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Trabalhadores queimam telegrama de demissão enviado pela Mercedes
DATA DA PUBLICAÇÃO 19/08/2016 | Economia
Ministro do Trabalho discute sobre Mercedes
Ministro do Trabalho discute sobre Mercedes Foto: Nario Barbosa/DGABC
Foto: Nario Barbosa/DGABC
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, estará hoje na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo, para debater sobre a situação dos 1.870 trabalhadores da Mercedes-Benz que devem ser demitidos em setembro. O encontro também deverá abordar a crise que assola o setor automotivo.

Segundo Rafael Marques, presidente do sindicato, o intuito é pedir a ajuda da Pasta na busca por soluções que possam reverter a dispensa desses profissionais. “Queremos discutir o que pode ser feito no âmbito do Ministério. O setor automotivo como um todo vive crise muito forte e, com certeza, há medidas que o governo pode adotar para interferir de forma positiva nesse cenário. A situação na Mercedes é emergencial e vamos solicitar apoio para as negociações com a fábrica”, afirma.

Na segunda-feira, a montadora alemã disparou telegramas a seus colaboradores, os convocando no dia 24 para dar início ao processo de rescisão do contrato de trabalho, que deverá ser concluído em 5 de setembro. Como o fim do PPE (Programa de Proteção ao Emprego) em maio, que vinha reduzindo em 20% a jornada de trabalho e em 10% os salários, desde setembro, os funcionários ganharam estabilidade no emprego por mais três meses, prazo que termina dia 31.

A empresa alega que, devido à forte queda nas vendas de veículos comerciais, acumulou excedente de 2.500 empregados. Porém, com a baixa adesão ao PDV (Programa de Demissão Voluntária), que contou com 630 pessoas, restariam 1.870 ociosos. Dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) mostram que a Mercedes acumula queda de 23,3% na comercialização de caminhões no acumulado de janeiro a julho ante o mesmo período em 2015, com 8.783 unidades. Quanto aos ônibus, o recuo é de 27,7%, totalizando 4.098 veículos.

Ao apontar ociosidade em torno de 50%, a montadora colocou a fábrica inteira, que emprega 9.000 profissionais, em licença remunerada por tempo determinado, mas não divulgado pela empresa.

MOBILIZAÇÃO - Em ato coordenado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, ontem, operários realizaram passeata pelo entorno da fábrica e pela marginal da Via Anchieta, sentido Litoral, na altura do km 15. O objetivo da mobilização foi pressionar a companhia a recuar nos cortes.

“Ontem (quarta-feira) tivemos conversa com a direção da Mercedes, mas não tem havido espaço para negociar nada, pois eles partem da premissa de que o corte do excedente tem de ser efetivado, de que essa é, inclusive, a determinação da matriz na Alemanha. Vamos continuar conversando com a empresa para tentar convencê-los de ampliar o diálogo. Estamos abertos, mas, para nós, só existe negociação com a reversão das demissões e busca conjunta de alternativas”, destaca Moisés Selerges, diretor do sindicato. Na semana que vem, dirigentes mundiais da Mercedes estarão em São Bernardo.

Procurada, a montadora disse que “apesar da redução do quadro de pessoal ser inevitável, a companhia se reuniu com o sindicato ontem (quarta) e continua em negociações com a entidade no dia de hoje (ontem)”. Até o fechamento desta edição, porém, não havia novo posicionamento.

Por Soraia Abreu Pedrozo - Diário do Grande ABC
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