço seguiremos até o Palácio”, afirmou Natália.

Dentre as pautas de reivindicação do movimento, além das que foram discutidas com o governador, estavam o fim da violência policial contra a população pobre e negra da periferia, uma legislação que controle o reajuste do valor dos aluguéis e a jornada de 40 horas semanais, as duas últimas direcionadas ao governo federal.

A militante do Movimento Periferia Ativa e do Comitê Contra o Genocídio da População Jovem e Negra, Carolina Borges, explicou que o movimento reivindica uma legislação mais dura contra a violência policial. “Queremos que a violência do agente do Estado também seja considerada crime hediondo. Isso ajudaria a enfrentar essa situação terrível de os jovens de periferia serem mortos e nada acontecer com o policial que pratica essa violência”, afirmou. Na véspera a presidenta Dilma Rousseff pediu que o Congresso aprove um projeto de lei que transforma a corrupção em crime hediondo.

Carolina afirmou que a desmilitarização das polícias em todos os estados, fundindo todas elas em um modelo de polícia civil e comunitária, também está em pauta nas reivindicações.

No entanto, o assunto foi considerado acima das condições de resposta do governo estadual e será debatido primeiramente com a presidenta Dilma junto às outras pautas.

Por ABCD Maior - Rede Brasil Atual
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