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DATA DA PUBLICAÇÃO 05/08/2013 | Saúde e Ciência
Mioma pode provocar sangramento, cólica e dificuldade para engravidar
No entanto, médicos lembram que há casos que mioma não dá sintoma.
Risco é maior em mulheres acima do peso e que nunca tiveram filhos.


O mioma é um tumor benigno que surge quando uma célula do útero da mulher começa a se multiplicar de forma desordenada. No entanto, ele só aparece depois da menstruação e, caso apareça, pode crescer para dentro ou para fora da cavidade uterina.

Por mais que a palavra “tumor” assuste, é importante saber que o mioma é benigno e há diversas maneiras de tratá-lo antes de recorrer à histerectomia, que é a retirada do útero, como alertaram os ginecologistas José Bento e Rodrigo Aquino Castro no Bem Estar desta sexta-feira (1).

Em relação aos sintomas, é preciso tomar cuidado já que em alguns casos, o mioma pode não dar nenhum sinal - nesse caso, o médico orienta apenas o acompanhamento e nenhum tipo de tratamento.

No entanto, caso dê sintoma, pode ser, por exemplo, uma cólica menstrual muito forte, problema muito comum entre as mulheres, como mostrou a reportagem da Marina Araújo.

Porém, vale lembrar que a cólica pode ser também sinal de diversos outros problemas, como pólipos, infecções, ferida no útero, cisto e até mesmo endometriose - por isso, caso a cólica não passe com remédio, ela deve ser investigada.

Em outros casos, o mioma pode causar também dor pélvica, sangramento uterino anormal e, quando ele se instala na entrada das tubas uterinas e impede a passagem do espermatozóide, pode causar também dificuldade para engravidar.

Porém, como explicou o ginecologista José Bento, a mulher com mioma pode ficar grávida, apenas deve ter uma atenção maior e um controle mais rigoroso para evitar riscos como trabalho de parto prematuro e aborto espontâneo.

Em alguns casos, inclusive, é na gravidez que a mulher descobre o mioma, como foi o caso da gestora de meio ambiente Thais Aidar, mostrada na reportagem do Phelipe Siani.

Como o mioma é alimentado pelo hormônio estrogênio, isso interfere nos grupos de risco - de acordo com os médicos, a probabilidade de ter o problema é maior em mulheres com mais de 35 anos, com excesso de peso, negras, que não tomam pílula anticoncepcional e que nunca tiveram filhos - e sse último caso se justifica porque as que já tiveram filhos menstruaram menos e assim produziram menos estrogênio para alimentar o tumor. O mesmo acontece com as fumantes já que o cigarro atrapalha a produção desse hormônio. Por isso que, ao entrar na menopausa, com a redução nos níveis hormonais, se a mulher tiver mioma, ele pode diminuir ou até mesmo desaparecer.

Caso o problema precise de tratamento, o médico pode orientar a melhor opção, que depende da idade da paciente e do tamanho e quantidade de tumores. Geralmente, a primeira opção é uma injeção que reduz a produção de estrogênio para que o mioma não seja alimentado e não cresça – nesse caso, a menstruação pode até mesmo se estabilizar. Depois, há a possibilidade de colocar um DIU com hormônio para cessar o fluxo menstrual, mas nesse caso, a mulher para de ovular enquanto está com o DIU e não engravida.

Em casos mais avançados, o médico pode realizar uma miomectomia, um procedimento delicado que pode fazer a mulher perder o útero, dependendo do tamanho do mioma.

Vale lembrar também que, após a miomectomia, o mioma pode voltar e, por isso, caso a mulher queira engravidar, ela deve tentar em menos de 1 ano após o procedimento. Como última opção, é feita a histerectomia, que é a remoção total do útero. Esse procedimento só é feito quando nenhum dos outros tratamentos funciona e a mulher estiver com dores ou hemorragia.

De qualquer maneira, ao primeiro sintoma, é importante procurar um médico. Se não houver nenhum desconforto, em uma consulta de rotina, o ginecologista pode perceber algo errado com o útero e pedir um exame de ultrassonografia transvaginal, que consegue detectar e diagnosticar o mioma.

Por G1, em São Paulo
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